23 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A SE PRESERVAR

Nino Pratafernandes

Reticentes leitores, se vocês são daqueles que ficam com os pés atrás sobre as reais  chances de os soldados de Dunga baterem os patrícios encarnados (nada com encarnação, reencarnação - esta, muito menos, porque não dá para escalar Garrincha, por exemplo; apenas referência à cor oficial das camisolas d´eles). Então, se vocês estão entre esses, saibam que é para se ter dúvidas mesmo, mas nunca perder a esperança.

Espero, por exemplo, que nesses dias de intervalo entre uma partida e outra - em que  a seleção canarinho, presa em gaiola de ouro, é verdade, se preserva -, nem por isso os comandados de Dunga descuidem do preparo físico-tático-operacional-psicossocial-político, com especial atenção a Elano. De tão macho, tchê, nem de maca saiu a caminhofred do vestiário e já foi testando o pé, ali mesmo, tal qual o saci-pererê.

Taí, que o saci-pererê supere os mulas-sem-gols-de-cabeça na sexta-feira (25). Aí veremos, raios, quem tem mais vidros a vendeire.

Sem essa de deitar em berço esplêndido (os da delegação, certamente o são); tomemos por empréstimo o bordão: "Às armas!!! Às armas!!!". Afinal, fez-se o Acordo Ortográfico para uniformizar as línguas, ora, pois!

 

Briga de hermanos

mxu1 "Pìor que briga de foice no escuro" é como chamamos por aqui uma situação complicada. Talvez o adjetivo não seja este (aceito sugestões), mas México e Uruguai entraram no Royal Bafokeng, em Rustemburgo, para ver qual dessas seleções ficaria em primeiro no Grupo A, para não ter de pegar, ou ser pega, pelos comandados de Dieguito "las manos de Diós" Maradona nas oitavas. O que era quase certo.

Quem se deu melhor foram os uruguaios, ao vencer o jogo por 1 a 0.

No primeiro tempo, o Uruguai criou mais chances de gol, e Suárez teve o trabalho de apenas escorar, de cabeça, cruzamento preciso de Forlán, da direita, aos 42. O centroavante já havia chutado, cruzado, na primeira investida uruguaia, com a bola indo a tiro de meta. E aos 17, Victorino cabeceou por cima bola vinda de escanteio cobrado com mestria por Forlán. 

Guardado, quem diria, um volante, foi quem concluiu para a meta de Muslera, e a bola mxu caprichosamente acertou a trave direita. Mais ofensiva, a seleção uruguaia fez por merecer ser o líder do Grupo A. Forlán dita o ritmo de jogo, não erra cruzamentos nem cobranças de falta ou escanteio, como aos 8 do segundo tempo, quando Lugano cabeceou para defesa espetacular de Pérez.

O México teve os seus momentos de pressão e, aos 19, quase marca com Rodríguez que, de peixinho, cabeceou com perigo. Os uruguaios até poderiam ter ampliado o placar, não fosse o goleiro mexicano defender a jabulani que iria entrar no cantinho direito de sua meta. Mesmo nos acréscimos, a pressão uruguaia foi mais sentida.

México e Uruguai passaram às oitavas de final com estes times:

México - Óscar Pérez; Ricardo Osorio, Francisco Rodríguez, Héctor Moreno (Pablo Barrera), Carlos Salcido; Gerardo Torrado, Rafael Márquez, Andrés Guardado (Israel Castro);  Giovanni dos Santos, Guillermo Franco, Cualhtémoc Blanco (Javier Hernández)

Técnico: Javier Aguirre  

Uruguai - Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Mauricio Victorino, Jorge Fucile; Egidio Arévalo, Diego Pérez, Diego Forlán, Álvaro Pereira (Álvaro Fernández); Luis Suárez, (Andrés Scotti), Edinson Cavani 

Técnico: Óscar Tabárez

Confira a classificação:

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Forças X fraquezas

Acompanhar 3 jogos no mesmo dia, como aconteceu marianoaté o término da segunda rodada dos grupos, já não era lá muito fácil, mas pra quem gosta de futebol a missão até se torna prazerosa, se os jogadores e os árbitros colaborarem.

As rodadas que definem os classificados às oitavas, no aspecto número de partidas, ficam ainda mais complicadas: são duas disputas ao mesmo tempo, no mesmo grupo; pelo menos ficamos livres do jogo do sono, aquele que aqui começava às 8h30.

