Tabela da Copa do Mundo 2010 em arquivo de Excel. Ao completar os resultados da primeira fase, a tabela informa o posicionamento das equipes dentro dos grupos e se auto completa informando as próximas partidas. Além de mostrar quem enfrenta quem na Copa, a tabela conta com os horários dos jogos. Esta tabela também ajuda para quem quer fazer um bolão de apostas. Simula os resultados dos jogos, já prevendo as chaves a partir das oitavas de final. |
23 de junho de 2010
Tabela da Copa do Mundo 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A SE PRESERVAR
Reticentes leitores, se vocês são daqueles que ficam com os pés atrás sobre as reais chances de os soldados de Dunga baterem os patrícios encarnados (nada com encarnação, reencarnação - esta, muito menos, porque não dá para escalar Garrincha, por exemplo; apenas referência à cor oficial das camisolas d´eles). Então, se vocês estão entre esses, saibam que é para se ter dúvidas mesmo, mas nunca perder a esperança. Espero, por exemplo, que nesses dias de intervalo entre uma partida e outra - em que a seleção canarinho, presa em gaiola de ouro, é verdade, se preserva -, nem por isso os comandados de Dunga descuidem do preparo físico-tático-operacional-psicossocial-político, com especial atenção a Elano. De tão macho, tchê, nem de maca saiu a caminho do vestiário e já foi testando o pé, ali mesmo, tal qual o saci-pererê. Taí, que o saci-pererê supere os mulas-sem-gols-de-cabeça na sexta-feira (25). Aí veremos, raios, quem tem mais vidros a vendeire. Sem essa de deitar em berço esplêndido (os da delegação, certamente o são); tomemos por empréstimo o bordão: "Às armas!!! Às armas!!!". Afinal, fez-se o Acordo Ortográfico para uniformizar as línguas, ora, pois!
Briga de hermanos"Pìor que briga de foice no escuro" é como chamamos por aqui uma situação complicada. Talvez o adjetivo não seja este (aceito sugestões), mas México e Uruguai entraram no Royal Bafokeng, em Rustemburgo, para ver qual dessas seleções ficaria em primeiro no Grupo A, para não ter de pegar, ou ser pega, pelos comandados de Dieguito "las manos de Diós" Maradona nas oitavas. O que era quase certo. Quem se deu melhor foram os uruguaios, ao vencer o jogo por 1 a 0. No primeiro tempo, o Uruguai criou mais chances de gol, e Suárez teve o trabalho de apenas escorar, de cabeça, cruzamento preciso de Forlán, da direita, aos 42. O centroavante já havia chutado, cruzado, na primeira investida uruguaia, com a bola indo a tiro de meta. E aos 17, Victorino cabeceou por cima bola vinda de escanteio cobrado com mestria por Forlán. Guardado, quem diria, um volante, foi quem concluiu para a meta de Muslera, e a bola caprichosamente acertou a trave direita. Mais ofensiva, a seleção uruguaia fez por merecer ser o líder do Grupo A. Forlán dita o ritmo de jogo, não erra cruzamentos nem cobranças de falta ou escanteio, como aos 8 do segundo tempo, quando Lugano cabeceou para defesa espetacular de Pérez. O México teve os seus momentos de pressão e, aos 19, quase marca com Rodríguez que, de peixinho, cabeceou com perigo. Os uruguaios até poderiam ter ampliado o placar, não fosse o goleiro mexicano defender a jabulani que iria entrar no cantinho direito de sua meta. Mesmo nos acréscimos, a pressão uruguaia foi mais sentida. México e Uruguai passaram às oitavas de final com estes times:
Confira a classificação:
