1. MAWACA - Composta especialmente para o Mawaca pelo francês Phillipe Kadosch, nasce de seu trabalho no CD BabelEyes, que cria uma língua imaginária, fruto de uma pesquisa estética inspirada nas línguas em vias de desaparecer. Ouça o áudio com letra e assista ao vídeo
2. SO PEREWATXE – povo Ãgn (Rondônia) So é uma palavra usada para definir um ser não-humano, que pode ser da água, do ar, ou um animal que foi gente um dia. É uma categoria difícil de explicar. Termos como entidade, espírito, deus ou ser do além não dão conta da cosmogonia Suruí. Em conversa do pajé Oiomar com seus sobrinhos Joaton e Uraan, ele conta que quem canta essa música é o mebetih – o espírito do porcão do mato. Mẽbetih manda o pajé fumar tabaco para atrair os outros so. Ele se aproxima do pajé cantando e pedindo que ele faça fumaça, que sopre muito, evocando as forças que o ajudarão na cura do doente. Assista ao vídeo
3. DUO WARI´- OroNao – Pakaa Nova (Rondônia ) Os Wari’ constituem um dos raros remanescentes da família lingüística txapakura; muitos dos falantes de línguas dessa família desapareceram no início do século XX. Durante o período de construção da ferrovia Madeira-Mamoré, os Wari´ se espalharam devido aos contatos violentos com seringalistas. Assista ao vídeo
4. CANÇÃO KAYAPÓ – MENBENGOKRÊ – KAYAPÓ METYTURE – Xingu (Mato Grosso) Os Kayapó se autodenominam Menbengokrê – o povo que veio do buraco d´água. Sua música é essencialmente vocal e, dentre as várias categorias, há algumas destinadas ao canto em público, para grandes grupos ou junto com eles; outras de canto restrito, cujos poderes especiais (ben) são reservados a certas ocasiões. Assista ao vídeo
5. AHKOY TÉ – Ikolen-Gavião (Rondônia) Esse canto remete ao mito da criação da humanidade segundo a cosmogonia Gavião, povo que vive na Área Indígena Lurdes, em Rondônia, e que fala uma língua tupi-mondé. Assista ao vídeo
6. TAMOTA MORIORE/KOKIRIKO BUSHI – Txucarramãe (Mato Grosso) e Goka (Toyama – Japão) Tamota é uma canção de despedida da aldeia Txucarramãe, provavelmente usada para dar início à troca ritual de presentes e comidas entre dois grupos, os da aldeia e os da floresta. No encarte do LP Xingu, consta que essa música pertence ao grupo de Kritão, um importante chefe já falecido. No meio do canto Txucarramãe, citamos um trecho de Kokiriko bushi, a canção folclórica mais antiga do Japão, do povoado Goka, na província de Toyama. Cantada pelos plantadores de arroz, ela tem a função de pedir aos deuses xintoístas proteção e uma boa colheita. Assista ao vídeo
7. WAIKO KOMAN - Magda criou esse ‘espasmo em forma de música’, para expressar a explosão sonora do caos, da origem do mundo, da chegada dos espíritos e dos homens provocada pela história contada por Dikmuia que, durante os encontros de pajés Suruí, os espíritos eram invocados com essas palavras para iniciá-los. Era um momento em que, mais do que nunca, as regras cerimoniais deviam ser seguidas rigorosamente, sob pena de provocarem uma grande tragédia. Assista ao vídeo
8. KOI TXANGARÉ – Paiter Suruí (Rondônia) Koi txangaré é um canto de guerra e faz parte de um ritual antropofágico entre índios de Rondônia. Koi txangaré aparece como parte de um mito Suruí, conta que suas mulheres foram tomadas como cativas pelos inimigos e, na sua fuga para a floresta, andaram com os pés virados para trás, despistando os captores. Dessa forma, conseguiram continuar a linhagem Gabgir ey. Assista ao vídeo
9. MATSÃ KAWÃ – Huni Kuin – Kaxinawá (Acre) Essa música faz parte do ritual de tomar cipó Huni Meka, a festa da miração dos índios Huni Kuin (gente de verdade), mais conhecidos como Kaxinawá do Acre (povo morcego). Nas cerimônias lideradas pelo pajé, a bebida sagrada dá os caminhos a serem seguidos, ensina, orienta, esclarece. Assista ao vídeo
10. TUPARI - Esta música traz os ritmos dos povos do Guaporé, em Rondônia, acompanhados de uma versão contemporânea feita pelo grupo Mawaca. Assista ao vídeo
11. ASURINI – aos índios do Xingu Esta é uma homenagem aos índios do Xingu. Assista ao vídeo
12. CIRANDA INDIANA – REMIX Xuxa Levy fez uma versão nova dessa canção, gravada no álbum Pra todo canto(2006). Isso porque as nossas danças de roda, imaginamos, podem muito bem ser herança dos índios. Todos os povos indígenas brasileiros cultivam danças circulares variadas. A versão de Xuxa para a nossa Ciranda Indiana mostra que ela pode se transformar em uma roda techno, numa rave das cavernas, bem ao gosto do século XXI. Mais rápida, como é o mundo hoje, a Ciranda se reveste de uma roupagem contemporânea sem perder a melodia que girou por algumas boas décadas. Citamos um trecho de Capiba ao final, misturando-o aos bols indianos na voz de Cris Miguel. Assista ao vídeo
via: ixarano
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