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Para o ligador, quando eu atendo pela primeira vez, eu sou uma Barbie inanimada. Eles não sabem como eu me pareço, quem eu sou, como eu estou me sentindo ou como eu me sinto. Eles só podem imaginar. É meu trabalho é satisfazer suas fantasias, convencê-los que eu não sou uma boneca. Eu sou o sonho deles tornado real. Se eles pedem que eu seja uma loira, eu me torno loira. Se eles perguntam o quanto eu estou molhada, eu digo a eles que minhas calcinhas estão encharcadas. Eu respondo a cada som que o cliente faz, com uma afirmação, eu os encorajo, eu inspiro vida nas suas fantasias, eu moldo uma boneca de carne.
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Minha primeira noite foi num sábado a meia-noite. Era um senhor que eu acredito que se denominava de Bob. Ele me contou sobre sua primeira experiência com um glory hole. Ele explicou que ele não tinha ninguém com quem se sentia confortável em contar isso, e eu senti uma estranha intimidade entre nós, apesar disso estar enraizado numa fantasia. Eu acho que é mais fácil liberar desejos represados para uma pessoa ficcional, não julgadora, porque não há consequências no mundo lá fora.
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Eu tenho naturalmente uma voz alta. Eu também sou imatura e submissa. A voz que eu uso no telefone é algo como uma representação dessas qualidades. Há um tom específico de voz que eu uso quando finjo estar sexualmente excitada. Imagine uma estudante católica sendo desvirginada pelo seu professor de história. "Oh, oh, Sr. Johnson, é tão grande! Você vai me machucar!"
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Eu entrei no tele-sexo porque pensei: "Por que não ser paga por falar sacanagem, em vez de fazer isso de graça?" Isso aumenta muito a minha auto-estima, saber que rapazes estão olhando minhas fotos e querendo falar comigo.
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Eu sou um homem hétero que fala com mulheres. Elas me querem. Elas querem que eu fale com elas, e as leve a um outro mundo. Eu sou bom nisso. Eu sou um profissional. Um sedutor. Eu falo com mulheres jovens. Eu falo com mulheres mais velhas. Eu falo espanhol e inglês. Eu tenho recebido ofertas a torto e a direito. Elas querem me encontrar e sair comigo, mas eu mantenho tudo apenas por conversas telefônicas.
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Noite passada eu recebi possivelmente a chamada de tele-sexo mais perturbadora que tive em muito tempo. Um cliente atirou em si mesmo comigo ao telefone. O som inequívoco do tiro se seguiu por um som pesado e molhado de corpo caindo com um baque no solo. Coisas assim sempre me assustam. Meu recorde atual de chamadas inclui uma confissão de abuso sexual incestuoso, um pedido para fazer sexo oral em meu irmão mais novo e dois outros suicidas
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Havia um cara que queria ser meu cachorrinho. Ele me ligava quase toda semana e nós nos falávamos por mais de uma hora, mas eu nunca soube o que dizer a ele. Eu falava com ele sobre levá-lo para fora para um passeio, colocar jornal no chão para ele e levá-lo para ser tosado. Eu nem sei se ele gostava, porque ele nunca dizia nada. Eu costumava odiar quando ele ligava, porque eu sabia que teria que tirar mais de uma hora de besteiras do meu traseiro.
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Eu nunca pensei que trabalharia na indústria do tele-sexo. Todos aqueles anos trabalhando com atendimento a clientes, meus clientes comentavam sobre minha voz sexy. Eu pensava que estava sendo profissional, não sexy. Esse trabalho é atendimento ao cliente. Só que seus clientes saem com mais do que um sorriso.
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Eu tenho 60 anos, tenho um diploma em Antropologia Cultural da Universidade de Columbia e fui casada por 25 anos. Homens me ligam por uma infinidade de razões. Claro, eles me ligam para masturbar. Eu chamo isso de "Alívio de Stress Executivo". Não é sexo; é um coquetel de testosterona, alimentado por vício em pornografia, solidão e a necessidade de ouvir uma voz de mulher. Eu ganho o dobro de dinheiro que ganhava no mundo corporativo. Eu trabalho em casa, o dinheiro é transferido para minha conta no banco diariamente.
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