23 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A SE PRESERVAR

Nino Pratafernandes

Reticentes leitores, se vocês são daqueles que ficam com os pés atrás sobre as reais  chances de os soldados de Dunga baterem os patrícios encarnados (nada com encarnação, reencarnação - esta, muito menos, porque não dá para escalar Garrincha, por exemplo; apenas referência à cor oficial das camisolas d´eles). Então, se vocês estão entre esses, saibam que é para se ter dúvidas mesmo, mas nunca perder a esperança.

Espero, por exemplo, que nesses dias de intervalo entre uma partida e outra - em que  a seleção canarinho, presa em gaiola de ouro, é verdade, se preserva -, nem por isso os comandados de Dunga descuidem do preparo físico-tático-operacional-psicossocial-político, com especial atenção a Elano. De tão macho, tchê, nem de maca saiu a caminhofred do vestiário e já foi testando o pé, ali mesmo, tal qual o saci-pererê.

Taí, que o saci-pererê supere os mulas-sem-gols-de-cabeça na sexta-feira (25). Aí veremos, raios, quem tem mais vidros a vendeire.

Sem essa de deitar em berço esplêndido (os da delegação, certamente o são); tomemos por empréstimo o bordão: "Às armas!!! Às armas!!!". Afinal, fez-se o Acordo Ortográfico para uniformizar as línguas, ora, pois!

 

Briga de hermanos

mxu1 "Pìor que briga de foice no escuro" é como chamamos por aqui uma situação complicada. Talvez o adjetivo não seja este (aceito sugestões), mas México e Uruguai entraram no Royal Bafokeng, em Rustemburgo, para ver qual dessas seleções ficaria em primeiro no Grupo A, para não ter de pegar, ou ser pega, pelos comandados de Dieguito "las manos de Diós" Maradona nas oitavas. O que era quase certo.

Quem se deu melhor foram os uruguaios, ao vencer o jogo por 1 a 0.

No primeiro tempo, o Uruguai criou mais chances de gol, e Suárez teve o trabalho de apenas escorar, de cabeça, cruzamento preciso de Forlán, da direita, aos 42. O centroavante já havia chutado, cruzado, na primeira investida uruguaia, com a bola indo a tiro de meta. E aos 17, Victorino cabeceou por cima bola vinda de escanteio cobrado com mestria por Forlán. 

Guardado, quem diria, um volante, foi quem concluiu para a meta de Muslera, e a bola mxu caprichosamente acertou a trave direita. Mais ofensiva, a seleção uruguaia fez por merecer ser o líder do Grupo A. Forlán dita o ritmo de jogo, não erra cruzamentos nem cobranças de falta ou escanteio, como aos 8 do segundo tempo, quando Lugano cabeceou para defesa espetacular de Pérez.

O México teve os seus momentos de pressão e, aos 19, quase marca com Rodríguez que, de peixinho, cabeceou com perigo. Os uruguaios até poderiam ter ampliado o placar, não fosse o goleiro mexicano defender a jabulani que iria entrar no cantinho direito de sua meta. Mesmo nos acréscimos, a pressão uruguaia foi mais sentida.

México e Uruguai passaram às oitavas de final com estes times:

México - Óscar Pérez; Ricardo Osorio, Francisco Rodríguez, Héctor Moreno (Pablo Barrera), Carlos Salcido; Gerardo Torrado, Rafael Márquez, Andrés Guardado (Israel Castro);  Giovanni dos Santos, Guillermo Franco, Cualhtémoc Blanco (Javier Hernández)

Técnico: Javier Aguirre  

Uruguai - Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Mauricio Victorino, Jorge Fucile; Egidio Arévalo, Diego Pérez, Diego Forlán, Álvaro Pereira (Álvaro Fernández); Luis Suárez, (Andrés Scotti), Edinson Cavani 

Técnico: Óscar Tabárez

Confira a classificação:

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Forças X fraquezas

Acompanhar 3 jogos no mesmo dia, como aconteceu marianoaté o término da segunda rodada dos grupos, já não era lá muito fácil, mas pra quem gosta de futebol a missão até se torna prazerosa, se os jogadores e os árbitros colaborarem.

As rodadas que definem os classificados às oitavas, no aspecto número de partidas, ficam ainda mais complicadas: são duas disputas ao mesmo tempo, no mesmo grupo; pelo menos ficamos livres do jogo do sono, aquele que aqui começava às 8h30.

Leitoras e leitores, por isso, devem ser ainda mais compreensivos com o colunista em suas (minhas) pisadas na bola.

frança3 França e África do Sul (se fosse contra a Argélia, seria clássico regional) decidiriam apenas quem sai mais pê da vida da competição no Grupo, ao confrontar forças e fraquezas das duas seleções. No Free State, em Bloemfontein, as escolas francesa e sul-afro-brasileira ficaram no 2 a 1, para os anfitriões da Copa, e as duas seleções foram reprovadas. Aguardam para ver se terão segunda época, daqui a 3 anos, nas Eliminatórias para 2014. 

