29 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU AO ESTADO DE GRAÇA

Nino Prata

aroeira Wagnerianos leitores, o Abre desta coluna vem da correção e sugestão do maestro Norberto Sorato, que estranhou o colunista ter pulado a 23a. letra do alfabeto na sequência dos jogos.

Observação aceita, correção feita, fiquei contente ao saber que entre vocês está um de meus colegas de estudo, desde o ginásio ao ensino superior. Aí cada um seguiu o seu tino profissional, sem perder vínculos de amizade.

Por que wagnerianos? Pelo estilo vigoroso da obra do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), gênio da música, mas execrável pelo seu antissemitismo. Eu disse alemão? Pois faz mais sentido ainda porque os alemães estão com a gente na missão de não deixar os hermanos chegarem ao terceiro título deles em Copas. Além do que, em seu nome - Carlos Caetano Bledorn Verri -, Dunga traz a origem teuto-italiana de seus pais.

Que os soldados de Bledorn Verri, em estado de graça depois de despachar o Chile, com folga (a primeira goleada canarinho na Copa), incorporem toda a força, a técnica e o estilo que fazem de Brasil, Itália e Alemanha o trio de ferro das conquistas dos mundiais de futebol.

Lembro que o alfabeto português, conforme decisão unânime da Academia Brasileira de Letras, em 12/08/1943, consta de 23 letras fundamentais (a-b-c-d-e-f-g-h-i-j-l-m-n-o-p-q-r-s-t-u-v-x-z) e mais 3 para uso em casos especiais (k-w-y). Não há evento mais especial que Copa do Mundo, convenhamos.

E não me venham dizer que sou hexagerado!!!

 

Com gosto de quero mais

jap Paraguai e Japão fizeram nesta terça (29), no Loftus Versfeld, em Pretória, o jogo que deixaria os paraguaios na melhor colocação de uma seleção do país em Copas: entre as 8 forças do futebol mundial. O Paraguai venceu, nos pênaltis, por 5 a 3, e com ele são 4 sul-americanos na hegemonia ludopédica.

O feito deve motivar a equipe guarani a querer mais. Quem não queria ter um sul-americano pela frente foi o nipo-brasileiro Tulio Tanaka. Não sei por quê. Para mim, este era o confronto mais imprevisível nesta Copa, para saber quem sairia vencedor.

A campanha das duas seleções na fase inicial foi muito parecida: em 3 jogos, 6 pontos para o Japão (segundo no Grupo em que tinha a Holanda), 5 para o Paraguai (líder do Grupo em que a Itália pisou literalmente na bola); e empate no saldo de gols: 2 para cada lado. Ataques um tanto econômicos, é verdade, com 4 gols marcados pelos nipônicos e 3 pelos guaranis; e defesas sólidas, com 2 e 1 gols sofridos respectivamente. 

jap2 Era a hora de o cavalo paraguaio mostrar que pode atropelar numa reta final, com sua técnica superior, ou de os robôs asiáticos provarem que também têm faro de gol, que é o que garante a emoção no futebol.

O jogo foi caracterizado pela forte marcação no meio de campo, sobretudo nos primeiros 20 minutos, com apenas uma real chance de gol criada: em bola cruzada da esquerda, Barrios recebeu na área japonesa, passou por dois e não teve pernas para chutar forte; apenas tocou de leve para as mãos de Kawashima.

Foi o suficiente para acordar o Japão. Matsui, de primeira, chutou de longe, e a jabulani explodiu no travessão de Villar. Aos 27, na segunda cobrança de escanteio paraguaia, Santa Cruz ficou com a bola no pé esquerdo, fuzilou, mas para fora. O centroavante é mais um jogador que falta dizer a que veio na Copa, por ser um matador, até aqui apenas de tempo. É dada como certa a despedida dele da seleção.

No mais das vezes muito disputada, a partida teve lances de craque, como a caneta aplicada por Barrios em Hasebe ou o toque de calcanhar de Santa Cruz, ao perceber que Bonet iria passar ali pela direita do ataque.

No duelo da aplicação tática dos japoneses com a técnica dos paraguaios sobrou para o futebol. A Copa do Mundo de 2010 já não se encerrará sem a famigerada disputa nos pênaltis.

jap3 jap4 Os dois técnicos até que tentaram, ao reforçar o ataque em suas substituições, mas nada de arriscar muito, hem rapaziada! O Japão pressionou mesmo foi nos 10 minutos finais do segundo tempo, não sei se para evitar a prorrogação ou desgastar ainda mais o adversário do que a si mesmo.

De nada adiantou. Os 30 minutos de prorrogação também não serviram para mudar o panorama da partida, e me pareceu que os dois times apostavam em seus goleiros, bons de fato. O Paraguai chegou mais inteiro nas cobranças de pênalti, dois deles batidos por quem havia entrado depois no jogo: Barreto, que abriu a contagem; e Cardozo, que fechou o placar, sem necessidade japada última participação japonesa. O Japão, por sua vez, utilizou jogadores que estiveram em campo o tempo todo.

Kawashima, em duas cobranças, acertou certinho o canto, mas não conseguiu evitar a fatura; Villar acertou uma vez por onde a bola passaria.

Decidida a vaga nos pênaltis, os gols foram, pela ordem das cobranças, de Barreto e  Endo (1 a 1); Barrios e Hasebe (2 a 2); Riveros e Komano - este mandou a bola no travessão (3 a 2); Valdez e Honda (4 a 3); Cardozo (5 a 3).  

A equipe paraguaia que já fez história na Copa é esta:

Justo Villar; Carlos Bonet, Paulo da Silva, Antolín Alcaraz, Claudio Morel; Enrique Vera, Néstor Ortigoza (Edgar Barreto), Cristián Riveros; Roque Santa Cruz (Oscar Cardozo), Lucas Barrios (Nelson Valdez)

Técnico: Gerardo Martino

 

Com gosto de nunca mais

esp Sinceramente, de onde a gente mais espera daí é que vem nada mesmo é a frase que melhor ilustra o que (não) jogaram Espanha e Portugal, para ver a quem caberia a honra de ir pras quartas de final.

Esquisita a expressão clássico ibérico, não é mesmo? Se há dois países na região, que raios de clássico se apenas uma peleja pode ser disputada entre ambos... É ao mesmo tempo clássico, segunda e terceira divisão, dá no mesmo e dá nos nervos.

Espanhois ainda estão devendo uma exibição à altura do que seja Copa do Mundo, onde deveria apresentar-se a nata do futebol dos países classificados. Portugal bateu na Coreia do Norte, e foi só, naquela chave – lembram-se? Aquilo sim foi clássico: um asiático que não joga nada, nem peteca, se bobear; e espa3um europeu que pensa que joga futebol.

