'à vontade' pra ver as Copas no Brasil A dois dias da abertura da Copa das Confederações, Brasil já começou a contagem regressiva para a Copa Fifa 2014
Quem paga a conta? Nino Prata 15/06/2013 - O titular da pasta do Esporte, ministro Aldo Rebelo, saiu-se com essa, outro dia: "Esta é uma Copa com recursos privados. O governo investe em obras para a população. Obras que seriam feitas independentemente da realização do torneio". Suponho que a autoridade se refira à Copa das Confederações, que começa hoje, mas que a assertiva ministerial contemple também a Copa do Mundo em 2014. Numa leitura do IV Balanço, de dezembro de 2012, disponível no Portal da Copa, nota-se que o uso de recursos oficiais, seja em Financiamento Federal seja em Recursos Federais, consta na construção e/ou reforma de estádios nas cidades-sede dos eventos ludopédicos. Fiquemos apenas nas seis capitais (em ordem alfabética) em que serão disputados os jogos da Copa das Confederações: Belo Horizonte levou R$ 400 milhões de Financiamento Federal (dados de novembrode 2012) para erguer o novo Mineirão; Brasília, curiosamente, no dia em que fiz o levantamento desses dados, teimava em não abrir seus dados a meus insistentes cliques. Fui salvo por matéria publicada no Diário de S. Paulo, na quinta-feira, 13 (amuleto do Zagalo), na qual se lê que para ter o Mané Garrincha pronto para a abertura da competição no jogo Brasil X Japão, a obra - orçada em R$ 745 milhões - sofreu "19 aditivos na construção. O valor final, pago pelo governo do Distrito Federal e pela administração da presidente Dilma Rousseff, foi de R$ 1,566 bilhão". Estádio que, por sinal, é o preferido de Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, mas já preocupa especialistas quanto à viabilidade econômica. Mas isso é assunto pra outra coluna. Fortaleza, que em 19 de junho receberá Brasil e México no Castelão, abocanhou R$ 352 milhões (dados de novembro de 2012) também em Financiamento Federal; Recife, para dispor da Arena Pernambuco, recebeu R$ 400 milhões de Financiamento Federal (dados de novembro de 2012); Rio de Janeiro, com o novo imponente Maracanã, no qual se espera que a Canarinho faça a final sem maracanazo, levou R$ 400 milhões de Financiamento Federal (dados de novembro de 2012); Salvador conseguiu concluir a novíssima e belíssima Fonte Nova, onde se enfrentam Brasil e Itália no dia 22, com R$ 324 milhões, também de Financiamento Federal (dados de novembro de 2012). Me perdoem ser repetitivo, mas é importante ressaltar que os valores são oficiais e se referem a novembro de 2012. Se projetarmos para as demais cinco cidades-sede o que aconteceu em Brasília, certamente revisões no que foi gasto um dia virão à tona. O que permanece - tomara que não - é que mais uma vez ficaremos sem a devida resposta sobre quem paga a conta. O relógio da contagem regressiva para o período de um ano até que comece a Copa Fifa em 2014 foi inaugurado com pompa e circunstância em Copacabana, no Rio de Janeiro. Presentes o onipresente Jérôme Valcke, o ministro Aldo Rebelo, Pelé e autoridades da cidade maravilhosa. Tudo indica que a escultura, obra póstuma de Niemeyer, será atração nas areias da badalada praia. Rebelo, aliás, anda seguro de que as principais dificuldades e desafios na preparação para a Copa das Confederações foram superados. Foi o que disse no dia 10, depois de reunião, no Palácio do Planalto, com representantes dos ministérios envolvidos na preparação da festa ludopédica. A conferir! - “Repassamos todos os planos operacionais relacionados com as seis cidades-sede: os dois ciclos de reuniões com as cidades, com os estados, com os organizadores. Concluímos que superamos todas as dificuldades, todos os desafios relacionados com a preparação da Copa, desde a entrega dos estádios. Todos foram entregues e testados em eventos”, afirmou Rebelo. |
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