Leitoras e leitores, por isso, devem ser ainda mais compreensivos com o colunista em suas (minhas) pisadas na bola.

frança3 França e África do Sul (se fosse contra a Argélia, seria clássico regional) decidiriam apenas quem sai mais pê da vida da competição no Grupo, ao confrontar forças e fraquezas das duas seleções. No Free State, em Bloemfontein, as escolas francesa e sul-afro-brasileira ficaram no 2 a 1, para os anfitriões da Copa, e as duas seleções foram reprovadas. Aguardam para ver se terão segunda época, daqui a 3 anos, nas Eliminatórias para 2014. 

Oscar Ruiz, colombiano, deu aquela mãozinha para o time da casa, ao expulsar Gorcouff, por falta em Sibaya na área sul-africana, por entender que houve cotovelada, suponho. Mas não foi por isso que o time de Parreira foi para os vestiários com 2 a 0 franç2 sobre a equipe arranjada por Domenech.

O primeiro gol saiu em escanteio cobrado por Tshabalala, autor do primeiro gol da Copa; a bola passou por toda a zaga francesa, Lloris caçou borboleta, e Khumalo não desperdiçou a chance de fazer o dele, de cabeça.

Ribéry, se tivesse bicho na partida, deveria receber por todos os outros, porque, além de se esforçar no ataque, foi o melhor da defesa, ao roubar bolas dos atacantes sul-africanos.

Aos 37, numa pixotada da zaga francesa, Masilela tomou a bola, levou pra linha de fundo e colocou para Mphela entrar com a jabulani, mesmo pressionado por um zagueiro, pra dentro do gol: 2 a 0 (llora, lloris!).

No segundo tempo, a África do Sul dominou o meio de campo, se segurou o quanto pode na defesa porque a França precisava ao menos de uma despedida honrosa, no campo. Já nos bastidores...

Os sul-africanos tiveram oportunidades para ampliar em 2 ou mais gols o resultado, que ainda deixariam os bafana bafana com chances de classificação pras oitavas. As mais agudas, desperdiçadas por Mphela.

Os franceses pressionaram, sem afobação, para chegar ao gol de Josephs. O máximo que conseguiram foi complicar a vida dos adversários. Em boa troca de passes, Sagna-Ribéry, saiu o cruzamento para Malouda marcar, sem goleiro, aos 25.

franç4 As duas seleções morreram abraçadas, a França num vexaminoso último lugar do Grupo. A torcida local soube entender mais do que as limitações do time os esforços dos jogadores e as oportunidades criadas, desde a primeira partida.

Como é que alguém, em sã consciência, poderia querer que a África do Sul se desse bem na Copa, se nem todos falam a mesma língua por lá? Há exatos 11 idiomas no país-sede: inglês, africâner, ndebele, sesotho do norte, sesotho do sul, suázi, xitsonga, setswana, venda, xhósa e zulu. Um pra cada posição no time titular. Coitado do Parreira nas preleções!  Pelo menos há algo que iguala esses sul-africanos à França, seleção na qual ninguém parece se entender. 

Já pensou um zulu de ponta-esquerda? E o ndebele na zaga (se puser um "p", seguido de "m", fica que nem um partido daqui, que adora fazer alianças); o volante suázi, a meu ver, seria o mais didático (lembra o nome da cartilha em que aprendi a ler, no primeiro ano de grupo escolar, Caminho Suave).

No PIB per capita, por exemplo, a França goleia: US$ 31,9 mil, em uma população de 65,4 milhões de franceses, comparados com US$ 10,6 mil para 47,9 milhões de sul-africanos.

Parreira nunca foi tão analítico como quando disse ao Guia da Copa 2010, da Placar: "Não vou colocar na minha cabeça, nem dos jogadores, que podemos ser o primeiro anfitrião a não passar de fase. Um dia vai acontecer". Pena que esse dia foi hoje (22/06).   

Entre o brilho de 1998 (em que foi campeã do mundo em jogo contra o Brasil) e a frustração de 2002 (quando o favoritismo pela conquista da Copa anterior findou na primeira fase), a França de Domenech ficou com o segundo. O técnico não deve ter consultado com apuro os astros; dizem que Domenech procura saber o signo de cada atleta antes de formar o elenco. Mãe Dinah faria melhor...