Cristiano Runaldo, que deveria comandaire os gajos, voltou a me lembrar aquele  comercial da bola, e devolvo-lhe a pergunta: “Ond´istá tua?” Os portugueses mandaram as tamancas mais nas canelas inimigas do que na jabulani. Quando cansavam das tamancas era tapa no peito, soco na cara e por aí vai... Os espanhois apanharam quietos até onde puderam. Xavi Alonso recebeu o cartão amarelo, se não me engano o primeiro da equipe até agora na Copa, e o luso praticante de luta-livre, Ricardo Costa, recebeu direto vermelho por agressão na área inimiga, nos estertores da porfia. Este zagueiro já tinha merecido tomar amarelo há muito tempo.

Ah, sim, nuClipboard13m raro momento de futebol, Villa, sempre ele, recebeu passe açucarado, de bola ajeitada no bico da chuteira e passada de calcanhar, em posição duvidosa. A meu ver, o cotovelo de um portuga, do outro lado da linha burra (aí já é pleonasmo), dava-lhe condições. E foi o que o 7 da Fúria fez: tocou pro canto direito, Eduardo rebateu no chão; Villa pegou o rebote e mandou nas alturas estufando as redes.

Classificada por 1 a 0 num joguinho feio de lascar, não duvido que a Fúria caia do cavalo paraguaio nas quartas de final. Coice, já tomou muito nesta terça. Espero nunca mais assistir a um clássico desse nível.

A seleção espanhola que avançou na competição é esta:

Iker Casillas, Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol, Joan Capdevila; Andrés Iniesta, Sergio Busquets, Xavi, Xabi Alonso (Carlos Marchena), David Villa (Pedro); Fernando Torres (Fernando Llorente)

Técnico: Vicente del Bosque

 

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De guru pra vudu

OPI-002.epsPaulo Coelho teria pedido a Mick Jagger que, pelamordedeus, se fosse assistir ao jogo Brasil X Chile, torcesse pelo time de Bielsa. Apesar de ser pai de um brasileirinho, cuja mãe é Luciana Gimenez.

O que se sabe é que o roqueiro britânico esteve no Ellis Park, em Joanesburgo, durante a partida. Deve ter seguido o conselho do guru de multidões por esse mundo afora. Xô, vudu! Satisfaction por tê-lo como testemunha ilustre de mais uma boa exibição da seleção canarinho. Já a dos súditos de sua majestade, sorry!

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Clique da Copa

gabNa foto da filha Gabriela, o colunista mostra que não é figura de ficção, ao lado da mulher Dalva e do neto Gabriel. Foi logo depois da CHINELADA NELES!!! Lembram-se?

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Mais uma de Juanito

Juanito Cochabamba, inconformado com a eliminação do México pela Argentina, torceu como ninguém para o Paraguai contra o Japão, direto de Monterrey. Para ele, os nipônicos já teriam ido longe demais na Copa com o que Juanito batizou de time HorrEndo, como se refere à dupla Honda e Endo.

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Frases da Copa

Jogador técnico é punido, o que bate é agraciado” - (Dunga, ao avaliar o cartão amarelo de Kaká contra o Chile, o terceiro do meia na Copa, além de um vermelho)

Temos uma final antecipada contra a Holanda” - (Maicon, lateral, sobre a expectativa do jogo nas quartas de final)

“Vai ser um jogo difícil, mas o Brasil é favorito como em 94 e 98” - (Rivaldo, em seu twitter)

Brasil tem a arrogância positiva de que é invencível. Também deveríamos ter” - (Bert van Marwijk, técnico holandês)

Precisamos jogar um pouco melhor” - (Robben, astro da laranja)

Ramires deu muito mais velocidade ao time” - (Romário, tuitando – pena que o meia levou o segundo amarelo dele na competição e fica fora de um jogo)

Espero a seleção com os braços abertos” - (Sebastian Piñera, presidente do Chile)

Chegamos a essa partida de forma justa e fomos eliminados de forma justa” - (Bielsa, técnico da seleção chilena)

 

Por hoje, é isso.
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charge: aroeira; amarildo

Mordillo

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28 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU ÀS QUARTAS ENGATANDO A PRIMEIRA

xuntitled2 Nino Prata

Yágicos* leitores, o jogo é jogado, o lambari é pescado, e a gente é predestinado. De novo, Chile no caminho da seleção brasileira numa Copa e, de novo, goleada: 3 a 0 com gols de Juan (yes, nós temos zagueiro artilheiro), Luís Fabiano (em jogada benfeita de Robinho e Kaká com finalização perfeita, deixando o goleiro na saudade) e Robinho (quem sabe agora desencanta e desanda a fazer gols).

Sinceramente, esperava que os chilenos dessem mais trabalho nesta segunda (28), no Ellis Park, em Joanesburgo, mesmo porque foram deles as iniciativas de ataque, no início, contidas pela defesa canarinho. Não teve essa de um ficar estudando muito o jogo do outro.

Aos 4 minutos, Luís Fabiano tentou arremate, que passou longe da meta de Bravo. Aos 8ruan, aconteceu o primeiro escanteio a favor do Brasil e, na sequência, o segundo e o terceiro tiros-de-canto. O poderio ofensivo dos soldados de Dunga era intenso; faltava ajustar a mira.

Foi num escanteio, aos 34, que Juan cabeceou certeiro, atrás de zaga chilena e logo atrás de Luís Fabiano: 1 a 0. Estava aberta a porteira, por onde poderia passar a manada de goles.

A goleada se anunciou, três minutos depois, com Luís Fabiano recebendo a bola de Kaká, entrando na área com a bola dominada e tirando Bravo da jogada; o goleiro ainda tocou no pé do luis atacante, que preferiu ir em frente para tocar pro gol, em vez de cair e esperar que o juiz marcasse pênalti.

Aos 13 do segundo tempo, a fatura aumentou para 3, depois de Robinho receber assistência mágica de Ramires e mandar pras redes de Bravo. A essa robi altura, difícil saber quem estivesse mais bravo, se o goleiro ou Bielsa. O técnico fez o que pode, tanto que já veio dos vestiários com duas alterações, uma delas Valdivia - quem sabe, por este conhecer melhor o jeitinho brasileiro... Qual o quê!

As ausências de Elano e Felipe Melo não foram tão sentidas, mesmo porque Ramires é mais contido nos ímpetos defensivos e fez a jogada que resultou no gol de Robinho. Passe preciso, à direita. Daniel Alves se saiu bem, mas está com a pontaria descalibrada.

