"Lhasa partiu livre. Como sempre viveu", diz promotor Vasco Sacramento. A cantora Lhasa de Sela morreu no primeiro dia de 2010, pouco antes da meia-noite, vítima de cancro da mama . "Lhasa sucumbiu a uma luta de 21 meses, que encarou com força e determinação. Ao longo deste período difícil, continuou a tocar a vida daqueles em seu redor com as suas características graça, beleza e humor ", pode ler-se num comunicado. Lhasa de Sela já estava doente quando gravou o seu último álbum, um trabalho homónimo que ainda chegou a apresentar ao vivo, antes de ter de cancelar todos os concertos, para não prejudicar os tratamentos a que estava a submeter-se. Os seus últimos concertos aconteceram em Maio, na Islândia. |
No comunicado assinado pelo manager de Lhasa de Sela, escreve-se ainda que a autora de La Llorona deixa o companheiro Ryan, os pais, a madrasta, nove irmãos e irmãs, 16 sobrinhos e sobrinhas, um gato e "incontáveis amigos, músicos e colegas que a acompanharam ao longo da carreira, para não falar dos inúmeros admiradores em todo o mundo". |
Lançados entre 1998 e 2009, os três álbuns de Lhasa - La Llorona , The Living Road e Lhasa - venderam cerca de um milhão de exemplares em todo o mundo. Em Portugal, a "nómada" Lhasa de Sela, nascida nos Estados Unidos mas com profundas raizes no México e nos países francófonos, era uma artista de culto , tendo-se apresentado numerosas vezes nos palcos nacionais. "A sua família e os seus amigos puderam fazer o luto pacificamente nos últimos dois dias. O funeral realiza-se em breve. Nevou mais de 40 horas em Montreal desde a partida de Lhasa ", termina o comunicado. |
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