' à vontade' para ver as Copas no Brasil Bem-vindos, 'primos pobres'! Nino Prata 17/06/2013 - Taiti (a primeira delegação a chegar) e Nigéria (atrasadinha para a competição) fizeram no Mineirão o confronto dos 'primos pobres' da Copa das Confederações diante de 20.187 pessoas, certamente curiosas para ver a quantas anda o futebol de duas seleções que não são exatamente favoritas a avançar na classificação e, muito menos, disputar a final. Respectivamente a 138a. e a 31a. no ranking da Fifa, a representante da Oceania e a da África são compostas de atletas que não primam exatamente pela técnica, além do que os taitianos contam apenas com um jogador profissional, Vahirua, o número 3 que é atacante, organiza as jogadas, cobra faltas, bate escanteios; já os nigerianos têm um histórico bem mais expressivo em competições dentro e fora do próprio continente, além de contar com jogadores que atuam em grandes clubes europeus. Todavia, quase não vieram ao Brasil por problemas financeiros: a federação nigeriana cortou pela metade o prêmio prometido pelo desempenho em duas partidas válidas pela classificação nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Logo no início do jogo, estava claro de que lado ficava a torcida mineira: o dos mais fracos. Evidente também ficou o amadorismo do Taiti, cujo cartão de visita foi um toque de bola pra fora com a bola dominada no seu campo. A Nigéria nem precisou se esforçar muito para aplicar goleada histórica em seu currículo doméstico e também em competições da Fifa. Foi o que se chama de 3 vira, 6 acaba. Os taitianos bem que tentaram, mas não conseguiram parar os ataques nigerianos e ainda tiveram o desgosto de contribuir com bola desviada para sua própria meta, logo no primeiro gol, aos 5 do primeiro tempo; e gol claramente contra, no segundo tempo, o quarto da Nigéria. Jonathan Tehau, um dos três irmãos que integram o elenco da equipe da Oceania, foi a um só tempo herói (fez o gol histórico do Taiti, ao escorar de cabeça com perfeição, no segundo pau, o escanteio cobrado por Vahirua, aos 9 do segundo tempo) e vilão porque foi dele a empurrada de bola pras suas próprias redes, no quarto gol da Nigéria. Oduamadi, esse sim, se destacou na partida pelos 3 gols marcados, o que faz dele o artilheiro, até agora, da competição. Acredito que a Nigéria, até por ter uma vinda tumultuada ao Brasil, aproveitou para fazer um treino de luxo e, às vezes, até poderia ter ampliado mais a vantagem no placar, só não o conseguindo por preciosidades de seus finalizadores. Destaque-se que do lado africano não houve desrespeito à fragilidade do adversário, que por sua vez não apelou em nenhum momento e fez o que pôde para conseguir resultado melhor. O amadorismo do Haiti ficou evidente até mesmo na parte física, que fez a equipe ficar cansada em campo de modo a atingir o desempenho de sua própria solitária estrela. Arrisco-me a dizer que o representante da Oceania na competição, pelo comportamento de seus jogadores no jogo de estreia, não só conquistou a simpatia da torcida mineira mas também pode levar o troféu fairplay. É só lembrar a maneira como comemoraram o seu gol, em jogada bem ensaiada: a equipe reunida no gramado fez os movimentos da canoagem, esporte mais desenvolvido na ilha da Polinésia Francesa. 'Marrentito!!!' - O técnico do Uruguai, Oscar Tabarez, desde que chegou a Recife, é só críticas à organização do evento esportivo-teste para a Copa do Mundo. Falta estrutura, falta campo para seus pupilos treinarem - na visão dele, é aquela faltura! Tá pensando que é Mourinho, é? O 'marrentito' do país vizinho tem mais é que consertar a cuca dos muchachos celestes, que tomaram um vareio dos espanhóis, não refletido no placar. Isso é que é avião - Não bastassem os altos custos dos estádios das cidades-sede dos jogos, a situação de pessoas que teriam dificuldade até de arcar com aumentos nas tarifas de transporte urbano e a demora em se locomover antes e depois das partidas por meio de linhas de metrô-ônibus, eis que a Seleção Brasileira tem à disposição aeronave de fazer inveja a delegações de Primeiro Mundo. O 'mimo' estava à disposição dos canarinhos no embarque de Brasília para Fortaleza, onde os comandados de Felipão encaram o México na quarta-feira (19). Por dentro da Cafusa - Apresentada em dezembro de 2012 pelo capitão do Penta, Cafu, a bola oficial da Copa das Confederações traz no nome a mistura de três palavras que são referências da cultura nacional: carnaval, futebol e samba. O próprio "100% Jardim Irene" foi quem deu as explicações durante o sorteio dos grupos da competição. Há ligação explícita também com o termo cafuso, que significa a mistura das raças negra e indígena. Bem melhor que o apelido que arranjaram para o pobre tatu-bola, símbolo da Copa Fifa 2014. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário