10 de junho de 2010

Cinema e futebol…

Bando e a Bola de Ouro (1993 – 90 min)

 Menino de pequena aldeia na Guiné sonha em ser uma estrela de futebol. Porém, um acidente causado por um chute errado na bola que havia ganho é o estopim para uma longa odisséia do garoto pelo país, quando seu talento será descoberto em meio a muitas confusões. Produção: Guiné. Direção: Cheik Doukouré. -  Apoio cultural do Goethe-Institute São Paulo.

Os Onze Diabos (1927 – 98 min)

Filme mudo, apresenta o torneiro Tommy, goleiro do clube operário Linda, que recebe uma proposta para jogar no International, clube da elite. O que ele não sabia é que, por causa de um troféu oferecido por um jornal de esportes, ele enfrentaria justamente seus velhos amigos. Produção: Alemanha. Direção: Zoltán Korda. - Apoio cultural do Goethe-Institute São Paulo.

via: Goethe-Institute

Filme integrante do ciclo Futebol (e) Arte, uma seleção de produções que possuem o futebol como tema, com apoio cultural do Goethe-Institute São Paulo.

9 minutos com 50 belos gols marcados em Copas do Mundo.

9 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A FAVORITA DE MESTRES

Nino Prata
82 Eruditos leitores, enquanto a jabulani não rola oficialmente em gramados sul-africanos, os soldados de Dunga tiveram um dia de folga, em que poucos deixaram o quartel; alguns foram às compras; e o churrasco à Taffarel foi o prato do dia, regado a cerveja e pagode. Não sei se o Centro de Tradições Gaúchas aprovaria a dobradinha churrasco-pagode. Vai que a carne desce torta...

Palavra de mestre não volta atrás e pesa mais que a de outros pobres mortais. Franz Beckenbauer, o Kaiser, campeão mundial como jogador em 1974 e como técnico em 1990, é um desses mestres. Numa entrevista, há tempos, revelou que quase desistiu de jogar futebol quando, certa vez, viu Pelé em campo. Os dois deviam ser, então, jovenzinhos. Ainda bem que Beckenbauer comprovou ser alemão mesmo; estes não desistem nunca em campo. Podem jogar até prorrogação com a disciplina tática de sempre e... chutam de longe.
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O Kaiser disse em Joanesburgo, em entrevista ao Diário de S. Paulo, que o Brasil "é uma seleção muito forte, como mostram os resultados. Dunga faz um bom trabalho, e os jogadores têm um espírito de competição aguçado.

Certamente o Brasil entra como favorito". Não sem lembrar que a Espanha também leva jeito, e a Alemanha vai ter de ralar mais.

Zico e Cruyff também estão por lá. Um trio de mestres que parece ter combinado o que falar - imagina esses três juntos num time! Para o Galinho, o selecionado canarinho "é um time muito forte e com grandes chances de ser campeão". Já o craque holandês, embora mais comedido, nos coloca lá: "Há uma inversão de papéis: os brasileiros jogam hoje à maneira europeia, e os espanhóis exibem um estilo técnico. Ambos são fortes".

Chama atenção na declaração dessa santíssima trindade ludopedista o uso do mesmo adjetivo para se referir aos soldados de Dunga: FORTES. Tomara que seja o suficiente! E dois deles citam também a Espanha como candidatíssima ao título. Tomara que queimem a língua!

 Eu, que não sou mestre nem nada - sou apenas imortal, como dizia Plínio Marcos, por não ter onde cair morto -, já deixo claro antes que me perguntem: se não der Brasil, que dê Holanda, que há tempos merece vencer uma Copa, e a meu ver é a única seleção que apresentou algo revolucionário no futebol que jogava em 1974, em que - à exceção do goleiro - ninguém guardava posição. E todos se saíam bem...

De mestres do gramado a um mestre da mídia, lembro que neste ano de Copa nos deixou mestre Armando Nogueira, reconhecido nesta categoria por colegas e por atletas, técnicos e um número diversificado de pessoas de outras áreas. Às vésperas da Copa de 2006, Fiori Gigliotti, que já se preparava para cobri-la com a mestria de sempre, viajou fora do combinado; durante a competição, o humor brasileiro perdeu Bussunda.

Esta coluna, mais que um aquecimento final para o início dos jogos, faz aqui reverência a mestres como os citados que ensinam sobre o futebol e a vida.