Oscar Ruiz, colombiano, deu aquela mãozinha para o time da casa, ao expulsar Gorcouff, por falta em Sibaya na área sul-africana, por entender que houve cotovelada, suponho. Mas não foi por isso que o time de Parreira foi para os vestiários com 2 a 0 franç2 sobre a equipe arranjada por Domenech.

O primeiro gol saiu em escanteio cobrado por Tshabalala, autor do primeiro gol da Copa; a bola passou por toda a zaga francesa, Lloris caçou borboleta, e Khumalo não desperdiçou a chance de fazer o dele, de cabeça.

Ribéry, se tivesse bicho na partida, deveria receber por todos os outros, porque, além de se esforçar no ataque, foi o melhor da defesa, ao roubar bolas dos atacantes sul-africanos.

Aos 37, numa pixotada da zaga francesa, Masilela tomou a bola, levou pra linha de fundo e colocou para Mphela entrar com a jabulani, mesmo pressionado por um zagueiro, pra dentro do gol: 2 a 0 (llora, lloris!).

No segundo tempo, a África do Sul dominou o meio de campo, se segurou o quanto pode na defesa porque a França precisava ao menos de uma despedida honrosa, no campo. Já nos bastidores...

Os sul-africanos tiveram oportunidades para ampliar em 2 ou mais gols o resultado, que ainda deixariam os bafana bafana com chances de classificação pras oitavas. As mais agudas, desperdiçadas por Mphela.

Os franceses pressionaram, sem afobação, para chegar ao gol de Josephs. O máximo que conseguiram foi complicar a vida dos adversários. Em boa troca de passes, Sagna-Ribéry, saiu o cruzamento para Malouda marcar, sem goleiro, aos 25.

franç4 As duas seleções morreram abraçadas, a França num vexaminoso último lugar do Grupo. A torcida local soube entender mais do que as limitações do time os esforços dos jogadores e as oportunidades criadas, desde a primeira partida.

Como é que alguém, em sã consciência, poderia querer que a África do Sul se desse bem na Copa, se nem todos falam a mesma língua por lá? Há exatos 11 idiomas no país-sede: inglês, africâner, ndebele, sesotho do norte, sesotho do sul, suázi, xitsonga, setswana, venda, xhósa e zulu. Um pra cada posição no time titular. Coitado do Parreira nas preleções!  Pelo menos há algo que iguala esses sul-africanos à França, seleção na qual ninguém parece se entender. 

Já pensou um zulu de ponta-esquerda? E o ndebele na zaga (se puser um "p", seguido de "m", fica que nem um partido daqui, que adora fazer alianças); o volante suázi, a meu ver, seria o mais didático (lembra o nome da cartilha em que aprendi a ler, no primeiro ano de grupo escolar, Caminho Suave).

No PIB per capita, por exemplo, a França goleia: US$ 31,9 mil, em uma população de 65,4 milhões de franceses, comparados com US$ 10,6 mil para 47,9 milhões de sul-africanos.

Parreira nunca foi tão analítico como quando disse ao Guia da Copa 2010, da Placar: "Não vou colocar na minha cabeça, nem dos jogadores, que podemos ser o primeiro anfitrião a não passar de fase. Um dia vai acontecer". Pena que esse dia foi hoje (22/06).   

Entre o brilho de 1998 (em que foi campeã do mundo em jogo contra o Brasil) e a frustração de 2002 (quando o favoritismo pela conquista da Copa anterior findou na primeira fase), a França de Domenech ficou com o segundo. O técnico não deve ter consultado com apuro os astros; dizem que Domenech procura saber o signo de cada atleta antes de formar o elenco. Mãe Dinah faria melhor...

 

Gregos e hermanosmaradonastrip1a

Grécia e Argentina foram a campo, no Peter Mokaba, em Polokwane, reeditar a versão contemporânea da guerra de Troia, em situações bem diversas de uno equipo para otro. Dieguito de Troia chamou soldados da reserva, confiante em que sua carreira brilhante, dentro e fuera de la cancha, inspirasse seus pibes a fecharem a participação no Grupo B 100%. Conseguiu um potrinho de Troia em cima dos gregos: 2 a 0, gols de Demichelis e Palermo, no segundo tempo.

Já os gregos, ressabiados com troianos de longa data, teriam de ficar espertos agora com os hermanos. Botou pra jogar o que tem de melhor no seu futebol, na visão do comandante-em-chefe Otto Rehhagel.