 

Gregos e hermanosmaradonastrip1a

Grécia e Argentina foram a campo, no Peter Mokaba, em Polokwane, reeditar a versão contemporânea da guerra de Troia, em situações bem diversas de uno equipo para otro. Dieguito de Troia chamou soldados da reserva, confiante em que sua carreira brilhante, dentro e fuera de la cancha, inspirasse seus pibes a fecharem a participação no Grupo B 100%. Conseguiu um potrinho de Troia em cima dos gregos: 2 a 0, gols de Demichelis e Palermo, no segundo tempo.

Já os gregos, ressabiados com troianos de longa data, teriam de ficar espertos agora com os hermanos. Botou pra jogar o que tem de melhor no seu futebol, na visão do comandante-em-chefe Otto Rehhagel.

Papadopoulos (que o locutor não acertou pronunciar uma vez sequer no primeiro tempo; mudei de canal) e Papastadopoulos (este leva Sokratis na camisa, pra facilitar) poderiam ser as armas secretas que ajudariam a argreciaconfundir os argentinos. Verón, se ditava o ritmo, até que foi coerente; já não é tão rápido como quando era mais novo; mas não foi substituído. Messi, quando tentava arrancar, passava por um, mas lá estavam mais cinco para ser ultrapassados. Quando conseguiu limpar a jogada por completo, teve em Tzorvas um estorvas: defendeu cada bola, que nem Zeus acredita. Num dos chutes – na verdade verdadeiros mísseis, a bola por pouco não arrebenta a trave – bateu e voltou na intermediária; em outra, a jabulani quis conhecer Palermo, que não perdoou – este foi o segundo gol.

A Grécia, fechada em sua área com até 8 guerreiros, às vezes arriscava messi2lançamentos,  e Karagounis, num deles, deixou Samaras na cara do gol, nas costas da zaga, perdendo-se a jabulani pela linha de fundo. 

Escanteios, a Argentina teve 5, só no primeiro tempo; faltas próximas da área, umas  3; a mais perigosa, Messi fez que ia, mas deixou pra Verón chutar fraco na barreira. Ainda no primeiro tempo.

O segundo tempo não foi muito diferente do primeiro, a não ser pela vontade do comandante grego de fazer logo as substituições, para ver se a equipe ficava mais ofensiva. Mesmo porque se defesa argentina titular já não é lá essas coisas, imagina a mista. O frio que faz em São Bernardo do Campo (SP), de onde teclo essas mal traçadas linhas, mais as 40 gotas de dipirona que tomei pra segurar uma dor no corte do dedo, e aquele futebol de toque pra cá, toque pra lá; mais a Grécia sem poder de reação quase me levaram aos braços de Morfeu.

Foi quando saíram os gols, ai os locutores gritam mais alto e me acordaram. No jogo entre Nigéria e Coréia do Sul, como neste de gregos e hermanos, o futebol moderno e globalizado deu as caras do mesmo jeito: um gol de zagueiro e outro de atacante. Messi ainda não marcou. Que os mexicanos se cuidem.

Os hermanos que levaram a Argentina para as oitavas foram:

Sergio Romero; Nicolás Ottamendi, Martín Demichelis, Nicolás Burdisso, Clemente Rodríguez; Maxi Rodríguez (Ángel Di María), Mario Bolatti, Lionel Messi, Juan Sebastián Verón; Sergio Agüero (Javier Pastore), Diego Milito (Martín Palermo)

Técnico: Diego Armando Maradona

Confira a classificação:

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Super Águias boas de bico

nigecoreia1 No outro jogo do Grupo B, Nigéria e Coréia do Sul foram para os vestiários no 1 a 1, no final do primeiro tempo e, depois dos acréscimos, no término do jogo, continuaram iguais: 2 a 2. Resultado que classificou os sul-coreanos (atrás dos argentinos), que por enquanto salvam o continente asiático.

Já as Super Águias, muito boas de bico, se juntam a Camarões e África do Sul, deixando o continente africano a ver navios (ainda bem que os negreiros sumiram faz tempo).

Mas foi a Nigéria que saiu na frente com o gol de Aiyegbeni, que classificaria a Grécia em segundo, se mantivesse o empate com os hermanos.