CURTAS

  • Pelé, mestre dos mestres do gramado, chega a dizer que todo o time do Santos poderia estar na Copa, com o argumento de que joga um futebol bonito (concordo) e ganhou o Campeonato Paulista (discordo).

Menos, majestade! Afinal, vivem dizendo por aí que campeonato regional não vale pra nada; e já teve jogador (se não me engano, Paulo Nunes, que literalmente era mascarado - vestiu a de feiticeira, entre outras máscaras para comemorar gols) que chegou a se referir a esta competição como "paulistinha". Eu, se sou diretor da Federação, peço pra banir um atleta desses do quadro da entidade. Campeonatos regionais têm peso igual ou maior que qualquer outro, mas nem tanto ao mar (Santos é do litoral) nem tanto à terra (Paulo Nunes é do cerrado).

  • Sobre Pelé, aliás, vale a pena relembrar o que disse Armando Nogueira: "... é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola". A perfeição, para Armando, estava na futebol: "A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus".
  • Meu filho me faz até hoje algumas perguntas recorrentes, como: "quem teria sido o melhor jogador?; qual a seleção de todos os tempos?". No primeiro caso, costumo dizer que, pra mim, Pelé é completo, e  Garrincha é gênio porque fazia praticamente sempre a mesma jogada e levava vantagem sobre os joões... Sobre este, olha só o disse mestre Armando: "Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio".
  • A minha seleção de todos os tempos teria no elenco dois que não conseguiram o mundial. Confiram: Gilmar dos Santos Neves; Carlos Alberto Torres; Oscar e Luíz Pereira; Nilton Santos; Clodoaldo; Didi, Zico; Garrincha, Romário e Pelé. Admitem-se algumas variações... Mandem outras seleções, que a gente publica!!!  
  • Na coluna que praticamente é toda voltada a mestres, lembro que, neste ano, os jogadores da Seleção de mestre Telê, de 1982, receberam do Lance - a meu ver, merecidamente - a faixa e o certificado de "Campeão Mundial do Futebol Arte". Acredito que o próprio mestre foi representado pelo filho.
  • Finalizo com Armando Nogueira, que tanto nos assuntos que dizem respeito às quatro linhas quanto nos demais, se pautou pela ética e pela coragem, nos anos de chumbo, principalmente, sem perder o humor: "Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas". E sem deixar de ser crítico: "Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão". 
  • EM TEMPO, me permitam compartilhar mais duas pérolas de mestre Armando: 

Sobre Nilton Santos: "Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".

E sobre Zico: "A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol".

Por hoje, é isso.
Mensagens para esta coluna devem ser enviadas para ninoprata@yahoo.com.br
charge: marco aurélio – zero hora

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

8 de junho de 2010

Perfil das redes sociais no Brasil…

O Brasil é considerado o país mais sociável do mundo. A Começar pelo número de contatos; A média de amigos virtuais no mundo é de 195 pessoas pro usuário. Aqui, é de 365.
Segundo o Ibope Net Ratings, mais de 80% dos internautas têm perfis em redes sociais. O Orkut tem 72% dos usuários no Brasil. Também somos os maiores no Windows Live Messenger, comunicador da Microsoft. Segundo A pesquisadora Raquel Recuero, a participação em em redes sociais é igual em todas as classes sociais. Jovens das classes C e D usam lan houses para entrar no Orkut da sua turma ou do seu bairro. Seu primeiro contato com a internet hoje é pelas rede sociais.

Bruno Ferrari.

Infográfico feito pela Revista Época, mostra as redes sociais que mais crescem no Brasil

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via; época, blog3

A água milagrosa da Tasmânia…

7 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A ESPANTAR A BRUXA!!!

Nino Prata

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Dedicados leitores, a Seleção do Dunga - pelo menos até agora - tem conseguido espantar a bruxa, que sai na frente da zebra para ver quem se dá melhor na Copa. Fechou o ciclo de preparação à Copa sem prejuízo físico mais sério de seus atletas, não se sabe se aprimorou a técnica de algum deles e venceu com folga seus dois amistosos.