Forças X fraquezas Acompanhar 3 jogos no mesmo dia, como aconteceu até o término da segunda rodada dos grupos, já não era lá muito fácil, mas pra quem gosta de futebol a missão até se torna prazerosa, se os jogadores e os árbitros colaborarem. As rodadas que definem os classificados às oitavas, no aspecto número de partidas, ficam ainda mais complicadas: são duas disputas ao mesmo tempo, no mesmo grupo; pelo menos ficamos livres do jogo do sono, aquele que aqui começava às 8h30. Leitoras e leitores, por isso, devem ser ainda mais compreensivos com o colunista em suas (minhas) pisadas na bola. França e África do Sul (se fosse contra a Argélia, seria clássico regional) decidiriam apenas quem sai mais pê da vida da competição no Grupo, ao confrontar forças e fraquezas das duas seleções. No Free State, em Bloemfontein, as escolas francesa e sul-afro-brasileira ficaram no 2 a 1, para os anfitriões da Copa, e as duas seleções foram reprovadas. Aguardam para ver se terão segunda época, daqui a 3 anos, nas Eliminatórias para 2014. Oscar Ruiz, colombiano, deu aquela mãozinha para o time da casa, ao expulsar Gorcouff, por falta em Sibaya na área sul-africana, por entender que houve cotovelada, suponho. Mas não foi por isso que o time de Parreira foi para os vestiários com 2 a 0 sobre a equipe arranjada por Domenech. O primeiro gol saiu em escanteio cobrado por Tshabalala, autor do primeiro gol da Copa; a bola passou por toda a zaga francesa, Lloris caçou borboleta, e Khumalo não desperdiçou a chance de fazer o dele, de cabeça. Ribéry, se tivesse bicho na partida, deveria receber por todos os outros, porque, além de se esforçar no ataque, foi o melhor da defesa, ao roubar bolas dos atacantes sul-africanos. Aos 37, numa pixotada da zaga francesa, Masilela tomou a bola, levou pra linha de fundo e colocou para Mphela entrar com a jabulani, mesmo pressionado por um zagueiro, pra dentro do gol: 2 a 0 (llora, lloris!). No segundo tempo, a África do Sul dominou o meio de campo, se segurou o quanto pode na defesa porque a França precisava ao menos de uma despedida honrosa, no campo. Já nos bastidores... Os sul-africanos tiveram oportunidades para ampliar em 2 ou mais gols o resultado, que ainda deixariam os bafana bafana com chances de classificação pras oitavas. As mais agudas, desperdiçadas por Mphela. Os franceses pressionaram, sem afobação, para chegar ao gol de Josephs. O máximo que conseguiram foi complicar a vida dos adversários. Em boa troca de passes, Sagna-Ribéry, saiu o cruzamento para Malouda marcar, sem goleiro, aos 25. As duas seleções morreram abraçadas, a França num vexaminoso último lugar do Grupo. A torcida local soube entender mais do que as limitações do time os esforços dos jogadores e as oportunidades criadas, desde a primeira partida. Como é que alguém, em sã consciência, poderia querer que a África do Sul se desse bem na Copa, se nem todos falam a mesma língua por lá? Há exatos 11 idiomas no país-sede: inglês, africâner, ndebele, sesotho do norte, sesotho do sul, suázi, xitsonga, setswana, venda, xhósa e zulu. Um pra cada posição no time titular. Coitado do Parreira nas preleções! Pelo menos há algo que iguala esses sul-africanos à França, seleção na qual ninguém parece se entender. Já pensou um zulu de ponta-esquerda? E o ndebele na zaga (se puser um "p", seguido de "m", fica que nem um partido daqui, que adora fazer alianças); o volante suázi, a meu ver, seria o mais didático (lembra o nome da cartilha em que aprendi a ler, no primeiro ano de grupo escolar, Caminho Suave). No PIB per capita, por exemplo, a França goleia: US$ 31,9 mil, em uma população de 65,4 milhões de franceses, comparados com US$ 10,6 mil para 47,9 milhões de sul-africanos. Parreira nunca foi tão analítico como quando disse ao Guia da Copa 2010, da Placar: "Não vou colocar na minha cabeça, nem dos jogadores, que podemos ser o primeiro anfitrião a não passar de fase. Um dia vai acontecer". Pena que esse dia foi hoje (22/06). Entre o brilho de 1998 (em que foi campeã do mundo em jogo contra o Brasil) e a frustração de 2002 (quando o favoritismo pela conquista da Copa anterior findou na primeira fase), a França de Domenech ficou com o segundo. O técnico não deve ter consultado com apuro os astros; dizem que Domenech procura saber o signo de cada atleta antes de formar o elenco. Mãe Dinah faria melhor...