O ponto mais positivo na seleção desta segunda (28), para mim, foi a velocidade aliada à movimentação de quem ia pro ataque e dos quem saíam da defesa (Lúcio principalmente) para o apoio ofensivo.

O mais perto que o Chile esteve do gol de Júlio César foi em chute de Suazo, aos 32 do segundo tempo. A bola bateu na  trave e, por pouco, o "Chupete" não justifica o apelido. 

Dunga e/ou Jorginho souberam a hora certa de mexer no time, tanto que a primeira substituição, a de Luís Fabiano por Nilmar, foi para dizer aos chilenos que a seleção canarinho queria dar mais umas bicadas. Depois, com o jogo praticamente decidido, foi só garantir o placar de 3 a 0, reforçando a marcação com Kléberson no lugar de Kaká e, sobretudo na saída de Robinho, já aos 39 do segundo tempo, para não correr qualquer risco de última hora.  

O Brasil chegou às quartas e engatou a primeira. Que venham holandeses e quem mais passar de fase.

 Os jogadores que levaram o Brasil  às quartas de final são estes:sel

Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos; Daniel Alves, Gilberto Silva, Kaká (Kléberson), Ramires, Robinho (Gilberto Melo); Luís Fabiano (Nilmar)

Técnico: Dunga

* Yágicos é uma licença jornalística para o substantivo yagi, que significa antena de ondas curtas, direcional e seletiva. Como a da torcida brasileira, que está cada vez mais antenada na direção do hexa.

 

Laranja quase vira bagaço 

3799-970x600-1 O placar de 2 a 1 para a Holanda sobre a Eslováquia, no jogo das oitavas no Estádio Moses Mabhida, em Durban, não retrata o domínio de bola e a técnica dos laranjas, bem superiores aos dos adversários. Mas tem a ver com o que é capaz de fazer uma seleção bem armada e que procura o ataque até o último segundo.

A surpresa da Copa, apontada por analistas, já dissera a que veio ao despachar a tetracampeã e atual detentora do título, a Itália. Além dessa façanha, a Eslováquia vinha credenciada pela boa campanha nas Eliminatórias (vitórias sobre a Polônia e a própria República Tcheca, sofrendo apenas duas derrotas, para a Eslovênia, que também esteve na África do Sul). E, no Grupo F, classificou-se com 4 pontos, 1 a menos apenas do que o primeiro colocado, o Paraguai.

Estreante em Copas, assim como o técnico Vladimir Weiss, que jogou a Copa de 1990 na seleção da Tchecoslováquia, a Eslováquia tomou 10 gols e teve a pior defesa entre todas as equipes da Europa nas Eliminatórias.

A Holanda, cerebral em seu planejamento e no modo de se portar em campo, tanto sabe do que é capaz a seleção eslovaca que, em nenhum momento nos dias recentes, alardeou favoritismo. E contou na partida das oitavas com o seu astro 3769-970x600-1 principal, Robben, desde o início, recuperado de lesão sofrida no músculo femoral distal da perna esquerda, logo acima do joelho. em amistoso antes da Copa.

Tratado à base de alongamento extremo, agulhas de acupuntura, curativos com espuma de borracha e outras técnicas desenvolvidas pelo seu fisioterapeuta, Dick van Toorn, Robben foi o nome do jogo.

A Holanda, que já vinha bem na competição, com 100% de aproveitamento na fase inicial, ficou melhor ainda e fez 1 a 0 exatamente numa arrancada de seu número 11, pela direita. Foi aos 17 do primeiro tempo que Robben provou o quanto um craque faz a diferença. Recebeu lançamento em rápido contra-ataque, dominou a jabulani, limpou a jogada e chutou em meio a três marcadores, de esquerda, no canto esquerdo de Mucha.

A Eslováquia começava a provar o ácido sabor da laranja, que se fechava quando atacada com até 9 em sua área, mas seus contragolpes poderiam ser mortais. Além de lanç3762-970x600-1amentos, o toque de bola holandês é uma de suas armas porque faz o tempo passar a seu favor e provoca faltas.

No segundo tempo, a Holanda já começou no ataque e manteve o domínio de bola e das iniciativas de ataque. Num deles, pela esquerda, em rápida cobrança de falta, os 38, Sneijder marcou com o gol escancarado depois de receber de Kuyt. Este aproveitou a bobeira geral da zaga e do goleiro; tomou a bola de Mucha, de cabeça, para servir o companheiro. E ainda teve cartão amarelo para o bom e nervoso Skrtel, por reclamação acintosa. 

A laranjada que poderia ser servida quente deixou a Holanda muito dona de si. A Eslováquia insistia em jogadas pela esquerda de seu ataque, e numa delas, no último minuto dos acréscimos, Vittek bateu com categoria o pênalti no canto direito de Stekelenburg. O goleirão nem saiu na foto, que merecia por ter salvado, em pelo menos duas finalizações eslovacas, a Holanda de sofrer gols que poderiam fazer da laranja apenas o bagaço.    

Dunga & Cia. já podem ir ligando o espremedor de frutas porque a laranja está no ponto de ser descascada. 

A Holanda chegou às quartas de final graças a este time:

Maarten Stekelenburg; Gregory van der Wiel, Johnny Heitinga, Joris Mathijsen, Giovanni van Bronckhorst; Arjen Robben (Eljero Elia), Mark van Bommel, Wesley Sneijder (Ibrahim Afellay), Nigel de Jong, Dirk Kuyt; Robin van Persie (Klaas-Jan Huntelaar)

Técnico: Bert van Marwijk

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Mais respeito com “Ban Ban”

Gastón, chileno dos bons, manda e-meio para lembrar que Luis "Ban Ban" Zamorano merece respeito pelo que fez no futebol e por seu engajamento sociopolítico. Eu concordo.

Mesmo porque Zamorano marcou 34 gols em 69 jogos pela seleção de seu país, passou por clubes como Real Madrid e Inter de Milão e colocou sua imagem e prestígio em campanha para ajudar vítimas de terremoto no Chile. Se não bastasse, foi tido por Madona como "símbolo sexual". Aí já não é comigo.

Mas lembro que, como vidente, "Bem Bem" deve ser um bom comentarista esportivo porque ele havia dito que o ponto fraco do Brasil era a zaga. Acho que, no caso, a zaga que deixa a desejar foi a outra.

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Boa notícia

Todos os 196 exames no antidoping realizados depois dos jogos da primeira fase deram negativos. A informação é da Fifa, por meio do seu chefe do departamento médico, Jiri Dvorak.