Os soldados de Dunga estiveram, em 7 de junho, em Dar es Salaam, na Tanzânia - país de contrastes, segundo leio na unanimiade dos colegas que estão na linha de frente da cobertura do evento - para amistoso com a seleção local, vinda de um compromisso na Copa Africana, ou seja, provavelmente os tanzaneses deviam estar cansados, para não dizer extenuados porque participam de uma competição de vida e morte.

ronaldojc O jogo contra a Tanzânia serviu para reforçar outra dúvida que tenho. Afinal, é bom para os atletas jogarem partidas de futebol em seguida? No primeiro tempo, a meu ver, os africanos só não marcaram porque cada jogador deles queria ter a honra de fazer um golzinho que fosse no Brasil, em vez de passar a bola para outro mais bem colocado. Quando o passe aconteceu, na medida certa, em cobrança de escanteio, aos 43 do segundo tempo, aí já era tarde.

O jogo serviu também para mostrar que Ramires pode decidir porque, além de volante, vai à frente e bota a bola pra dentro; Kaká aguenta uma partida inteira, não sei se ele saiu inteiro; Gomes resolve no gol - senão, teríamos problemas; o time pega ritmo. No saldo de gols, Brasil fez 5, agora, 3 antes e só tomou 1. Mas tem de ficar atento à disciplina: no finzinho da partida, Daniel Alves recebeu uma entrada dura de seu marcador, revidou com uma cotovelada na cabeça do tanzanês, quando ambos estavam no chão, e ficou por isso mesmo; num jogo pra valer, sei não...

Aí insisto na minha pergunta da segunda coluna: pra que servem amistosos? Se for pra contundir jogador de seleção, são jogos totalmente dispensáveis. Façam como los hermanos: joga um time contra outro, e fica nos 3 a 3; o detalhe é que, entre eles, um dos ataques tinha Messi, Milito, Tevez e Higuaín - "iguarzim" o do Dunga, né? RSRSRS

bessinha

CURTAS

  • Para quem viu na telinha, no domingo (6), "roubaram" a minha ideia de fazer uma copa do mundo de futebol de botão, aqui em casa - quem quiser, pode se chegar. Acontece que futebol de botão - que alguns chamam de botonismo (palavra, a meu ver, horrorosa; parece a prática de outra coisa) - é açgo muito sério. É esporte com regras e federações etc e tal. Há times personalizados, feitos de acordo com a encomenda do técnico-cliente a fornecedores que lhe entregam craques na medida. Numa palavra, o jogo que aprendi criancinha e fiz questão de repassar ao filho e ao neto (e hoje eu perco dos dois) está sofisticado.

Na minha copa caseira, os craques são bem outros, mas a competição ainda vai começar. Num "amistoso" lupodédico-botonístico, deu zebra na fase classificatória de duas chaves.

  • Na copa oficial do futebol de botão, a zebra zurrou mais forte ainda: na final, Alemanha e Honduras, esta sagrou-se campeã. Brasil foi eliminado, não sei em que fase, no saldo de gols. Aí se parece com a Seleção do Dunga; marca muito (tem pegada), mas converte pouco (gol).
  • Antonio Braz, de Turvo (SC), corrige o colunista sobre a informação do conceito que Tião Carreiro tinha da música. Está na contracapa do livro, obrigatório, Música Caipira da roça ao rodeio, de Rosa Nepomuceno (coleção Todos os Cantos, Editora 34, 1999). A frase certa é: "Música só tem dois tipos, a feia e a bonita". Não como publiquei aqui: "boa e ruim". Braz também alerta para a identificação do vídeo, no www.quemtempoe.blogspot.com,  com o encontro antológico entre Tião Carreiro e Almir Sater, na TV Cultura paulista, postado como sendo de 26/10/2008.
  • Tião Carreiro viajou fora do combinado em outubro de 1993 (portanto, a data do vídeo é de uma reapresentação, provavelmente homenagem ao saudoso artista). Em dezembro de 93, o violeiro completaria 60, às vésperas de o Brasil se sair bem, nos pênaltis, na Copa dos Estados Unidos. Tião é de 1934, ano da Copa na Itália, a segunda da história - para alguns, de triste memória porque marcada pelo fascismo. 
  • Antonio Marmo, de São José dos Campos (SP), pede que eu deixe o Dunga em paz. Alfineta o colunista, mas reconhece que "o chargista é criativo". E sugere: "ele deveria mandar a charge comparando a Jabulani com a seleção para outros jornais".

Por hoje, é isso.

Mensagens para esta coluna devem ser enviadas paraninoprata@yahoo.com.br

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

charges: sponholz, ronaldojc, bessinha