Aí a Coréia do Sul foi e empatou com o zagueiro Lee Jung-Soo. Futebol moderno e globalizado esse dos pernas-curtas, que lutaram com todos os golpes legítimos para se classificar.nigeco3

Segundo tempo, os sul-coreanos passaram à frente e estavam mais classificados do que nunca, com o gol de Park Chu-Young. O 10 deles jogou muito e saiu extenuado, já nos acréscimos, mas feliz.

A Nigéria ainda empatou de novo (com o gol de Kalu Uche), criou mais situações de marcar, uma delas grotescamente desperdiçada. Acredito que o segredo dos sul-coreanos foi confundir os nigerianos, ao colocar três Kim no segundo tempo. Já aviso que o truque não surtirá efeito contra os lusos, caso se cruze, porque, de Jô A - Kim, eles entendem.

Com a segunda vaga do Grupo B para a Coréia do Sul, vamos continuar com nossos exercícios de fonoaudiologia ao menos durante as oitavas. Pelo menos dos gregos já estamos livres, Katsouranis!

nigecore1 Os bravos guerreiros asiáticos que levaram a Coréia do Sul à próxima fase foram:

Jung Sung-Ryong; Cha Doo-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo, Lee Young-Pyo; Lee Chung-Yong, Ki Sung-Yueng (Kim Jae-Sung), Park Ji-Sung, Kim Jung-Woo; Yeom Ki-Hun (Kim Nam-Il), Park Chu-Young (Kim Dong-Jin)

Técnico: Huh Jung-Moo

A Copa dos passes

Um dos fundamentos do futebol é o passe, e nesta Copa as 5 seleções que saem à frente neste quesito são: Brasil (83,41% de aproveitamento), Holanda (78,69%), Alemanha (78,54%), Portugal (77,05%) e Itália (72,17%). Se passe certo ganhar título, estamos bem na Fifa (os dados são oficiais), e o grupo aí é de respeito.

Os percentuais revelam também que ou o Brasil está a cada dia mais europeu ou os europeus se assemelham cada vez mais a sul-americanos.

 

Baixaria sulina

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Dunga soltou cobras e lagartos pra cima do jornalista Alex Escobar, conhecido na telinha por seus pitacos. "Besta", "burro" e "cagão" teriam sido as palavras endereçadas pelo furibundo gaúcho ao repórter. Maradona já foi punido por ter-se dirigido à imprensa argentina com sonoros: "Que chupem todos, e continuem chupando", logo depois de conseguir a classificação para a Copa, ao vencer o Uruguai.

Num ponto El Dieguito e Dunguita teriam de se parecer (às vezes, este me lembra a Mafalda, de Quino, ou seria o irmão dela - coitada!). Deve ser coisa de baixaria sulina (vizinhos de fronteira). Ou melhor, suína.

 

Cadê o molinete?

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O clima na delegação francesa anda cínico (diria o Adoniran Barbosa), mas nem tanto mais do que se vê em empresas brasileiras, seja de que porte for. Sem comando, Domenech, o técnico-astrólogo, enfrenta problemas demais da conta, sô! (Franceses devem odiar esse linguajar caipira.)

Anelka foi expurgado do elenco; Evra quase saiu nos tapas com o preparador físico; houve boicote a treino. E, o pior de tudo, tem traíra no pedaço. Quem mandou não levar equipamento de pesca? Quem mandou ficar treinando nos Alpes, pedalando, esquiando. Um dia a bicicleta emperra ou o esqui se enfia na neve. É tombo certo!

 

Futebol e solidariedade

Carla Regina, de São Paulo (SP), enviou a charge que rola pelaí, de como a vuvuzela pode ser de 1001 utilidades, dependendo da criatividade do usuário. O editor deste impagável www.quemtempoe já me havia mandado a preciosidade.

Carla passa por cirurgia, dia 25, às 7h30, bem no dia do confronto luso-brasileiro, para decidir quem fica líder do Grupo G. Sugeri a ela que montássemos o esquema no quarto do hospital para torcer pela seleção canarinho. A única exigência que Carla fez: "só se tiver vuvuzela".

Peço, nesse dia, que quem ler esta nota entre numa corrente de orações pelo sucesso da cirurgia e pela iluminação da equipe médica. A Carla merece. 