Do lado dos atletas, a lisura da competição está a salvo. Pena que o mesmo não se possa dizer da arbitragem. E há quem, maldosamente, sugira que se estenda o antidoping aos técnicos.

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Frases da Copa

"Você vai deixar de ganhar se eu passar três horas com o meu marido e meu filho no dia depois dos jogos?" - (Vivian, mulher de Robinho, ao questionar Dunga; a conversa teria sido por telefone)

"Bielsa sempre será protagonista"  - (Mariano Dayan, jornalista do Olé, sobre o estilo do técnico)

"Prefiro correr riscos ao invés de deixar a bola com uma equipe que sabe o que fazer com ela" - (Bielsa, às vésperas do jogo contra o Brasil)

"Se quiser ganhar deles, tem de jogar da mesma forma" - (Dunga, sobre a seleção de Bielsa)

"Bielsa pode ser louco, mas é bom técnico" - (Casagrande, em sua coluna no Diário SP)

"A vitória sempre nos faz bem... Estou orgulhoso de fazer parte do grupo" - (Maradona, que revelou às vezes ter vontade de vestir a camisa de jogador e entrar em campo)

"Os deuses do estádio nos castigaram pela vaga vergonhosa que não era para ter sido aceita, pois foi presente de grego" - (Petit, consultor de mídia, que jogou na França campeã em 1998)

"Também fomos castigados por nossa ignorância e arrogância" - (Idem)

 

Por hoje, é isso.
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fotos: agência brasil

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

fotos: aft, reuters

O equívo que Belo Monte!

“Belo Monte é uma resposta medíocre para o desafio de gerar energia para o país”  -  Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil.

Reproduzo na integra o texto abaixo sobre a barbaridade que esta sendo cometido com os povos indígenas.

Nota do autor: O autor desse post esforçou-se ao máximo para não mostrar sua raiva e indignação em relação a esse projeto, proferindo tudo aquilo que ele pensa sobre governo e todos aqueles defensores de obra que já nos causou tanto sofrimento e, mesmo com todos os contras, continua em pauta.

O projeto de construção da Usina de Belo Monte não é de agora, há mais de 20 anos que esse assunto circula pelo país. Uma questão um pouca complexa, com vários lados e muitas pessoas envolvidas mas que, ao meu ver, é muito simples: interesses econômicos aliados a incompetência política. Desde o ano passado, com a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA, que intensificaram-se as discussões e o envolvimento popular, principalmente de movimentos sociais contrários à construção. Localizada no município de Altamira, Pará, a terceira maior hidrelétrica do mundo – atrás apenas da Três Gargantas na China e a Itaipu, entre Brasil e Paraguai – é uma das mais importante obras do PAC e prevê um investimento em mais de R$ 19 bilhões. Segundo especialistas, para sua construção será preciso deslocar mais de 20 mil indígenas e desmatar 50 mil hectares em zona de mata, ainda razoavelmente conservada, em pleno coração da Amazônia.

Aos protestos, vem os “benefícios” dessa grande obra: geração de empregos e, principalmente, energia.  Ao rebater os protestos do cineasta James Cameron, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), diz [...] a represa ajudará a reduzir abismos sociais em uma região em que ‘a pobreza não é ficção científica’, como ocorre no filme Avatar.” Claro que uma obra deste tamanho vai gerar renda, mas a pergunta é: pra quem?! Pro’s ganhadores do leilão(?)? E a questão de energia… Todos sabem que energia elétrica não é como água que se pode armazenar: produziu tem de ser consumida. Todos lembram também daquelas aulas de física sobre a perda de energia no transporte. O quão longe fica o Pará dos grandes centros urbanos? Será que valerá o investimento, o desgate de mais de 20 anos, a corrupção e destinação do dinheiro, as perdas ambientais e humanas desta obra para suprir a carência energética do país nos próximos anos? Como disse o Marcelo Furtado, esse é um projeto defasado, “Ela não agrega novas tecnologias, não embica o país para o futuro. É uma obra de cimento e aço, típica do século que passou.” Me pergunto se outras formas de geração de energia não seriam menos impactantes ao meio ambiente, se não seria uma oportunidade do país pesquisar e desenvolver métodos mais eficientes, de explorar energias eólica, solar, biocombustíveis, usinas de queima de lixo, célula de hidrogênio, e por aí vai…

Todos somos cientes do potencial hidrelétrico do país, mas vamos ficar preso a ele? Em quanto tempo o projeto será realizado? A energia produzida não será suficiente. Vamos então às 54 usinas que serão construídas com o recurso do PAC 2 (sendo que o primeiro nem chegou aos 50% do total de obras previstas)? Aliás, nem caberão aqui minhas críticas a este “desenvolvimento acelerado-tardio” do país; da corrupção e falta de critérios claros de órgãos que liberam estas obras, como IBAMA e FUNAI…

O Brasil precisa ouvir seu povo, nós precisamos aprender a gritar cada vez mais alto e levar nossas questões cada vez mais longe. Cada ato deve deve ser integrado, seja de artistas, do Greenpeace, ou do E esse tal Meio Ambiente?. Não podemos só deixar o tempo passar… quando olharmos para trás, o que teremos para dizer além do “o que foi que eu não fiz?”?

via: esse tal de meio ambiente

graninha extra…

nike A Nike firmou um contrato de US$ 80,000 dólares com cada jogador que calçar estas chuteiras

Diz o fabricante que a linha Elite Series proporciona, maior controle da bola e estabilidade em campo.

As cores de todos os modelos da linha são prateado, laranja e preto. Quando o jogador está em movimento, ocorre o realce do laranja e do preto, que transitam para o prateado, tornando mais fácil a localização em campo do jogador pelos colegas, melhorando a realização de passes.

Melhor que isso, só se for verdade.

preço. R$ 1,200.

A justa reclamação da dura vida de um massagista.

27 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A SER PROVOCADA

Nino PrataAUTO_waldezo

Xô, leitores, a todo chilique que possa acometê-los nesta hora. Contenham esse lado Luísa Helena de tratar as coisas. Chilique não leva a nada, quando não à morte - o que dá no mesmo do ponto de vista meramente corporal.

Preparemos o grito de guerra:  CHI CHI NE NE! Chinelada neles!!! Pode o Zamorano dizer que sabe como vencer os soldados de Dunga? O grito de guerra chi chi le le acaba em ChileNADA!

Não preciso dizer mais nada. Quem foi que ressuscitou Zamorano, assim como lá na terrinha ressuscitam o Eusébio? São pessoas mortas no futebol e só aparecem em eventos da grandeza de uma Copa do Mundo, isso quando suas seleções passam das Eliminatórias. 