Grécia e Argentina foram a campo, no Peter Mokaba, em Polokwane, reeditar a versão contemporânea da guerra de Troia, em situações bem diversas de uno equipo para otro. Dieguito de Troia chamou soldados da reserva, confiante em que sua carreira brilhante, dentro e fuera de la cancha, inspirasse seus pibes a fecharem a participação no Grupo B 100%. Conseguiu um potrinho de Troia em cima dos gregos: 2 a 0, gols de Demichelis e Palermo, no segundo tempo. Já os gregos, ressabiados com troianos de longa data, teriam de ficar espertos agora com os hermanos. Botou pra jogar o que tem de melhor no seu futebol, na visão do comandante-em-chefe Otto Rehhagel. Papadopoulos (que o locutor não acertou pronunciar uma vez sequer no primeiro tempo; mudei de canal) e Papastadopoulos (este leva Sokratis na camisa, pra facilitar) poderiam ser as armas secretas que ajudariam a confundir os argentinos. Verón, se ditava o ritmo, até que foi coerente; já não é tão rápido como quando era mais novo; mas não foi substituído. Messi, quando tentava arrancar, passava por um, mas lá estavam mais cinco para ser ultrapassados. Quando conseguiu limpar a jogada por completo, teve em Tzorvas um estorvas: defendeu cada bola, que nem Zeus acredita. Num dos chutes – na verdade verdadeiros mísseis, a bola por pouco não arrebenta a trave – bateu e voltou na intermediária; em outra, a jabulani quis conhecer Palermo, que não perdoou – este foi o segundo gol. A Grécia, fechada em sua área com até 8 guerreiros, às vezes arriscava lançamentos, e Karagounis, num deles, deixou Samaras na cara do gol, nas costas da zaga, perdendo-se a jabulani pela linha de fundo. Escanteios, a Argentina teve 5, só no primeiro tempo; faltas próximas da área, umas 3; a mais perigosa, Messi fez que ia, mas deixou pra Verón chutar fraco na barreira. Ainda no primeiro tempo. O segundo tempo não foi muito diferente do primeiro, a não ser pela vontade do comandante grego de fazer logo as substituições, para ver se a equipe ficava mais ofensiva. Mesmo porque se defesa argentina titular já não é lá essas coisas, imagina a mista. O frio que faz em São Bernardo do Campo (SP), de onde teclo essas mal traçadas linhas, mais as 40 gotas de dipirona que tomei pra segurar uma dor no corte do dedo, e aquele futebol de toque pra cá, toque pra lá; mais a Grécia sem poder de reação quase me levaram aos braços de Morfeu. Foi quando saíram os gols, ai os locutores gritam mais alto e me acordaram. No jogo entre Nigéria e Coréia do Sul, como neste de gregos e hermanos, o futebol moderno e globalizado deu as caras do mesmo jeito: um gol de zagueiro e outro de atacante. Messi ainda não marcou. Que os mexicanos se cuidem. Os hermanos que levaram a Argentina para as oitavas foram:
Confira a classificação:
Super Águias boas de bico No outro jogo do Grupo B, Nigéria e Coréia do Sul foram para os vestiários no 1 a 1, no final do primeiro tempo e, depois dos acréscimos, no término do jogo, continuaram iguais: 2 a 2. Resultado que classificou os sul-coreanos (atrás dos argentinos), que por enquanto salvam o continente asiático. Já as Super Águias, muito boas de bico, se juntam a Camarões e África do Sul, deixando o continente africano a ver navios (ainda bem que os negreiros sumiram faz tempo). Mas foi a Nigéria que saiu na