 

Frases da Copa

"A França vai ficar pelo caminho... nem deveria estar aqui" (Felipão, campeão do penta e boca -santa)

"O meu gol foi divertido..." (Cristiano Ruuunaldo, atacante português - faz-me rire, ô pá!)

"Gols são feitos para serem celebrados. Não vai ter nada de estranho contra a seleção brasileira" (Liedson, atacante luso-corinthiano)

"Os árbitros não podem ser frágeis a ponto de favorecerem times menores" (Carlos Queiroz, técnico luso-português, a 3 dias de enfrentar o Brasil no jogo que fecha a fase de classificação - com a resposta Dunga & Cia.)

"Espanha e Argentina têm equipes muito fortes e podem conquistar o título" (Zidane, craque franco-argelino, que não soube usar a cabeça em 2006, na Alemanha) 

 

Na estrada com Valquíria

Nossa colaboradora paulistana comparece hoje com mais algumas de suas frases alternativas para os ônibus das delegações:

  • Estados Unidos - "Em busca da taça e... do Bin Laden" (é ruim,hem ?!)
  • Eslovênia - "Alguém sabe onde fica a Eslovênia?" (istacá o Manuquim com a resposta na ponta do idioma: no mapa-múndi)
  • Japão - "Podemos não ficar em primeiro na Copa, mas sempre ficamos em Medicina na USP" (o difícil é sobreviver ao trote)

Para contrabalançar a presença dos seguidores do tio Sam, que tal se os de Ahmadinejad estivessem por lá: Irã - "Esta Copa vai bombar!"( para fins pacíficos, é claro) 

Por hoje, é isso.
Mensagens para esta coluna devem ser enviadas paraninoprata@yahoo.com.br
fotos: agência brasil

Lembro que o texto desta coluna sai também no sitewww.cliqueabc.com.br

fotos: afp, reuters

charge; fernandes, fred, dálcio, samuca, mariano

22 de junho de 2010

A SELEÇÃO CHEGOU A BAIXAR A TROMBA

Nino Pratafausto

Queridos leitores, hoje vou dar descanso de novo aos soldados de Dunga porque da  outra vez deu certo. Lembram-se? Depois da vitória magra contra a Coréia do Norte, segui os conselhos de Daniel Alves: “até o próximo compromisso, descansar bastante”. E a seleção canarinho vai precisar estar muito bem, contra Portugal, como vocês lerão adiante.

Ainda mais que, no domingo (20), as canelas brazucas saíram muito esfoladas. A Costa do Marfim não esperava muito desta Copa, eu esperava mais da Costa do   Marfim – mais futebol, lógico. Mais criação de chances de gol. Ora, dirão, mas a defesa brasileira esteve perfeita; digo: quase... Drduke2 ogba cabeceou livre de marcação ao fazer o gol dos marfinenses, o primeiro em Copa do Mundo. Devem estar comemorando como se ganhassem o título.

Luís Fabiano desencantou, e seu segundo gol só não foi aço aço aço por ter o atacante usado a mão para ajeitar a jabulani. Esta, agora, para ele, deixou de ser sobrenatural. A vitória incontestável do Brasil baixou a tromba de marfinenses que acharam que poderiam ganhar da seleção de Dunga; e baixou a tromba do treinador brazuca também. Dunga está muito mais pra Feliz agora; só ficou Zangado com as pisoteadas dos elefantes em canarinhos.

 

Portugal bestial!!!AUTO_jbosco

Espero que o Dunga e seus comandados não percam o sono, e nem devem.  Portugal esteve bestial nesta segunda (21), ao fechar a segunda rodada do Grupo G no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo.

Cristiano Ruuunaldo (como se diz no idioma de Camões) participa do comercial de uma bola na TV, em que pergunta ao telispectadoire: “Onde istá tua?”. Estava na hora de ele achar a dele, ô pá – e conseguiu.

300x250_2010-06-21_4876ab7a29 Nem dá pra dizer que o craque lusitano não tenha feito chover. Boa parte do jogo foi disputado com água que escorria pelos bigodes e encharcava as camisolas. O que não impediu os comandados de Carlos Queiroz de chegarem à acachapante goleada por 7 a 0. Não teve Pak, Lam, Pyo ou Kim que resolvesse a parada dos norte-coreanos.