Papadopoulos (que o locutor não acertou pronunciar uma vez sequer no primeiro tempo; mudei de canal) e Papastadopoulos (este leva Sokratis na camisa, pra facilitar) poderiam ser as armas secretas que ajudariam a argreciaconfundir os argentinos. Verón, se ditava o ritmo, até que foi coerente; já não é tão rápido como quando era mais novo; mas não foi substituído. Messi, quando tentava arrancar, passava por um, mas lá estavam mais cinco para ser ultrapassados. Quando conseguiu limpar a jogada por completo, teve em Tzorvas um estorvas: defendeu cada bola, que nem Zeus acredita. Num dos chutes – na verdade verdadeiros mísseis, a bola por pouco não arrebenta a trave – bateu e voltou na intermediária; em outra, a jabulani quis conhecer Palermo, que não perdoou – este foi o segundo gol.

A Grécia, fechada em sua área com até 8 guerreiros, às vezes arriscava messi2lançamentos,  e Karagounis, num deles, deixou Samaras na cara do gol, nas costas da zaga, perdendo-se a jabulani pela linha de fundo. 

Escanteios, a Argentina teve 5, só no primeiro tempo; faltas próximas da área, umas  3; a mais perigosa, Messi fez que ia, mas deixou pra Verón chutar fraco na barreira. Ainda no primeiro tempo.

O segundo tempo não foi muito diferente do primeiro, a não ser pela vontade do comandante grego de fazer logo as substituições, para ver se a equipe ficava mais ofensiva. Mesmo porque se defesa argentina titular já não é lá essas coisas, imagina a mista. O frio que faz em São Bernardo do Campo (SP), de onde teclo essas mal traçadas linhas, mais as 40 gotas de dipirona que tomei pra segurar uma dor no corte do dedo, e aquele futebol de toque pra cá, toque pra lá; mais a Grécia sem poder de reação quase me levaram aos braços de Morfeu.

Foi quando saíram os gols, ai os locutores gritam mais alto e me acordaram. No jogo entre Nigéria e Coréia do Sul, como neste de gregos e hermanos, o futebol moderno e globalizado deu as caras do mesmo jeito: um gol de zagueiro e outro de atacante. Messi ainda não marcou. Que os mexicanos se cuidem.

Os hermanos que levaram a Argentina para as oitavas foram:

Sergio Romero; Nicolás Ottamendi, Martín Demichelis, Nicolás Burdisso, Clemente Rodríguez; Maxi Rodríguez (Ángel Di María), Mario Bolatti, Lionel Messi, Juan Sebastián Verón; Sergio Agüero (Javier Pastore), Diego Milito (Martín Palermo)

Técnico: Diego Armando Maradona

Confira a classificação:

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Super Águias boas de bico

nigecoreia1 No outro jogo do Grupo B, Nigéria e Coréia do Sul foram para os vestiários no 1 a 1, no final do primeiro tempo e, depois dos acréscimos, no término do jogo, continuaram iguais: 2 a 2. Resultado que classificou os sul-coreanos (atrás dos argentinos), que por enquanto salvam o continente asiático.

Já as Super Águias, muito boas de bico, se juntam a Camarões e África do Sul, deixando o continente africano a ver navios (ainda bem que os negreiros sumiram faz tempo).

Mas foi a Nigéria que saiu na frente com o gol de Aiyegbeni, que classificaria a Grécia em segundo, se mantivesse o empate com os hermanos.

Aí a Coréia do Sul foi e empatou com o zagueiro Lee Jung-Soo. Futebol moderno e globalizado esse dos pernas-curtas, que lutaram com todos os golpes legítimos para se classificar.nigeco3

Segundo tempo, os sul-coreanos passaram à frente e estavam mais classificados do que nunca, com o gol de Park Chu-Young. O 10 deles jogou muito e saiu extenuado, já nos acréscimos, mas feliz.

A Nigéria ainda empatou de novo (com o gol de Kalu Uche), criou mais situações de marcar, uma delas grotescamente desperdiçada. Acredito que o segredo dos sul-coreanos foi confundir os nigerianos, ao colocar três Kim no segundo tempo. Já aviso que o truque não surtirá efeito contra os lusos, caso se cruze, porque, de Jô A - Kim, eles entendem.

Com a segunda vaga do Grupo B para a Coréia do Sul, vamos continuar com nossos exercícios de fonoaudiologia ao menos durante as oitavas. Pelo menos dos gregos já estamos livres, Katsouranis!

nigecore1 Os bravos guerreiros asiáticos que levaram a Coréia do Sul à próxima fase foram:

Jung Sung-Ryong; Cha Doo-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo, Lee Young-Pyo; Lee Chung-Yong, Ki Sung-Yueng (Kim Jae-Sung), Park Ji-Sung, Kim Jung-Woo; Yeom Ki-Hun (Kim Nam-Il), Park Chu-Young (Kim Dong-Jin)

Técnico: Huh Jung-Moo

A Copa dos passes

Um dos fundamentos do futebol é o passe, e nesta Copa as 5 seleções que saem à frente neste quesito são: Brasil (83,41% de aproveitamento), Holanda (78,69%), Alemanha (78,54%), Portugal (77,05%) e Itália (72,17%). Se passe certo ganhar título, estamos bem na Fifa (os dados são oficiais), e o grupo aí é de respeito.

