01. Why I Sing The Blues (feat. Bobby Rush) (6:44) 02. To Know You Is To Love You (feat. Michael McDonald, Susan Tedeschi & Derek Trucks) (5:30) 03. There Must Be A Better World Somewhere (feat. George Benson) (5:44) 04. Let The Good Times Roll (feat. Kenny Wayne Shepherd & Noah Hunt) (4:57) 05. Every Day I Have The Blues (feat. D.K. Harrell) (2:28)
Joe Bonamassa Une Gigantes em Homenagem Centenária a B.B. King
O blues elétrico e soulful de "B.B. King’s Blues Summit 100, Vol. I (EP)", lançamento de 2025 que Joe Bonamassa dedica ao centenário do Rei do Blues. Esse EP de cinco faixas captura a essência crua e emotiva de B.B., misturando riffs afiados de guitarra, harmônicas chorosas e vocais que vão da lamúria ao êxtase, num som timeless que evoca os palcos de Chicago e Memphis.
A opener "Why I Sing The Blues" com Bobby Rush, pura fúria declarativa; "To Know You Is To Love You", feat. Michael McDonald, Susan Tedeschi e Derek Trucks, uma jam soul-jazz irresistível; e "Let The Good Times Roll" com Kenny Wayne Shepherd e Noah Hunt, groove dançante que grita festa blueseira. "There Must Be A Better World Somewhere" ganha asas com George Benson no jazz suave.
Gravado em colaboração exclusiva com o espólio de B.B. King, o EP foi produzido por Bonamassa e Josh Smith em sessões que priorizaram takes ao vivo para preservar a espontaneidade do Rei. No contexto histórico, marca os 100 anos de B.B. (nascido em 16/09/1925), reunindo herdeiros como Tedeschi-Trucks para um legado que pulsa vivo.
A Marca do Mestre: O Blues Hipnótico de Charlie Musselwhite em Signature
Signature (1991, Alligator Records) é o segundo capítulo explosivo de Charlie Musselwhite na gravadora, fundindo blues roots com pitadas de jazz e funk em uma viagem sonora crua e viciante. Sua voz rouca e harmônica magistral dançam sobre ritmos apertados, com uma seção de metais que injeta swing irresistível em faixas como "Mama Long Legs" – um hino dançante e soulful – e o jam instrumental épico ".38 Special", que estica por mais de oito minutos de pura improvisação. A participação lendária de John Lee Hooker em "Cheatin' On Me", onde os dois titãs trocam versos como velhos comparsas, criando faíscas de autenticidade.
As sessões foram gravadas em estúdios icônicos como The Plant, em Sausalito, e Sear Sound, em Nova York, com takes ao vivo que capturaram a química imediata da banda, sem polimentos excessivos. Outro detalhe cativante: O álbum é um tributo velado a amigos perdidos, como Bill "Grandpa" Buchanan, ecoando o contexto de uma era de blues resiliente nos anos 90, com Musselwhite ao lado de músicos como Andrew Jones Jr. na guitarra e Lenny Pickett nos saxofones.
Bowie Eterno: A Caixa 'I Can’t Give Everything Away' (2002-2016) Revela Segredos Finais em Remaster 2025!
O Camaleão não parou de nos surpreender! Essa obra-prima, última da série premiada de box sets que mapeia a carreira de David Bowie desde 1969, mergulha no seu arco dourado dos anos 2000: art rock reflexivo, jazz etéreo e eletrônica hipnótica, com toques de soul e experimentalismo que ecoam meditações profundas sobre vida, perda e renascimento. Remasterizados em 2025, álbuns como "Heathen" e "Reality" brilham com faixas icônicas – "Lazarus" de "Blackstar" corta a alma, "New Killer Star" explode em energia, e "Bring Me The Disco King" fecha com jam épica de 7 minutos.