O Chile disputou, com esta agora, 8 Copas e o máximo que conseguiu foi um 3o. lugar, quando foi sede da competição, em 1962. Adivinha quem levantou "a taça do mundo é nossa?".  

Nas Eliminatórias para a África do Sul, os selecionados de Bielsa até surpreenderam com o 2o. lugar no grupo sudamericano. Quem foi o primeiro mesmo?

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Ah, sim, falávamos de Zamorano. Deixa pra lá...

Isso é que é programão de domingo. Neste 27 de junho, secamos (ou pelo menos tentamos) os comandados do Pibe; na segunda, batemos os (não nos, por favor!) selecionados de Zamorano, digo, Bielsa.

Pra semana começar bem.  

     

Chope no chá

  AUTO_frankNo Free State Stadium, em Bloemfontein, Inglaterra e Alemanha entraram em campo na segunda rodada das oitavas, embaladas por dois dos mais belos hinos nacionais que deveriam fazer jogadores comer grama. Os ingleses, sei não se fariam isso - os gramados de lá, mesmo os de praças, dizem, são impecáveis. Não que os da Alemanha não sejam. Mas grama não ganha jogo; às vezes, lamentavelmente, a grana, sim.

Quem ganhou a vaga nas quartas de final foi o melhor futebol da Alemanha. Fechada com até 9 em sua defesa, a equipe alemã saía rapidíssima, precisa e objetiva nos contra-ataques. Além de contar com dois meias que fazem a diferença, Özil e Müller. Gratas revelações.ale2

No lado inglês, Rooney não se reencontrou com o gol, esteve apagado porque bem marcado. Não deu outra: os alemães devolveram, com juros e correção monetária, 45 anos depois, a derrota discutível para os ingleses, na decisão da Copa de 1966, na casa dos súditos da rainha.

Neste domingo, foi 4 a 1 para a Alemanha, fora o baile. Sim, porque em alguns minutos do segundo tempo, os chucrutes puseram na roda os apreciadores do chá das cinco. Era dia de chope, que aliás deve ter acabado em Bloemfontein porque as duas torcidas são boas de copo; a Alemanha, também de Copa.

Para lembrar ainda mais o confronto de 45 anos atrás (curiosamente, o tempo de jogo em cada etapa da partida), neste na África do Sul teve também erro de arbitragem.

dentro A Inglaterra experimentou, com atraso, em dose cavalar, do próprio e involuntário  veneno. Logo depois de encostar no placar, que estava em 2 a 1, ao fazer o seu gol, Lampard mandou com categoria a bola por cima de Neuer, que raspou no travessão antes de cair mansamente dentro do gol. Poderia ser outro o resultado da partida, agora, como poderia nem ter havido prorrogação naquela decisiva de 1966. Na prorrogação, os ingleses ganharam, na época, a sua Copa do Mundo.

A Alemanha já conquistou 3 e tem chances de chegar à quarta (xôôô!!!), além de Klose estar perseguindo quebrar o recorde de Ronaldo Fenômeno como artilheiro das Copas (faltam 3 para isso - xôôô!!!). Foi o número 11 alemão que abriu o placar, aos 20 do primeiro tempo, ao receber ligação direta de Neuer e vencer os zagueiros ingleses, para tocar na saída de James.

ale5 Aos 32, Podolski ampliou para 2 a 0, ao receber de Müller, na esquerda, depois de troca de passes da direita. Ajeitou e mandou entre as pernas de James, cruzado.

A Inglaterra deve ter acordado no susto e chegou a marcar com o zagueiro Upson, que subiu mais que todos e cabeceou por cima de Neuer, aos 36. Nem bem a bola saiu da meia cancha, os ingleses deram uma de alemães e chegaram com perigo ao gol de Neuer. Lampard fez um golaço, o empate estava garantido e até comemorado pelo jogador, pelo técnico Fabio Capello e pela torcida. Menos pela arbitragem, que não viu a bola entrar. O goleiro alemão, mais ligeiro do que nunca, apanhou a bola e saiu pra mais uma de suas ligações ao ataque. 

O segundo tempo começou com o jogo concentrado no meio de campo, Neuer tentou mais uma ligação direta aos 4, Rooney continuava muito bem vigiado e tentava armar as jogadas, já que concluí-las estava difícil.

Aos 12, a zaga alemã vacilou e Neuer teve de sair com o pé na bola para evitar a chegada de Defoe. Boateng e Schweinsteiger tentaram ampliar o placar, sem sucesso, em chutes fracos.ale4

Mas, aos 21, a estrela de Müller juntou-se à categoria do jovem meia. Ele recebeu livre, à direita, e bateu à esquerda de James. O contra-ataque, preciso, foi organizado por Schweinsteiger, que soube esperar a hora certa de lançar o número 13 alemão.

Se 3 a 1 estava de bom tamanho, a Alemanha queria mais, e a Inglaterra se atolava em erros de marcação, sobretudo. Dois minutos depois, a zaga inglesa brinca em serviço, ao assistir à chegada de Özil, pela esquerda, que serve para Müller estufar pela quarta vez as redes de James. Essa dupla ainda vai dar muito o que falar, além de alegrias à torcida tedesca.

A seleção alemã que passou para as quartas jogou assim:

Manuel Neuer; Philipp Lahm, Per Mertesacker, Arne Friedrich, Jerome Boateng; Thomas Müller (Piotr Trochowski), Sami Khedira, Mesut Özil (Stefan Kiessling), Bastian Schweinsteiger, Lukas Podolski; Miroslav Klose (Mario Gomez)

Técnico: Joachim Löw

Eu esperava deste confronto um jogão de bola, dos mais disputados e equilibrados da Copa, porque as equipes de Joachim Löw e de Fabio Capello estão, a meu ver, entre as mais fortes no mundo da bola hoje. Jogadores de talento, alguns em emergência, não faltam às duas seleções.

Pra mim, quem vencesse, estaria de bom tamanho. Ainda mais que atravessarão o caminho da seleção de Dunga só lá pro fim da competição.

O poder de fogo do ataque alemão poderia fazer a diferença, e fez, resultado justo pelo que cada um dos dois conseguira na primeira fase da competição.

 

Atitude faz a diferença

AUTO_waldez No jogo que fechou a segunda rodada das oitavas, no Soccer City, em Joanesburgo, México e Argentina terminaram no 3 a 1 para os hermanos do Sul. Uma partida decisiva, em que atitudes fizeram a diferença.

Na primeira delas, ainda no aquecimento dos atletas, Maradona tocava a bola no gramado, como se estivesse no apronto para tirar o agasalho e, dali a pouco, ir a campo com a equipe. Dieguito "las manos de Diós" Maradona é paixão, inspiração arg3da seleção que é a cara do treinador.

No começo do jogo, o México ignorou que tinha pela frente um time bom no ataque  e tomou, ele mesmo, a atitude de ir pra cima. Teve bola no travessão de Romero, Torrado e Salcido, este principalmente, aprontaram poucas e boas na área argentina, só pecando nas finalizações, que passaram perto do gol. Aí os hermanos se acertaram e criaram jogadas de ataque, não sem sofrer marcação cerrada, coordenada por Rafa Márquez.

Jogo disputado, confronto de americanos tentando ir pras quartas. Não adiantou toda a corrente pró-México, cá entre nós, porque aí veio a atitude que faz a diferença que não deveria existir.

arg4 Aos 25, Messi tabela com Tevez, Pérez sai nos pés do atacante e rebate; Messi toca para Tevez, impedido, fazer o primeiro gol. Deu o maior bafafá na linha lateral com o bandeira, que sabe-se lá o que argumentou com o árbitro Roberto Rosetti. O trio italiano pisou na bola mexicana e validou o gol.

A marcação mexicana, a partir daí, começou a errar em excesso. Mesmo assim, Salcido continuou a aprontar seus salseiros pela esquerda do ataque, mas até Rafa Márquez perdeu a calma, recebendo amarelo em entrada mais pesada.

Aos 32, Osório deu o presentaço para Higuaín, que agradeceu, dominou a bola, igua driblou zagueiro e goleiro, para tocar de leve pras redes mexicanas. Os 2 a 0 empolgaram, mais que ninguém, Maradona que, por várias vezes, ficou fora da área técnica, como se quisesse ainda entrar pra jogar.

Com 2 minutos de acréscimo, o que restou de tempo de jogo foi todo de pressão mexicana no campo argentino. Numa das jogadas, Hernández por pouco não chegou antes de Romero para concluir o bom passe da esquerda.

Na saída para os vestiários, teve confusão entre mexicanos e argentinos, o italiano Rosetti foi ver de perto o que se passava, e nada de prático resultou em termos de punição para esse ou aquele atleta.

Javier Aguirre escalou Barrera no lugar de Bautista (muito fraco no primeiro tempo todo; nem marcava nem chutava a gol), em mais uma atitude que poderia fazer a diferença. A águia mexicana não iria vender barato uma derrota, ainda mais com gol ilegítimo e contestado, sem efeito.

Logo aos 2 minutos, Demichelis repete Osorio, no mesmo espaço do campo, entregando o ouro para o ataque do México; faltou alguém para aproveitar a chance de marcar.

Aos 4, Barrera, em sua primeira jogada, recebe à esquerda, livre, e demora para se decidir o que fazer; tenta o chute direto, que sai torto.

Aí, aos 7, foi a vez de Tevez fazer a diferença. Brigou pela posse de bola, como é de sarg1eu feitio, ajeitou e mandou o canudo, indefensável no ângulo esquerdo de Pérez. Golaço que valeu pelo outro, irregular, mas que não faz voltar o placar. Argentina 3 a 0 deixou a marcação mexicana ainda mais confusa.

A zaga parecia sentir mais que outros setores a derrota que se firmava. Aos 11, Rodríguez quase entregou o ouro, como já havia acontecido com Osorio. Dois  minutos depois, em bate-rebate na área mexicana, a bola foi recuada, fraca, para o goleiro, e quase sai o terceiro gol.

O jeito é reforçar pelo menos o ataque. Aguirre coloca Franco, para fazer dupla com Barrera, que aos 15 se empolga e passa de forma espetacular por Otamendi e Máxi Rodríguez, mas bate sem ângmes ulo, para fora, em vez de fazer o lançamento.

Tevez estava a mil por hora, quando foi tirado para entrar Verón. Maradona optava pelo cadenciamento da partida, talvez por acreditar que o jogo já estava ganho. O 10 argentino saiu vizivelmente contrariado.

O México não se entregava, e aos 24, Heinze tirou a bola que ia pro gol, pelo alto, em mais uma boa jogada de Salcido. No minuto seguinte, Hernández recebe, faz o  giro e manda à esquerda de Romero. Com 3 a 1 pode ser que Maradona tenha se arrependido de tirar Tevez, atitude que não foi muito acertada.

Quem demorou para tomar a atitude que se espera de quem tem o nome e a fama de melhor jogador do mundo foi Messi, que só aos 45 partiu pra cima, ao driblar 3 adversários e obrigar Perez a fazer boa defesa no seu canto superior direito. Num jogo marcado por atitudes positivas e negativas, o saldo de 3 a 1 foi até o que menos contou. Ficou aquele gostinho amargo aos mexicanos de que poderiam ter feito algo mais do que as 25 faltas, para 10 dos argentinos. Quem sabe mais futebol teria feito a diferença, também pelo lado do árbitro, que deixou o espetáculo menos bonito.

A Argentina que conquistou a vaga para as quartas de final é esta:

Sergio Romero; Nicolás Ottamendi, Martín Demichelis, Nicolás Burdisso, Gabriel Heinze;  Maxi Rodríguez (Javier Pastore), Javier Mascherano, Lionel Messi, Ángel Di María (Jonás Gutiérrez); Carlos Tévez (Juan Sebastián Verón),  Gonzalo Higuaín

Técnico: Diego Maradona

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Frases da Copa

"Futebol é 11 contra 11, mas a Alemanha sempre vence" - (Gary Lineker, goleador inglês - 48 gols em 80 partidas pela seleção)

"O italiano está perdido que nem o time do México" - (Luciano do Valle, locutor esportivo, aos 37 do primeiro tempo)

"Em 2006 França e Itália se encontraram na final. Em 2010, foi no aeroporto"  - (circula na rede)

Navegar é preciso no www.controversia.com.br - Aqui vai uma dica de site, cujo lema é "o site que distribui cultura".

 

Por hoje, é isso.
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10 maiores gols de falta da história das copas.

Laerte

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26 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A FICAR MAIS PERTO

Nino Prata chrg0530

Vibrantes leitores, como sói acontecer nesta coluna, dou um dia de folga aos soldados do Dunga, que assim podem preparar-se melhor para pegar o Chile na segunda (28), na penúltima rodada das oitavas. Não podem é ser pegos pelos comandados de Napoléon Bielsa, el loco.

Mas não dá para deixar de falar que a seleção canarinho está mais perto do hexa do que nunca. Em tese.

Na comparação com os hermanos, até a final, teremos depois do Chile, pela frente, ao vencer cada mata-mata, Holanda e Uruguai. Os pibes de Maradona terão de quebrar pedras, a começar pelo México, no domingo (27), passando por Alemanha ou Inglaterra,  mais Espanha ou Portugal no caminho.