frente com o gol de Aiyegbeni, que classificaria a Grécia em segundo, se mantivesse o empate com os hermanos. Aí a Coréia do Sul foi e empatou com o zagueiro Lee Jung-Soo. Futebol moderno e globalizado esse dos pernas-curtas, que lutaram com todos os golpes legítimos para se classificar. Segundo tempo, os sul-coreanos passaram à frente e estavam mais classificados do que nunca, com o gol de Park Chu-Young. O 10 deles jogou muito e saiu extenuado, já nos acréscimos, mas feliz. A Nigéria ainda empatou de novo (com o gol de Kalu Uche), criou mais situações de marcar, uma delas grotescamente desperdiçada. Acredito que o segredo dos sul-coreanos foi confundir os nigerianos, ao colocar três Kim no segundo tempo. Já aviso que o truque não surtirá efeito contra os lusos, caso se cruze, porque, de Jô A - Kim, eles entendem. Com a segunda vaga do Grupo B para a Coréia do Sul, vamos continuar com nossos exercícios de fonoaudiologia ao menos durante as oitavas. Pelo menos dos gregos já estamos livres, Katsouranis! Os bravos guerreiros asiáticos que levaram a Coréia do Sul à próxima fase foram:
A Copa dos passes
Baixaria sulina Dunga soltou cobras e lagartos pra cima do jornalista Alex Escobar, conhecido na telinha por seus pitacos. "Besta", "burro" e "cagão" teriam sido as palavras endereçadas pelo furibundo gaúcho ao repórter. Maradona já foi punido por ter-se dirigido à imprensa argentina com sonoros: "Que chupem todos, e continuem chupando", logo depois de conseguir a classificação para a Copa, ao vencer o Uruguai. Num ponto El Dieguito e Dunguita teriam de se parecer (às vezes, este me lembra a Mafalda, de Quino, ou seria o irmão dela - coitada!). Deve ser coisa de baixaria sulina (vizinhos de fronteira). Ou melhor, suína.
Cadê o molinete?
Futebol e solidariedade
Frases da Copa
Na estrada com Valquíria
Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no sitewww.cliqueabc.com.br fotos: afp, reuters charge; fernandes, fred, dálcio, samuca, mariano |
22 de junho de 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A BAIXAR A TROMBA
Queridos leitores, hoje vou dar descanso de novo aos soldados de Dunga porque da outra vez deu certo. Lembram-se? Depois da vitória magra contra a Coréia do Norte, segui os conselhos de Daniel Alves: “até o próximo compromisso, descansar bastante”. E a seleção canarinho vai precisar estar muito bem, contra Portugal, como vocês lerão adiante. Ainda mais que, no domingo (20), as canelas brazucas saíram muito esfoladas. A Costa do Marfim não esperava muito desta Copa, eu esperava mais da Costa do Marfim – mais futebol, lógico. Mais criação de chances de gol. Ora, dirão, mas a defesa brasileira esteve perfeita; digo: quase... Dr ogba cabeceou livre de marcação ao fazer o gol dos marfinenses, o primeiro em Copa do Mundo. Devem estar comemorando como se ganhassem o título. Luís Fabiano desencantou, e seu segundo gol só não foi aço aço aço por ter o atacante usado a mão para ajeitar a jabulani. Esta, agora, para ele, deixou de ser sobrenatural. A vitória incontestável do Brasil baixou a tromba de marfinenses que acharam que poderiam ganhar da seleção de Dunga; e baixou a tromba do treinador brazuca também. Dunga está muito mais pra Feliz agora; só ficou Zangado com as pisoteadas dos elefantes em canarinhos.
