7 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A ESPANTAR A BRUXA!!!

Nino Prata

AUTO_sponholz

Dedicados leitores, a Seleção do Dunga - pelo menos até agora - tem conseguido espantar a bruxa, que sai na frente da zebra para ver quem se dá melhor na Copa. Fechou o ciclo de preparação à Copa sem prejuízo físico mais sério de seus atletas, não se sabe se aprimorou a técnica de algum deles e venceu com folga seus dois amistosos.

Os soldados de Dunga estiveram, em 7 de junho, em Dar es Salaam, na Tanzânia - país de contrastes, segundo leio na unanimiade dos colegas que estão na linha de frente da cobertura do evento - para amistoso com a seleção local, vinda de um compromisso na Copa Africana, ou seja, provavelmente os tanzaneses deviam estar cansados, para não dizer extenuados porque participam de uma competição de vida e morte.

ronaldojc O jogo contra a Tanzânia serviu para reforçar outra dúvida que tenho. Afinal, é bom para os atletas jogarem partidas de futebol em seguida? No primeiro tempo, a meu ver, os africanos só não marcaram porque cada jogador deles queria ter a honra de fazer um golzinho que fosse no Brasil, em vez de passar a bola para outro mais bem colocado. Quando o passe aconteceu, na medida certa, em cobrança de escanteio, aos 43 do segundo tempo, aí já era tarde.

O jogo serviu também para mostrar que Ramires pode decidir porque, além de volante, vai à frente e bota a bola pra dentro; Kaká aguenta uma partida inteira, não sei se ele saiu inteiro; Gomes resolve no gol - senão, teríamos problemas; o time pega ritmo. No saldo de gols, Brasil fez 5, agora, 3 antes e só tomou 1. Mas tem de ficar atento à disciplina: no finzinho da partida, Daniel Alves recebeu uma entrada dura de seu marcador, revidou com uma cotovelada na cabeça do tanzanês, quando ambos estavam no chão, e ficou por isso mesmo; num jogo pra valer, sei não...

Aí insisto na minha pergunta da segunda coluna: pra que servem amistosos? Se for pra contundir jogador de seleção, são jogos totalmente dispensáveis. Façam como los hermanos: joga um time contra outro, e fica nos 3 a 3; o detalhe é que, entre eles, um dos ataques tinha Messi, Milito, Tevez e Higuaín - "iguarzim" o do Dunga, né? RSRSRS

bessinha

CURTAS

  • Para quem viu na telinha, no domingo (6), "roubaram" a minha ideia de fazer uma copa do mundo de futebol de botão, aqui em casa - quem quiser, pode se chegar. Acontece que futebol de botão - que alguns chamam de botonismo (palavra, a meu ver, horrorosa; parece a prática de outra coisa) - é açgo muito sério. É esporte com regras e federações etc e tal. Há times personalizados, feitos de acordo com a encomenda do técnico-cliente a fornecedores que lhe entregam craques na medida. Numa palavra, o jogo que aprendi criancinha e fiz questão de repassar ao filho e ao neto (e hoje eu perco dos dois) está sofisticado.

Na minha copa caseira, os craques são bem outros, mas a competição ainda vai começar. Num "amistoso" lupodédico-botonístico, deu zebra na fase classificatória de duas chaves.

  • Na copa oficial do futebol de botão, a zebra zurrou mais forte ainda: na final, Alemanha e Honduras, esta sagrou-se campeã. Brasil foi eliminado, não sei em que fase, no saldo de gols. Aí se parece com a Seleção do Dunga; marca muito (tem pegada), mas converte pouco (gol).
  • Antonio Braz, de Turvo (SC), corrige o colunista sobre a informação do conceito que Tião Carreiro tinha da música. Está na contracapa do livro, obrigatório, Música Caipira da roça ao rodeio, de Rosa Nepomuceno (coleção Todos os Cantos, Editora 34, 1999). A frase certa é: "Música só tem dois tipos, a feia e a bonita". Não como publiquei aqui: "boa e ruim". Braz também alerta para a identificação do vídeo, no www.quemtempoe.blogspot.com,  com o encontro antológico entre Tião Carreiro e Almir Sater, na TV Cultura paulista, postado como sendo de 26/10/2008.
  • Tião Carreiro viajou fora do combinado em outubro de 1993 (portanto, a data do vídeo é de uma reapresentação, provavelmente homenagem ao saudoso artista). Em dezembro de 93, o violeiro completaria 60, às vésperas de o Brasil se sair bem, nos pênaltis, na Copa dos Estados Unidos. Tião é de 1934, ano da Copa na Itália, a segunda da história - para alguns, de triste memória porque marcada pelo fascismo. 
  • Antonio Marmo, de São José dos Campos (SP), pede que eu deixe o Dunga em paz. Alfineta o colunista, mas reconhece que "o chargista é criativo". E sugere: "ele deveria mandar a charge comparando a Jabulani com a seleção para outros jornais".

Por hoje, é isso.

Mensagens para esta coluna devem ser enviadas paraninoprata@yahoo.com.br

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

charges: sponholz, ronaldojc, bessinha

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