Em tese.

Na bola, em campo, a Argentina está, até agora, 100%: só vitórias, 7 gols marcados, apenas 1 sofrido; Brasil somou 7 pontos, marcou 5 e levou 2. Quem mata-mata mais daqui pra frente? Eis a questão.

 

Celeste, suor e chuva

As oitavas começariam, a meu ver, no sábado (26) com dois confrontos meia-boca: um pela uru_diferença de tradição entre os oponentes, Uruguai e Coréia do Sul; outro pela incógnita do que poderiam fazer Estados Unidos e Gana.

Ainda bem que me enganei. Uruguai e Coréia do Sul jogaram com empenho digno de duas equipes dispostas a decidir a partida, sem necessidade de prorrogação. E conseguiram.

No primeiro tempo, os uruguaios foram melhores e chegaram ao gol, aos 7 minutos, com jogada pela esquerda. Forlán recebeu a bola lançada por Cavani, ajeitou e cortou pro meio, para lançar do outro lado em que vinha Suárez de trás. O centroavante concluiu com precisão no canto direito sul-coreano. Antes, a Coréia do Sul havia chegado com perigo, no primeiro minuto de jogo, em falta cobrada na trave esquerda de Muslera.

Esses primeiros minutos foram o retrato da partida. Lugano comandava a defesa, segurando os avanços, sobretudo de Pyo pela esquerda, e os atacantes uruguaios trocavam de posição constantemente. Se a defesa uruguaia era precisa nas tomadas de bola era porque a pressão sul-coreana se fez sentir ainda nos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, Óscar Tabárez trouxe Victorino no lugar de Godin, e a fortaleza celeste continuaria inexpugnável até os 22 minutos. A pressão dos asiáticos sobre os sul-americanos foi bem mais intensa na etapa final, disputadíssima sob forte chuva.

uru3 Chung-Yong marcou, em raro cabeceio em que levou a melhor sobre Lugano, com Muslera também na jogada. A bola chegou até ele desviada para trás pela zaga, na área congestionada de atacantes e defensores das duas equipes. Mais um retrato do que foi a partida.

Teve até pedalada de Pyo, que sempre foi um perigo com seus avanços pela esquerda. Mas prevaleceu a raça uruguaia, na partida em que os sul-coreanos não ficaram atrás na disposição ofensiva.

Aos 35, depois de cobrança de escanteio da direita, a bola sobrou no rebote para Suárez, na área, limpar para o meio e chutar no canto esquerdo de Sung-Ryong.

Daí até os 3 minutos de acréscimo, a disposição das duas equipes em campo não arrefeceu, e a Coréia do Sul teve chance de empatar de novo, com Dong-Gook, e por pouco Muslera não engole frango molhado. O chute saiu fraco, a bola passou sob o goleiro, passeou próxima à linha do gol, e Lugano saiu pro jogo. Lance que também retrata o que foi a primeira partida das oitavas que prometem mais emoção.

A equipe que levou o Uruguai às quartas de final jogou assim:

Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Diego Godín (Mauricio Victorino), Jorge Fucile; Diego Pérez, Egidio Arévalo, Diego Forlán, Álvaro Pereira (Nicolás Lodeiro); Edinson Cavani, Luis Suarez (Álvaro Fernández)

Técnico: Óscar Tabárez

O Uruguai, não se pode esquecer, é bicampeão mundial (em 1930, na primeira vez em que se realizou a competição; em 1950, na nossa casa com o Maracanã, novinho em concreto e superuru2lotado), participou de 10 Copas com esta agora. De uns tempos para cá, o futebol no país vizinho não tem brilhado tanto. Mas na África do Sul, Lugano, Forlán & Cia se saíram bem no Grupo B, em primeiro lugar, sem levar um golzinho sequer. A celeste somou 7 pontos e balançou por 4 vezes as redes adversárias.

Lugano simboliza a raça uruguaia, às vezes beirando os limites do irracional. Sugestivo que tenha nascido no distrito de Canelones. Forlán, o 10 deles, só falta cobrar escanteio (o que faz sempre bem) e ir cabecear; bola parada é com ele mesmo, assim como as que ficam ali na intermediária inimiga pedindo "me chuta, me chuta". Além disso, organiza as jogadas de ataque e finaliza as que competem a ele fazê-lo.uru5

A Coréia do Sul esteve em 8 Copas, incluindo a da África do Sul, numa sequência que vem desde 1986 (a primeira do país asiático foi em 1954). O máximo que conseguiu foi o 4o. lugar na de 2002, que sediou com o Japão. Nas demais esteve entre 16o. e 30o. Na África do Sul, seu desempenho até agora foi digno de nota por ter deixado para trás Nigéria e Grécia, mas alcançou o segundo lugar com 4 pontos, 5 a menos do que a Argentina, no topo; fez 5 gols e levou 6 (- 1).

 

África teve Gana

gana3 Nem elefantes nem as Super Águias; Camarões também foram comida fácil. Gana tem no nome o que todo africano, acredito, esperava da seleção que enfrentou a dos Estados Unidos no segundo jogo de abertura das oitavas. Os 2 a 1 para o "time da casa"  representam bem o que foi a batalha de Royal Bafokeng, em Rustembugo, definida na prorrogação.

Batalha digna de heróis da bola, esta de sábado. Entre outros, Dempsey e Donovan, pelos Estados Unidos. Do outro lado, Gyan e Gana são dois nomes que se confundem, na diferença de apenas uma letra em lugar diferente. O número 3 comanda o time e provou isso na prorrogação, a primeira da Copa.gana4

Durante os 90 minutos, mais os acréscimos, foi o mesmo diapasão, e quando mais os Estados Unidos pressionaram e chegaram ao gol de empate, mais os ganenses se desdobraram para salvar a honra africana.

Ayew e Boateng foram dois outros guerreiros, que chegaram ao limite de suas  forças físicas. Foi de Ayew o passe para o gol da vitória, marcado por Gyan aos 2 minutos da prorrogação. Boateng foi quem abriu o placar, aos 5 do primeiro tempo de jogo, ao aproveitar a tomada de bola no círculo central e sair em arrancada pela esquerda, para colocar no canto esquerdo de Howard, mesmo acossado por um marcador.

gana1 Do lado dos Estados Unidos, a mão do técnico pesou ao promover mudanças que deram mais ritmo no ataque, mas quem soube decidir foram Dempsey, em finta de muita categoria em Mensah, na área africana, sendo derrubado na sequência. Coube a Donovan cobrar com precisão o pênalti que deu o gol de empate aos Estados Unidos, aos 16 do segundo tempo.  