Portugal bestial!!!Espero que o Dunga e seus comandados não percam o sono, e nem devem. Portugal esteve bestial nesta segunda (21), ao fechar a segunda rodada do Grupo G no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Cristiano Ruuunaldo (como se diz no idioma de Camões) participa do comercial de uma bola na TV, em que pergunta ao telispectadoire: “Onde istá tua?”. Estava na hora de ele achar a dele, ô pá – e conseguiu. Nem dá pra dizer que o craque lusitano não tenha feito chover. Boa parte do jogo foi disputado com água que escorria pelos bigodes e encharcava as camisolas. O que não impediu os comandados de Carlos Queiroz de chegarem à acachapante goleada por 7 a 0. Não teve Pak, Lam, Pyo ou Kim que resolvesse a parada dos norte-coreanos. O grande mérito desta seleção portuguesa é ir pro ataque com atacantes, mais os meias e até zagueiros com potencial de concluir pras redes inimigas. O técnico mexeu no time que fizera a partida de estréia – empate por 0 a 0 com a Costa do Marfim – e tornou-o mais ofensivo. Portugal ditou o ritmo, soube parar os norte-coreanos quando preciso – abusou das faltas, é verdade -, mas seus jogadores seguiram o que dita o hino: “Às armas!!! Às armas!!!”. Para quem tinha um ataque de respeito, os lusitanos – desta vez, vestidos de vermelho – também contavam com os avanços de Ricardo Carvalho: implacável na marcação, o zagueiro participou de jogadas de perigo no ataque e por pouco não foi dele o primeiro gol. O jogo foi aberto em relação ao que se viu na rodada inaugural da chave, mesmo porque aos norte-coreanos não interessava outro resultado que não vencer; empatar, para os dois times, ficaria complicado. Kim Jong-Hun (vide Lances capitais) foi o primeiro a tentar um chute a gol na partida. Aí, patrícios, aos 29 minutos, Raul Meireles recebeu lançamento na medida, no meio da zaga, esperou o goleiro sair e chutou por baixo de Ri Myong-Guk. O esférico foi com tudo pras redes, enquanto Meireles devia estar a pensaire: “Ri, agora, ô guardião!”. Se estava aberta a porteira asiática, os europeus não deixavam por menos na marcação. Portugal havia cometido mais faltas que a Coréia do Norte, mas o primeiro cartão amarelo foi para Pak Chol-Jin. Ô, juizão! Cristiano Ronaldo pedia a bola, batendo no peito, não se sabe se penitenciando-se por ainda não ter feito gol na competição. Os norte-coreanos pelo menos haviam conseguido alguns escanteios e faltas, nenhuma muito próxima da área portuguesa. O que estava para aconteceire no segundo tempo nem N. S. de Fátima e os três pastorinhos poderiam prever. A chuva que caía transformou-se num rosário de gols. Portugal deu o chamado banho nos pernas-curtas. Mandou na partida, jogou rápido e sério, sem chances de uma reação – nem bomba nem míssil pararia os gajos. Bestiais!!! Com menos de 20 minutos do segundo tempo, a porteira asiática estava não apenas aberta, mas escancarada. Mérito dos portugueses que não abriram mão de atacar com três jogadores da posição, meias ofensivos e até com a zaga indo prus arrumates. Teve até gol luso-corinthiano de Liedson. E para coroar a exibição, não a sacolada, Cristiano Ronaldo também fez o dele. Seria injusto o nome do jogo não ser bafejado pelos deuses dos estádios. E foi o que aconteceu: o atacante dividiu com o goleiro, a jabulani subiu e baixou na nuca do número 7, caindo mansa aos seus pés; foi só tocar pras redes. Aí já estávamos nos estertores da porfia. O árbitro chileno Pablo Pozo teve dó dos norte-coreanos e deu só 2 minutos de acréscimo. Pode ser que fosse sair correndo para assistir a Chile e Suíça, no Grupo H.
