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3 de dezembro de 2025

Tinariwen – Tassili 2011

 

Rebeldes do Saara em Modo Acústico: TinariwenTassili (2011)

Tassili, os tuaregues do Tinariwen largam a eletricidade furiosa de álbuns como Amassakoul e voltam às raízes com um disco 100% acústico, hipnótico e profundo. Guitarras dedilhadas, palmas, vozes em coro e os lamentos em tamasheq criam uma atmosfera de fogueira no meio do deserto – puro trance sahariano.
A abertura serpenteante “Imidiwan Ma Tennam” (com Nels Cline do Wilco), a revolução sedutora de “Asuf D Alwa”, o hino ritual “Ya Messinagh” e “Tenere Taqqim Tossam” com os vocais incríveis de Tunde Adebimpe e Kyp Malone (TV on the Radio).
O álbum foi gravado ao ar livre, em novembro de 2010, no Parque Nacional Tassili n’Ajjer (Argélia), em tendas, recriando as sessões ishumar da juventude rebelde da banda. Em 2012, Tassili levou o Grammy de Melhor Álbum World Music – o primeiro para músicos tuaregues.

2 de dezembro de 2025

The Family Jukebox - How The Moon Was Strung Up On A Nail And Nine Other Cocktails 2025

 

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The Family Jukebox em "How The Moon Was Strung Up On A Nail And Nine Other Cocktails"
O álbum de estreia é uma odisseia sonora por estradas poeirentas e noites enevoadas, misturando harmonias melancólicas, ritmos saltitantes e toques de cabaré que evocam um circo liminar entre epifanias e uísque envelhecido.
Liderado pelo multifacetado Jon Eimre (guitarras, vocais principais, mellotron e pump organ), o quarteto conta com Björn Lundström na tuba grave e hipnótica, Mats Qwarfordt na harmônica rouca e Mikael Kerslow nas baterias e percussões pulsantes. Destaques incluem a épica "How The Moon Was Strung Up On A Nail" (4:58), um hino lunar alucinante; o blues serpenteante "The Red Snake Blues" (2:18); e o vals sueco irônico "Stiftfrökens Vals" (3:58), que fecha com um brinde nórdico.
As faixas foram compostas durante jam sessions em um antigo armazém abandonado, com a tuba ecoando como um chamado de elefantes noturnos, capturando faíscas de improviso puro. Inspirado nas narrativas noir dos anos 1930, o disco homenageia os jukeboxes de bordel da Grande Depressão, infundindo ecos de Bessie Smith com um twist escandinavo via Eimre.

1 de dezembro de 2025

Koko Taylor - Get Together - Live Chicago '85 (2023)

 

01. Intro Jam 02:24
02. Let The Good Times Roll 04:27
03. I'm A Woman 06:07
04. Come To Mama 05:31
05. Beer Bottle Boogie 05:16
06. I'd Rather Go Blind 04:25
07. Sweet Home Chicago 04:22
08. Band Intros 00:45
09. Wang Dang Doodle 06:31
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Get Together - Live Chicago '85 (2023), de Koko Taylor – a eterna "Queen of the Blues" –, é uma cápsula do tempo capturando sua voz rouca e avassaladora em electric blues, soul e R&B enérgico. Gravado em 1985, este lançamento póstumo revive a ferocidade de Cora Ann Walton, com 11 indicações ao Grammy e vitória em 1985 por Blues Explosion.
"Wang Dang Doodle" explode em um jam de 6 minutos com sua assinatura gutural, enquanto "I'd Rather Go Blind" e "Come To Mama" derretem corações com emoção crua. "Sweet Home Chicago" vira hino coletivo, e o "Beer Bottle Boogie" injeta boogie-woogie suado. A banda é fogo puro: Eddie King e Michael "Mr. Dynamite" Robinson nas guitarras afiadas, Jerry Murphy no baixo sólido, Clyde "Youngblood" Tyler Jr. na bateria trovejante – tudo orquestrado pela presença magnética de Taylor.
As fitas foram resgatadas de arquivos empoeirados, mixadas com toques modernos para preservar o suor do palco, revelando takes improvisados que Taylor adorava "deixar rolar". Em 1985, Chicago fervia com o renascimento blues pós-eletricidade, e Koko, aos 57, reinava absoluta, provando que o blues é imortal.

29 de novembro de 2025

Neil Young – Tonight’s the Night 50 (2025)

 

7. Roll Another Number (For the Road)
10. Lookout Joe (versão inédita 1973 – substitui a original)
12. Tonight’s the Night – Part II
Bonus Session Tracks
13. Walk On (early version)
14. Wonderin’
15. Everybody’s Alone
17. Speakin’ Out Jam
18. Tonight’s the Night (Take 3)
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Tonight’s the Night 50 (2025): Neil Young finalmente completo
Chegou a edição definitiva do disco que Neil sempre considerou sua obra mais verdadeira – 50 anos depois, com a sequência original restaurada e seis faixas bônus imperdíveis.
  • Estilo: Blues-rock sujo, quase desmoronando, piano cambaleante, guitarras chorosas e voz destruída de dor e tequila. Zero polimento, 100 % alma.
  • Faixas que do coração: “Tonight’s the Night” (duas vezes, como um funeral que não acaba), “Tired Eyes”, “Albuquerque”, “Mellow My Mind” e “Come On Baby Let’s Go Downtown” – esta última com a guitarra gravada por Danny Whitten antes de morrer.
  • Formação Santa Monica Flyers: Neil Young (voz, guitarra, piano, harmônica), Nils Lofgren (guitarra, piano, acordeão), Ben Keith (pedal steel, vocais), Billy Talbot (baixo), Ralph Molina (bateria, vocais). Participação histórica: Joni Mitchell cantando como nunca em “Raised on Robbery”.
  • Curiosidade louca: O álbum foi gravado quase todo numa única noite de agosto de 1973, com a banda inteira bêbada – Neil passou garrafas de tequila e disse: “só assim a gente sente o que eu tô sentindo”.
  • Contexto pesado: Resposta imediata às overdoses do guitarrista Danny Whitten e do roadie Bruce Berry – é o fechamento brutal da Ditch Trilogy, o anti-Harvest definitivo.