O grande mérito desta seleção portuguesa é ir pro ataque com atacantes, mais os meias e até zagueiros com potencial de concluir pras redes inimigas. O técnico mexeu no time que fizera a partida de estréia – empate por 0 a 0 com a Costa do Marfim – e tornou-o mais ofensivo.

Portugal ditou o ritmo, soube parar os norte-coreanos quando preciso – abusou dasClipboard01 faltas, é verdade -, mas seus jogadores seguiram o que dita o hino: “Às armas!!! Às armas!!!”. Para quem tinha um ataque de respeito, os lusitanos – desta vez, vestidos de vermelho – também contavam com os avanços de Ricardo Carvalho: implacável na marcação, o zagueiro participou de jogadas de perigo no ataque e por pouco não foi dele o primeiro gol.

O jogo foi aberto em relação ao que se viu na rodada inaugural da chave, mesmo porque aos norte-coreanos não interessava outro resultado que não vencer; empatar, para os dois times, ficaria complicado.

Kim Jcoreionong-Hun (vide Lances capitais) foi o primeiro a tentar um chute a gol na partida. Aí, patrícios, aos 29 minutos, Raul Meireles recebeu lançamento na medida, no meio  da zaga, esperou o goleiro sair e chutou por baixo de Ri Myong-Guk. O esférico foi com tudo pras redes, enquanto Meireles devia estar a pensaire: “Ri, agora, ô guardião!”.

Se estava aberta a porteira asiática, os europeus não deixavam por menos na marcação. Portugal havia cometido mais faltas que a Coréia do Norte, mas o primeiro cartão amarelo foi para Pak Chol-Jin. Ô, juizão!

Cristiano Ronaldo pedia a bola, batendo no peito, não se sabe se penitenciando-se por ainda não ter feito gol na competição. Os norte-coreanos pelo menos haviam conseguido alguns escanteios e faltas, nenhuma muito próxima da área portuguesa.

O que estava para aconteceire no segundo tempo nem N. S. de Fátima e os três pastorinhos poderiam prever. A chuva que caía transformou-se num rosário de gols. Portugal deu o chamado banho nos pernas-curtas. Mandou na partida, jogou rápido e sério, sem chances de uma reação – nem bomba nem míssil pararia os gajos. Bestiais!!!

Com menos de 20 minutos do segundo tempo, a porteira asiática estava não apenas aberta, mas escancarada. Mérito dos portugueses que não abriram mão de atacar com três jogadores da posição, meias ofensivos e até com a zaga indo prus arrumates.

Teve até gol luso-corinthiano de Liedson. E para coroar a exibição, não a sacolada,efebec8c-d6e5-344d-a592-456d192f894e Cristiano Ronaldo também fez o dele. Seria injusto o nome do jogo não ser bafejado pelos deuses dos estádios. E foi o que aconteceu: o atacante dividiu com o goleiro, a jabulani subiu e baixou na nuca do número 7, caindo mansa aos seus pés; foi só tocar pras redes.

Aí já estávamos nos estertores da porfia. O árbitro chileno Pablo Pozo teve dó dos norte-coreanos e deu só 2 minutos de acréscimo. Pode ser que fosse sair correndo para assistir a Chile e Suíça, no Grupo H.

 

Lances capitais

Primeiro tempo – 4´, Ricardo Carvalho conclui, pro alto, boa trama de ataque pela esquerda; 6´, em escanteio cobrado da direita, Ricardo Carvalho cabeceia, e a bola bate na trave – ai, Jesus!; 10´, Coréia do Norte chuta de longe, com Cha Jong-Hyok; 11´, Jong Tae-Se cobra falta, de longe pra mais longe ainda da meta; 14´, Coréia do Norte na área lusitana, em bom lançamento para Tae-Se; Eduardo sai do gol e abafa com a proteção da zaga; 17´, Hong Yong-Jo, em chute da direita, obriga Eduardo a rebater nos pés de Tae-Se; 20´, An Yong-Hak chuta de fora da área para fora do gol, à direita de Eduardo; 21´, escanteio mal cobrado pelos portugueses; 22´, Raul Meireles manda pras redes, do lado de fora; 23´, mais um chute de longa distância da Coréia do Norte; 29, gol de Raul Meireles; 32´, Pak Chol-Jin recebe cartão amarelo; 34´, bola sobra em bobeira da defesa; portugueses desperdiçam chance de ampliar o placar; 37´, Pedro Mendes recebe cartão amarelo; 31´, Cristiano Ronaldo quer a bola para ele; 42´, chute luso, cruzado, para fora; 44´, Simão vai bem pela direita, vence o marcador e cruza, com perigo, mas ninguém aproveita a chance.

