Nino Prata Compreensivos leitores, a generosidade de Dunga e seus comandados, ao se permitirem fazer um treino aberto no Soweto - bairro-símbolo da resistência ao regime racista que vigorou na África do Sul durante décadas e décadas -, me surpreende. Isto é o que se pode chamar de dar uma no cravo e outra na chuteira. Primeiro, o selecionado canarinho foi garantir uns milhões de dólares naquele ami$to$o em Harare, no Zimbábue, dominado pela ditadura de Mugabe; agora levou migalhas ao povo ainda sofrido de um dos bairros mais pobres de Joanesburgo, na África do Sul. Dunga até apareceu na telinha, empunhando o pavilhão nacional junto a duas crianças, e se deixou fotografar brincando de bola com outras. Deve ter dado bandeira a elas. Não pode é dar bandeira a adversários e, muito menos, porrada em quem lhe pergunta aquilo que sai do script. Seu assistente imediato, Jorginho, é mais virulento que o próprio Dunga nas coletivas. Diferentemente de Kaká, fino e claro nas respostas, sereno a ponto de fazer crer que estará, de fato, bem para a estreia. Já o mesmo não se pode dizer que outras seleções, a exemplo da de Costa do Marfim, que deve perder Drogba na competição, ferido numa voadora de um tal de Tanaka, em amistoso contra o Japão. Tanaka que, por sinal, é brasileiro naturalizado. O nome do agressor é Túlio, mas o sobrenome bem que poderia mudar pra Panaca... CURTAS
A música é do CD Caminhos me levem (1996) e "celebra" a conquista de 1994, em que Dunga era o capitão. Hoje já deve ser general em graduação máxima... Para que não se diga que a música caipira só se preocupa com amenidades, aqui vai o verso que segue, na canção, o citado anteriormente: "Tem político famoso/Que só fala disparate/Tem banqueiro mafioso/Que não foi pra trás das grades/Valentão só fala grosso/Quando o cão morde, não late/Meu pagode é bom de briga/Isso foi amostra grátis/Só não vou lavar as mãos/Que nem fez Pôncio ´Pilates´" . Que eu saiba é a única incursão do violeiro boa-pinta no gênero que consagrou Tião Carreiro, de quem, aliás, Sater recebeu de presente uma viola, que nem usa, por respeito; deixa-a pendurada em local de destaque onde mora. Tião Carreiro é tão mestre que definiu, com categoria: "Música só tem duas: a boa e a ruim". Que nem seleção que vai à Copa... No futebol e na política a situação não está muito melhor, passados tantos anos. É não?! Por hoje, é isso. * Mensagens para esta coluna devem ser enviadas paraninoprata@yahoo.com.br 26 de outubro de 2008 — Os violeiros Tião Carreiro e Almir Sater, no Programa Viola Minha Viola, da Rede Cultura de Televisão. Figurinhas da Copa A febre das figurinhas tem cura no Espaço do Colecionismo, onde é possível trocar as que sobram do seu álbum com as que o Edson tem disponíveis no seu acervo. O local, depois das 4 da tarde, vira uma bolsa em que o mercado de figurinhas da Copa ganha dimensões humanas, que não se veem normalmente. Donas-de-casa, executivos, dentistas, jornalistas, autônomos, estudantes, entre outros, batem papo, comentam as novidades e... completam o álbum. Eu mesmo estou perto de fechar todos os selecionados para a Copa do Mundo de Futebol de Botão. Com cortes ou não. O Espaço do Colecionismo fica na Avenida Pereira Barreto, 1.500, Box 34, e o Edson atende pelos telefones 4341-4183 e 7121-7101 |
4 de junho de 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A ME SURPREENDER!!!
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