Lances capitais
Vermelhos de raivaChile e Suíça fizeram o confronto dos vermelhos, no Grupo H, em que a cor teve mais a ver com a raiva que as equipes passaram com a arbitragem de Khalil Al Ghamdi, da Arábia Saudita, do que com a de seus uniformes. O que interessava às duas seleções, vindas de vitórias, era ver quem sairia vencedora para assumir a liderança isolada da equilibrada chave, mesmo porque Espanha e Honduras jogariam à noite, lá. O jogo começou morno, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, mas à medida que o tempo passava tornou-se quente pelos ataques vigorosos de ambas as partes e, principalmente, pela disputa acirrada da posse de bola. Al Ghamdi (não confundam, por favor, com o Mahatma, hindu, que além de ter “n” e não “m“ no nome, era absolutamente zen – e tão-somente zen), que parecia ter saído de recente aula de arbitragem, para não ser conivente com pegadas mais duras ou mesmo desleais, mostrou cedo o primeiro cartão amarelo, para Nkufo, por segurar um chileno pela camisa. Até onde se sabe, aí acertou na medida punitiva. Mas, de uma arbitragem zen para outra, zenvergonha (que é como se poderia escrever na Suíça), o caminho era curto. O árbitro saudita teve atuação maldita pelas duas equipes, que sofreram com a profusão de cartões. A distribuição de amarelos atingiu, na sequência, dois chilenos: Carmona e Ponce, este por pé alto (e olha que para atingir a cabeça de suíço tem de ser bom na capoeira). Ponce, aquele que lembra o visual de Che Guevara, endureceu e perdeu a ternura: o cartão dele foi por reclamação. El loco Bielsa parecia não acreditar no que via do banco, com aquele olhar meio napoleônico meio maquiavélico. Aos 30, Behrami recebeu cartão vermelho por jogada semelhante à que envolveu Kaká e Keita (dá rima na pronúncia francesa), no domingo. O suíço deixou o braço para trás, com a mão atingindo Vidal (meio no rosto, meio no pescoço), que insistia em persegui-lo para tomar-lhe a bola. O chileno foi ao chão, contorcendo-se todo. Mais fita que porrada! Ah, é (deve ter pensado o alemão Ottmar Hitzfeld, técnico da Suíça), pois vamos nos fechar ainda mais e quero ver se os Andes superam os Alpes. Os suíços postavam 8 na área a cada investida chilena. Numa delas, aos 39, Sanchez dominou, atrás do zagueiro, e concluiu mal em cima de Benaglio. Numa rara substituição ainda no primeiro tempo, ainda mais aos 42, Hitzfeld colocou Tranquilo Barnetta no lugar de Frei. Talvez confiante em que, com esse nome, conseguisse esfriar o clima da partida e, quem sabe, surpreender o Chile num contra-ataque. Barnetta, à semelhança da Beretta, é bom de tiro. Na verdade, o jogo ferveu, mesmo, pela pressão chilena, intensificada nos minutos finais com a criação de 5 chances de gol. (Perdão, leitores, mas a essa altura o jogo a que eu assistia com atenção para escrever menos bobagens possível na coluna, teve de ser interrompido nas minhas retinas porque tive de atender ao Leandro e seu assistente, que com presteza acudiram ao meu chamado para salvarem o meu PC – vide nota no pé da coluna). O que sei é que a partida terminou 1 a 0 para o time de Valdívia, El Toro, que entrou no segundo tempo, e aí já se faz uma diferença sensível a favor dos nossos vizinhos. Ele começou a jogada, aos 29, lançando Paredes, à direita, que cruzou para a conclusão com categoria de González. Vencer aquele ferrolho suíço (que ao contrário dos queijos deles não tem buraco) por 1 a 0 é como uma goleada. Os sul-americanos se saem muito bem na competição até agora, ao contrário de africanos, asiáticos e oceânicos; e a rodada final do Grupo H, nesta fase da Copa, promete fortes emoções. Até a Suíça ainda pode surpreender na classificação para as oitavas; certamente vence Honduras, até mesmo por goleada. Aí, hermanos sudamericanos e europeos, quem decide mesmo é o resultado entre Espanha e Chile.