nani

Segundo tempo – Rosário de gols: 8´, Simão aproveita, com categoria, a troca de bola envolvente do meio pra direita e arremata, cruzado, para fazer 2 a 0; 10´, Hugo Almeida chega ao 3º. gol, depois de cruzamento pra esquerda, de onde a bola é lançada para o atacante completar de cabeça; a Coréia do Norte muda, quem sabe dê certo Kim Kum-Il no lugar de Kim Yong-Jin; 15´, Tiago pega de primeira o passe açucarado de Cristiano Ronaldo, da esquerda do ataque para quem vem detrás: 4 a 0; 20´, falta em Hugo Almeida; 21´, a zaga lusitana não brinca em serviço, o pé alto em Tae-Se que o diga; Cristiano Ronaldo, em estado de graça deixa seus companheiros na cara do gol em sucessivas arrancadas ao ataque; 23´, Ricardo Carvalho puxa Tae-Se, e nada acontece; 24´, Hugo Almeida recebe amarelo; 25´, Cristiano Ronaldo por pouco não faz o dele; a bola explode na chamada forquilha, à direita do gol; 26´, de novo ele, ainda sem marcar na Copa, entra na área, chuta fraco e o goleiro ainda bate-roupa; a Coréia quase não ataca e, muito menos, chuta a gol; 34´, raro lance na área portuguesa; Eduardo sai do gol e abafa, no pé do atacante; 35´, Liedson faz o 5º. gol português, depois de lançamento de Duda, que passa pela zaga; o luso-corinthiano finaliza de esquerda no canto direito do goleiro; 42´, a goleada, a essa altura a maiore da seleção numa Copa, é ampliada com o gol de Cristiano Ronaldo; 43´, Tiago faz o dele, em cabeceio preciso, no canto esquerdo: 7 a 0

 

Vermelhos de raiva

chile Chile e Suíça fizeram o confronto dos vermelhos, no Grupo H, em que a cor teve mais a ver com a raiva que as equipes passaram com a arbitragem de Khalil Al Ghamdi, da Arábia Saudita, do que com a de seus uniformes. O que interessava às duas seleções, vindas de vitórias, era ver quem sairia vencedora para assumir a liderança isolada da equilibrada chave, mesmo porque Espanha e Honduras jogariam à noite, lá.

O jogo começou morno, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, mas à medida que o tempo passava tornou-se quente pelos ataques vigorosos de ambas as partes e, principalmente, pela disputa acirrada da posse de bola.

Al Ghamdi (não confundam, por favor, com o Mahatma, hindu, que além de ter “n” e não “m“ no nome, era absolutamente zen – e tão-somente zen), que parecia ter saído de recente aula de arbitragem, para não ser conivente com pegadas mais duras ou mesmo desleais, mostrou cedo o primeiro cartão amarelo, para Nkufo, por segurar um chileno pela camisa. Até onde se sabe, aí acertou na medida punitiva.

Mas, de uma arbitragem zen para outra, zenvergonha (que é como se poderia escrever na Suíça), o caminho era curto. O árbitro saudita teve atuação maldita pelas duas equipes, que sofreram com a profusão de cartões.

suiça2 A distribuição de amarelos atingiu, na sequência, dois chilenos: Carmona e Ponce, este por pé alto (e olha que para atingir a cabeça de suíço tem de ser bom na capoeira). Ponce, aquele que lembra o visual de Che Guevara, endureceu e perdeu a ternura: o cartão dele foi por reclamação. El loco Bielsa parecia não acreditar no que via do banco, com aquele olhar meio napoleônico meio maquiavélico.

Aos 30, Behrami recebeu cartão vermelho por jogada semelhante à que envolveu Kaká e Keita (dá rima na pronúncia francesa), no domingo. O suíço deixou o braço para trás, com a mão atingindo Vidal (meio no rosto, meio no pescoço), que insistia em persegui-lo para tomar-lhe a bola. O chileno foi ao chão, contorcendo-se todo. Mais fita que porrada!

