'à vontade' pra ver as Copas no Brasil O francês Jérôme Valcke, alto excecutivo da Fifa, recebe a homenagem a Blatter: quem sustenta quem? Homem Mau Nino Prata 13/06/2013 - Quando, na coluna que abriu esta série SALA DE ESTAR, escrevi que o Brasil é país conquistado pela Fifa, não me havia dado conta de que a submissão de parte da classe dominada tivesse chegado a tal ponto que levasse a Câmara Municipal de São Paulo a conceder o título de cidadão paulistano ao suíço Joseph Blatter, presidente da ONU do futebol. Blatter nem compareceu à cerimônia de outorga da homenagem, em 11 de junho, e mandou o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke, o mesmo do 'chute no traseiro' dos brasileiros, para representá-lo. Blatter me parece a rainha da Inglaterra, que só fica na boa, enquanto Valcke é quem trabalha de fato, tal qual o primeiro-ministro britânico. O secretário-geral ao menos me parece sincero. "Sei que sou visto como o cara mau da Fifa, que critica, exige e fala palavras que chocam", disse, no plenário da Câmara paulistana. Teria sido a resposta à vaia que recebeu de um público estimado em 200 pessoas. Menos mal que a população se manifeste incomodada com a presença dos dominadores. Chocante é ver ladeando o francês o presidente da Casa, Zé Américo, que quando mais jovem, em assembleias sindicais de jornalistas, fazia o estilo radical-propositivo. Valcke, aliás, se revelou tremendo cara de pau ao prosseguir em sua fala: "Peço desculpas, mas represento uma entidade que sustenta o futebol e movimenta bilhões...". Deixa ver se entendi bem: movimentar bilhões certamente a Fifa o faz, mas não seria ela a sustentada pelo futebol? Neymar mudou apenas o número da camisa: de 11 passou a 10, mas o futebol dele na Seleção continua devagar. Há quem o chamava de Neymala e, agora, acha melhor tirar do nome do craque o 'a' final. Desse jeito a Canarinho fica de Neymal a pior... Italianos tiveram seus formaggio e prosciutto, e até mesmo café - dizem - confiscados pela Vigilância Sanitária no desembarque da delegação. Alimentos que teriam sido doados a instituições de caridade. Ora, se os produtos não têm boa procedência por que destiná-los para consumo de pessoas carentes? Haiti e Itália se encontraram em jogo beneficente no Estádio São Januário, do Vasco da Gama. Menos que o placar, típico desses amistosos - 2x2 -, importa a destinação da renda da partida para os haitianos sobreviventes do terremoto em 2010. Isso sim é fazer caridade. |
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