O show inédito do Montreux Jazz Festival de 2002, com 31 faixas ao vivo incluindo "Ziggy Stardust" e "Heroes" em fúria jazzística; a turnê "A Reality Tour" resequenciada, pulsando com "Rebel Rebel"; e o EP "No Plan", póstumo e comovente. Participações estelares: Arcade Fire em "Wake Up", Maynard James Keenan e John Frusciante no remix de "Disco King".
"Blackstar" foi concebido em sigilo total, com Bowie enviando instruções criptografadas por e-mail, sem visitas ao estúdio – um testamento à sua genialidade isolada. No contexto pós-11 de Setembro, esses discos capturam angústias globais, produzidos por Tony Visconti e com músicos como Gail Ann Dorsey no baixo.
1. Roulette With The Blues - 4:18 2. Backstreets of Hell - 4:15 3. Kansas City Ripper - 4:28 4. Black Coffee - 3:58 5. Atlas Shrugged - 4:43 6. Against the Law - 4:00 7. Somebody at Home - 3:48 8. Beautiful Friend - 4:26 9. Bad Attitude - 3:43 10. She Just Walks That Way - 4:04 11. Tennessee - 3:35 12. Seattle Slew - 3:32 13. Pack of 45 - 3:46 14. This Side of the Line - 4:49
Em Black Coffee (2000), Gary Rex Tanner mergulha no blues raiz com pitadas de jazz e swing, ecoando lendas como Ray Charles, Louis Jordan e Bob Dylan. Produzido com maestria, o álbum supera seu antecessor em gravação impecável e mixagem afiada, criando uma atmosfera densa e intensa, graças ao piano virtuoso que pulsa como o sangue das ruas.
"Roulette With The Blues" abre com um groove hipnótico, enquanto "Atlas Shrugged" e a faixa-título "Black Coffee" explodem em riffs cativantes e vocais cheios de alma. A participação especial de Joe Sublett no saxofone adiciona camadas de fúria texana, elevando faixas como "Kansas City Ripper" a hinos noturnos.
Tanner gravou o disco resistindo às pressões comerciais, compondo em sessões improvisadas em Austin, priorizando a essência crua sobre fórmulas pop. No contexto dos anos 2000, em meio ao boom digital, ele homenageia o vinil com um som analógico que soa eternamente fresco.
1, Cinny's Waltz 2. Muriel 3. I Never Talk To Strangers Featuring – Bette Midler 4. Medley: Jack & Neal / California, Here I Come 5. A Sight For Sore Eyes 6. Potter's Field Clarinet, Soloist – Gene Cipriano 7. Burma-Shave 8. Barber Shop 9. Foreign Affair
Noites Noir e Harmônicas: Tom Waits Reinventa o Blues em "Foreign Affairs"
Em 1977, o quinto álbum de Tom Waits para a Asylum, Foreign Affairs, sinalizou uma virada ousada na carreira do cantor, pavimentando o caminho para experimentações que culminariam em sua saída para a Island Records. Com um tom mais cinematográfico e narrativo, o disco mergulha no blues-jazz noturno, baladas introspectivas e medleys beatnik, longe das piadas de bar de álbuns anteriores. Produzido por Bones Howe e gravado ao vivo no estúdio, conta com um quinteto de jazz da Costa Oeste – trompete de Jack Sheldon, sax de Frank Vicari, baixo de Jim Hughart e bateria de Shelly Manne – mais orquestra de Bob Alcivar, criando uma tapeçaria sombria e orquestral.
Incluem o dueto com Bette Midler em "I Never Talk to Strangers", um diálogo afiado de bar; o medley "Jack & Neal / California, Here I Come", um road trip beat; e "Potter's Field", com clarinete solo de Gene Cipriano evocando Gershwin em um noir bluesy. A balada "Burma-Shave" evoca memórias paternas, enquanto o closer homônimo medita sobre o "lar" ilusório.
Howe descreveu o conceito como "uma película em preto e branco", inspirando a capa fotografada por George Hurrell, com Waits e a misteriosa Marchiela do Troubadour. Historicamente, "Perfect Strangers" cativou Francis Ford Coppola, gerando a trilha de One from the Heart com Crystal Gayle.