Lépidos leitores, se até o Dunga acha que a sua seleção precisa melhorar - "temos de melhorar sempre", segundo ele próprio -, é bom a dungaiada se tocar e jogar o futebol que tantas alegrias já trouxe à sofrida torcida brasileira. Apesar de fogos, buzinaços, cornetadas, carreatas pelas ruas, praças, bares e outros locais - até mesmo de trabalho - do País, ficou o gostinho de quero mais.
"El loco, el Toro" e apenas 1 a 0 O Chile venceu Honduras por 1 a 0, mas foi muito pouco pelas situações criadas. Marcelo Bielsa montou o time para ganhar e jogar bonito. Logo no primeiro minuto de jogo Valdivia sofreu falta, para Fernández cobrar com estilo e a bola pousar na rede, em cima do gol. Foi assim o tempo, a partida toda: Chile firme na marcação, com toque de bola refinado do meio pra frente, lançamentos rápidos, escanteios ou faltas a seu favor; faltou acertar a pontaria. Isla, Sanchez, Vidal, Fernández, Valdivia, Beausejour, à frente, e Medel e Ponce na defesa são nomes para ser anotados por Dunga com atenção porque os chilenos podem cruzar o caminho dos brasileiros nas oitavas. Aos 34 do primeiro tempo, numa das tantas boas tramas pela direita, Fernández lançou Isla, que cruzou na área, para Beausejour dividir com a zaga e abrir o placar. O autor do gol é bom também nas armações de jogada, no toque de bola. Deve ter torcedor francês enciumado (lembram-se de que falei dele numa das primeiras colunas?). Mas o jogador é chileno, mesmo com ascendência haitiana. Valdivia, chamado por palmeirenses de "el mago", é Toro no sobrenome. Acredito que "el toro" caia melhor para ele pela disposição em campo, veloz, objetivo e Se Honduras tem Guevara, sem poder de fogo, é verdade, na meia cancha, quem adota o visual do ícone cubano-mundial é o zagueiro Ponce, do Chile. Impecável na sua área, ele caça o adversário até o meio de campo, para tomar-lhe a bola, se preciso. Para completar, "el loco" Bielsa, técnico do Chile, bem que poderia interpretar Napoleão Bonaparte, desses que a gente vê em pinturas e no cinema. Só falta colocar a mão no peito, por dentro do agasalho. E ainda teve mais no segundo tempo: saiu Pavon, apagado no time hondurenho, ao contrário da ave que adora exibir-se, e eis que surge Welcome - bem-vindo, uma ova; entrou numa gelada, para tentar ver se mudava o placar adverso. Ficou sem conseguir a façanha, e o Chile está liderança do Grupo H, mas tem companhia.
O amargo sabor do chocolate
Como diria um locutor esportivo: a Espanha tem um timaço-aço-aço, a começar do goleiro Casillas, mas quem salvou a pátria no gol foi Benaglio, da Suíça. O Os espanhóis deveriam saber que os suíços não tomam gols em Copas e, até, chegaram agora à sua nona vitória na competição. Mesmo sem o seu principal goleador, Frei (figura abençoada), a Suíça seguiu à risca a disciplina tática (própria do seu técnico alemão Ottmar Hitezfeld) de se fechar na defesa e contra-atacar sempre que possível. Num deles, aos 5 do segundo tempo, saiu o gol de Fernandes, em jogada que, de tanta trapalhada da defesa espanhola, Piqué saiu sangrando na fronte e Casillas, a meu ver, chegou a fazer pênalti em Derdiyok - que nem precisaria ter sido marcado porque a fatura já estava pronta. A Espanha com seus jogadores de alto nível técnico, a meu ver, abusou de jogadas de efeito, individuais, que o que mais que produziram foram escanteios, cruzamentos, uma ou outra chegada na área adversária, além de chutes a gol de longa distância. Num deles, Xabi Alonso, apagado, acertou o travessão, numa das poucas vezes em que o goleirão suíço foi batido. O técnico Vicente Del Bosque, ele sim, deve estar mais furioso que miúra ferido. No final, já nos acréscimos, que seriam 5 e viraram 6 minutos, Benaglio tomou amarelo por fazer cera. Abusado esse Casillas dos Alpes.
Espanha - Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol, Capdevila; Xabi Alonso, Xavi, Busquets (Navas), Iniesta (Torres),David Silva (Pedro), Davi Villa. Suíça - Benaglio; Lichtsteiner, Senderos (Von Bergen), Grichting, Ziegler; Barnetta (Yakin), Inler, Huggel, Fernandes; Derdiyok (Eggimann), Nkufo.
“Pax uruguaia” enfeitiça bafanas África do Sul e Uruguai fizeram no Loftus Versfeld Stadium, em Pretória, o jogo 3 O Uruguai, de branco (não se sabe se para dar sorte ou sinalizar que a celeste estava ali em paz – a pax uruguaia deve ser como a pax romana: ”se queres a paz, prepara-te para a guerra), foi bem mais objetivo porque time, já se sabe, tem mais que a seleção de Parreira. Dessa vez, prevaleceu a lógica, no placar de 3 a 0 para nossos vizinhos, Um lance diz muito: Forlán marca, em chute forte e preciso da intermediária, um golaço surpreendendo a zaga, que estava em linha, e Khune, aos 23 do primeiro tempo. O atacante foi muito bem na partida, assim como toda a equipe. Nem parece que se classificaram para a Copa na repescagem. Outro lance diz também: Mphela sai em desabalada carreira, pela direita, até próximo da área uruguaia – cruzar pra quem, se o centroavante é ele? Os bafanas mostravam toda sua inocência, como aconteceu também em falta de Digkacoi No segundo tempo, os uruguaios reclamaram de dois pênaltis, não marcados, mas no terceiro, não teve como: Suárez recebe livre na área, dribla o goleiro e leva a rasteira. Pra piorar, Khune recebe cartão vermelho, aos 30. Quatro minutos depois, Forlán bate forte, no alto, à direita do infeliz Josephs, que acabara de entrar. Parreira optou por tirar Pienaar, mas já havia tentado acordar a rapaziada Nos acréscimos, a ducha esfriou de vez. Depois de cobrança de escanteio, sempre bem executada por Forlán, a bola chega a Suárez, que da direita coloca no lado oposto para Álvaro Pereira, livre, fazer o terceiro, em cabeceio para o chão com o canto do gol livre.
Institucional mandou bem "O país mais fechado do mundo não tem uma defesa tão fechada assim" (mensagem institucional de uma empresa de Comunicação, referindo-se à Coréia do Norte). E pensar que no quesito defesa, a nossa própria é bem guardada; a da Suíça, então, chega a dar nos nervos, né, Fúria? A do Uruguai dá nas canelas, e por aí vai... ___________________________Na estrada__________________________ Seguem mais cinco opções de frases de internautas como sugestão para os ônibus das delegações:
Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br charge; alecrim; aroeira; valdez; jorge braga |
16 de junho de 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A DECEPCIONAR
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