Os percentuais revelam também que ou o Brasil está a cada dia mais europeu ou os europeus se assemelham cada vez mais a sul-americanos.

 

Baixaria sulina

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Dunga soltou cobras e lagartos pra cima do jornalista Alex Escobar, conhecido na telinha por seus pitacos. "Besta", "burro" e "cagão" teriam sido as palavras endereçadas pelo furibundo gaúcho ao repórter. Maradona já foi punido por ter-se dirigido à imprensa argentina com sonoros: "Que chupem todos, e continuem chupando", logo depois de conseguir a classificação para a Copa, ao vencer o Uruguai.

Num ponto El Dieguito e Dunguita teriam de se parecer (às vezes, este me lembra a Mafalda, de Quino, ou seria o irmão dela - coitada!). Deve ser coisa de baixaria sulina (vizinhos de fronteira). Ou melhor, suína.

 

Cadê o molinete?

AUTO_samuca

O clima na delegação francesa anda cínico (diria o Adoniran Barbosa), mas nem tanto mais do que se vê em empresas brasileiras, seja de que porte for. Sem comando, Domenech, o técnico-astrólogo, enfrenta problemas demais da conta, sô! (Franceses devem odiar esse linguajar caipira.)

Anelka foi expurgado do elenco; Evra quase saiu nos tapas com o preparador físico; houve boicote a treino. E, o pior de tudo, tem traíra no pedaço. Quem mandou não levar equipamento de pesca? Quem mandou ficar treinando nos Alpes, pedalando, esquiando. Um dia a bicicleta emperra ou o esqui se enfia na neve. É tombo certo!

 

Futebol e solidariedade

Carla Regina, de São Paulo (SP), enviou a charge que rola pelaí, de como a vuvuzela pode ser de 1001 utilidades, dependendo da criatividade do usuário. O editor deste impagável www.quemtempoe já me havia mandado a preciosidade.

Carla passa por cirurgia, dia 25, às 7h30, bem no dia do confronto luso-brasileiro, para decidir quem fica líder do Grupo G. Sugeri a ela que montássemos o esquema no quarto do hospital para torcer pela seleção canarinho. A única exigência que Carla fez: "só se tiver vuvuzela".

Peço, nesse dia, que quem ler esta nota entre numa corrente de orações pelo sucesso da cirurgia e pela iluminação da equipe médica. A Carla merece. 

 

Frases da Copa

"A França vai ficar pelo caminho... nem deveria estar aqui" (Felipão, campeão do penta e boca -santa)

"O meu gol foi divertido..." (Cristiano Ruuunaldo, atacante português - faz-me rire, ô pá!)

"Gols são feitos para serem celebrados. Não vai ter nada de estranho contra a seleção brasileira" (Liedson, atacante luso-corinthiano)

"Os árbitros não podem ser frágeis a ponto de favorecerem times menores" (Carlos Queiroz, técnico luso-português, a 3 dias de enfrentar o Brasil no jogo que fecha a fase de classificação - com a resposta Dunga & Cia.)

"Espanha e Argentina têm equipes muito fortes e podem conquistar o título" (Zidane, craque franco-argelino, que não soube usar a cabeça em 2006, na Alemanha) 

 

Na estrada com Valquíria

Nossa colaboradora paulistana comparece hoje com mais algumas de suas frases alternativas para os ônibus das delegações:

  • Estados Unidos - "Em busca da taça e... do Bin Laden" (é ruim,hem ?!)
  • Eslovênia - "Alguém sabe onde fica a Eslovênia?" (istacá o Manuquim com a resposta na ponta do idioma: no mapa-múndi)
  • Japão - "Podemos não ficar em primeiro na Copa, mas sempre ficamos em Medicina na USP" (o difícil é sobreviver ao trote)

Para contrabalançar a presença dos seguidores do tio Sam, que tal se os de Ahmadinejad estivessem por lá: Irã - "Esta Copa vai bombar!"( para fins pacíficos, é claro) 

Por hoje, é isso.
Mensagens para esta coluna devem ser enviadas paraninoprata@yahoo.com.br
fotos: agência brasil

Lembro que o texto desta coluna sai também no sitewww.cliqueabc.com.br

fotos: afp, reuters

charge; fernandes, fred, dálcio, samuca, mariano

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