Gana chegou às quartas de final com:

Richard Kingson, John Pantsil, Jonathan Mensah, John Mensah, Hans Sarpei (Lee Addy); Samuel Inkoom (Sulley Muntari), Anthony Annan, Kwadwo Asamoah, Kevin-Prince Boateng (Stephen Appiah), André Ayew; Asamoah Gyan

Técnico: Milovan Rajevac

Na primeira fase, ganenses, no Grupo D, e estado-unidenses, no C, fizeram campanha bem parecida, em que pese o segundo lugar dos africanos para o primeiro dos americanos do Norte, numa conquista dramática, nos acréscimos.

EUA somaram 5 pontos; Gana chegou a 4; uma vitória pra cada lado; dois empates dos norte-americanos, um empate e uma derrota dos africanos; mas, em gols marcados e sofridos com o consequente saldo, Gana se saiu melhor: 5 a 1 (+ 4); Estados Unidos, 4 a 3 (+ 1).

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Frases da Copa

"É uma fase gostosa e todo mundo quer jogar" - (Júlio César, o no. 1 de Dunga, sobre as oitavas)

"Todos têm que melhorar para os mata-matas" - (Dunga)

"Brasil X Chile, isso me lembra 1998" - (Rivaldo, em seu twitter)

"Esperava um jogo difícil, mas não um jogo ruim" - (Evair, em seu twitter, sobre o resultado Portugal X Brasil)

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Bolão da solidariedade

al al2 Quem quiser bater um bolão em solidariedade, pode procurar a Defesa Civil em seu município e informar-se sobre a melhor maneira de ajudar as vítimas das enchentes no Nordeste. Pode também procurar a linha 08007260101, criada pela Caixa para receber doações. Artistas e atletas iniciaram campanha com o mesmo objetivo.

Branquinha, que se tornou o símbolo máximo dessa catástrofe, virou o Haiti brasileiro, como descreve o jornalista Mauro Graeff, no Lance:

"Vi na paupérrima cidade alagoana cenas iguais às do país da América Central arrasado por um terremoto. Chocante. Uma cidade sem água, sem luz, sem comida. E, pior, as pessoas sem casa para morar, revirando os escombros atrás de mortos ou de algo inteiro. Caos. É a única palavra que define a situação aqui".

A Universidade Federal de Alagoas, por meio de Anamelea de Campos Pinto, avisa que organizou ajuda aos desamparados e pede para divulgar o site para colaborações: http://www.ufal.edu.br/ufal

Saiba como fazer doações para vítimas da chuva no NE

Os governos de Alagoas e Pernambuco criaram centrais de arrecadação de donativos para os afetados pelas chuvas que inundaram cidades e deixaram milhares de pessoas desabrigadas nos dois Estados. As maiores necessidades são de agasalhos, alimentos não perecíveis e água potável. O governo federal também lançou um blog (http://enchentenordeste.blogspot.com) para divulgar ações de ajuda aos atingidos e serviços para a população dos dois Estados.

Veja como é possível ajudar as vítimas das chuvas:

Em todo o País
As agências dos Correios de todo o Brasil recebem alimentos não perecíveis, roupas, agasalhos, roupas de mesa e de banho, calçados e barracas. No caso de remédios, apenas as indústrias ou redes farmacêuticas que se responsabilizem pelos produtos poderão fazer doações. Os Correios não aceitarão doações em dinheiro. Os donativos deverão ser embalados em pacotes de até 30 quilos e entregues em qualquer agência. A postagem é gratuita e as encomendas devem ser enviadas à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas, Rua Lavenere Machado, nº 80 - Trapiche da Barra - Maceió/AL - CEP: 57010-383.

Alagoas
O Corpo de Bombeiros de Alagoas e a Defesa Civil do Estado abriram os quartéis de Maceió e do interior para receber donativos para as vítimas das enchentes. Eles podem ser entregues também nos Espaços Cidadão. Além disso, as escolas de todo o Estado que não foram atingidas pelas chuvas funcionam como ponto de coleta.

  • 1º Grupamento de Bombeiros Militar (1º GBM) - Rodovia 316, km 14, Tabuleiro dos Martins (Maceió). Contato: (82) 3315-2900 ou 3315-2905.
  • Grupamento de Socorros de Emergência (GSE) - Conjunto Senador Rui Palmeira, S/N (Maceió). Contatos (82) 3315-2400.
  • Subgrupamento Independente Ambiental (SGIA) - Av. Dr. Antônio Gouveia, S/A, Pajuçara, próximo ao Iate Clube Pajuçara (Maceió). Contato: (82) 3315-9852.
  • Quartel do Comando Geral (QCG) - Av. Siqueira Campos, S/N, Trapiche da Barra, próximo a Pecuária (Maceió). Contato: (82) 3315-2830.
  • Defesa Civil Estadual (Cedec) - Rua Lanevere Machado nº 80, Trapiche da Barra, próximo a Pecuária (Maceió). Contato: (82) 3315-2822 ou 3315-2843.
  • Grupamento de Salvamento Aquático (GSA) - Av. Assis Chateaubriand, S/N, Pontal, próximo a Braskem (Maceió). Contatos: (82) 3315-2845.
  • 2º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3296-2026 ou 3296-2270 (Maragogi).
  • 6º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3551-7622 ou 3551-5358 Penedo.
  • 7º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3522-2377 ou 3421-2695 (Arapiraca e Palmeira dos Índios).
  • 9° Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3621-1491 ou 3621-1223 (Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia).

Pernambuco
A arrecadação de donativos é coordenada pelo comando da Polícia Militar. O principal ponto de recebimento de doações foi montado na quadra poliesportiva do quartel do Comando Geral, na Praça do Derby, no Recife. O local fica aberto das 9h às 17h. Contato: (81) 3181-1370.

Contas para doações
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal criaram contas para receber doações em dinheiro para o resgate às vítimas da enchente em Alagoas.

Banco do Brasil:
- C/C 5241-8 Agência 3557-2
Caixa Econômica Federal:
- C/C 955-6 Agência 2735 Operação 006

Também foram criadas duas contras do banco Bradesco para receber as doações para os Estados de Pernambuco e Alagoas. As duas foram abertas com donativos iniciais de R$ 500 mil cada:

Pernambuco:
Defesa Civil de Pernambuco
Recife-Centro
Agência: 3201-8
Conta: 600.000-2

Alagoas:
Defesa Civil de SOS Nordeste
Maceio-Centro
Agência: 389-1
Conta: 10.000-5

via: terra