Fúria contidaO outro time vermelho, porém mesclado de amarelo, do Grupo H – a Espanha – para mim é a decepção da Copa, por enquanto. Timaço no papel, malas ao chegarem para a competição na última hora, pelo menos num quesito vão bem: não tomaram una tarjeta amarilla siquiera en la competición. Bem que poderiam sair já nesta fase com o troféu farplay. E aí, Hugo Chavez se intrometeria onde não é chamado e daria o troco: “por que non se calan?!”. Eu esperava que a chuva de gols lusitanos sobre os norte-coreanos, na Grupo G, poderia se deslocar para o jogo Espanha e Honduras. A Fúria não foi com tudo, porém, sobre os hondurenhos. Os espanhóis são firmes na defesa, sem precisar congestioná-la; saem quase que solenes da defesa pro meio e do meio, elegantes, pro ataque, mas se chutam, o fazem mal; se cruzam pra área, os cabeceadores ou não chegam ou mandam por cima do gol. Mais contido que eles, só mesmo o árbitro japonês, Yuichi Nishimura, que no Ellis Park, em Joanesburgo, parecia pedir licença quando advertia ou chamava alguém pra receber o cartão. Perdi as contas das bem tramadas jogadas, ora pela direita com Navas, Sérgio Ramos; ora pela esquerda, com David Villa, Capdevilla, sob a batuta de Xabi Alonso. Torres, então, sei lá, encarnou Sansão: cortaram-lhe as madeixas, perdeu a força. Errou chutes, não cabeceou, saiu. A Espanha se perde em preciosismos, como já acontecera na rodada inicial, com toques a mais. Bem diferente de seu vizinho europeu, no Grupo G. Fez 2 a 0 em Honduras, com David Villa, aos 17 do primeiro tempo; um golaço em lançamento de Piqué. Já dentro da área, o atacante passou por 3 defensores e mandou na gaveta, já caído, à esquerda de Valadares. A goleada se desenhava, ainda mais que o segundo gol saiu aos 5 da segunda etapa. David Villa tocou para Navas, à direita, recebeu de volta e chutou de fora da área (o goleiro, adiantado, ainda foi atrapalhado porque a bola desviou na zaga). E ainda teve pênalti perdido por Villa, que mandou pra fora à direita do gol, para espanto até de torcedores vuvuzelentos; pararam de soprar, estarrecidos com o que viram. A jogada de Navas não merecia esse desfecho (o ponta deu corte seco no zagueiro, que acertou o pé de apoio do espanhol) - nem a superioridade espanhola sobre os hondurenhos. Frase da Copa
Na estrada com Valquíria
Sem PC não teria coluna
|
A fantástica máquina voadora russa…
Na Ucrânia, Criméia, existe uma espécies diferente de frota aérea. São aeronaves anfíbias BE-12, aviões de carga militar AN-26, de busca e resgate, helicópteros KA-27PS, bem como os anti-submarino KA-27PL. Embora muitos deles tenham mais 40 anos de idade, ainda são usados para realizar qualquer tarefa de combate e resgate no território do Mar Negro e na Criméia.
O BE-12, é um avião anfíbio que foi construída em 1971. Destinado inicialmente na detecção de submarinos e executar missões de resgate na água.
O avião é pilotado por quatro tripulantes: dois pilotos, um navegador e um rádio navegador que se senta na proa.
Todos os assentos são equipados com pára-quedas e catapultas, A sensação é como estar dentro de um submarino e não de um avião.
BE-12 é construído não só para detectar submarinos, e hoje é usado somente para salvar as pessoas. Há um lugar especial para atendimento aos sobreviventes.
via: english russia
21 de junho de 2010
Aproveitando o clima de Copa do Mundo…
Embora ela não tenha se classificado (o que foi uma pena), tem aparecido em algumas cidades da Rússia, algumas paradas de ônibus temáticas da Copa do Mundo de 2010. Claro que é uma propaganda da cerveja Carlsberg que estava atrás de uma campanha criativa. E nem é o pais do futebol. |