Ah, é (deve ter pensado o alemão Ottmar Hitzfeld, técnico da Suíça),suiça pois vamos nos fechar ainda mais e quero ver se os Andes superam os Alpes. Os suíços postavam 8 na área a cada investida chilena. Numa delas, aos 39, Sanchez dominou, atrás do zagueiro, e concluiu mal em cima de Benaglio.

Numa rara substituição ainda no primeiro tempo, ainda mais aos 42, Hitzfeld colocou  Tranquilo Barnetta no lugar de Frei. Talvez confiante em que, com esse nome, conseguisse esfriar o clima da partida e, quem sabe, surpreender o Chile num contra-ataque. Barnetta, à semelhança da Beretta, é bom de tiro. Na verdade, o jogo ferveu, mesmo, pela pressão chilena, intensificada nos minutos finais com a criação de 5 chances de gol.

(Perdão, leitores, mas a essa altura o jogo a que eu assistia com atenção para escrever menos bobagens possível na coluna, teve de ser interrompido nas minhas retinas porque tive de atender ao Leandro e seu assistente, que com presteza acudiram ao meu chamado para salvarem o meu PC – vide nota no pé da coluna).

O que sei é que a partida terminou 1 a 0 para o time de Valdívia, El Toro, que entrou no segundo tempo, e aí já se faz uma diferença sensível a favor dos nossos vizinhos. Ele começou a jogada, aos 29, lançando Paredes, à direita, que cruzou para a conclusão com categoria de González.

Vencer aquele ferrolho suíço (que ao contrário dos queijos deles não tem buraco) por 1 a 0 é como uma goleada. Os sul-americanos se saem muito bem na competição até agora, ao contrário de africanos, asiáticos e oceânicos; e a rodada final do Grupo H, nesta fase da Copa, promete fortes emoções.

get Até a Suíça ainda pode surpreender na classificação para as oitavas; certamente vence Honduras, até mesmo por goleada. Aí, hermanos sudamericanos e europeos, quem decide mesmo é o resultado entre Espanha e Chile.

 

Fúria contida

esp O outro time vermelho, porém mesclado de amarelo, do Grupo H – a Espanha – para mim é a decepção da Copa, por enquanto. Timaço no papel, malas ao chegarem para a competição na última hora, pelo menos num quesito vão bem: não tomaram una tarjeta amarilla siquiera en la competición. Bem que poderiam sair já nesta fase com o troféu farplay.

E aí, Hugo Chavez se intrometeria onde não é chamado e daria o troco: “por que non se calan?!”.

Eu esperava que a chuva de gols lusitanos sobre os norte-coreanos, na Grupo G, poderia se deslocar para o jogo Espanha e Honduras. A Fúria não foi com tudo, porém, sobre os hondurenhos.

Os espanhóis são firmes na defesa, sem precisar congestioná-la; saem quase que solenes da defesa pro meio e do meio, elegantes, pro ataque, mas se chutam, o fazem mal; se cruzam pra área, os cabeceadores ou não chegam ou mandam por cima do gol.Clipboard03

Mais contido que eles, só mesmo o árbitro japonês, Yuichi Nishimura, que no Ellis Park, em Joanesburgo, parecia pedir licença quando advertia ou chamava alguém pra receber o cartão. Perdi as contas das bem tramadas jogadas, ora pela direita com Navas, Sérgio Ramos; ora pela esquerda, com David Villa, Capdevilla, sob a batuta de Xabi Alonso. Torres, então, sei lá, encarnou Sansão: cortaram-lhe as madeixas, perdeu a força. Errou chutes, não cabeceou, saiu.

A Espanha se perde em preciosismos, como já acontecera na rodada inicial, com toques a mais. Bem diferente de seu vizinho europeu, no Grupo G. Fez 2 a 0 em Honduras, com David Villa, aos 17 do primeiro tempo; um golaço em lançamento de Piqué. Já dentro da área, o atacante passou por 3 defensores e mandou na gaveta, já caído, à esquerda de Valadares.

A goleada se desenhavClipboard04a, ainda mais que o segundo gol saiu aos 5 da segunda etapa. David Villa tocou para Navas, à direita, recebeu de volta e chutou de fora da área (o goleiro, adiantado, ainda foi atrapalhado porque a bola desviou na zaga).

E ainda teve pênalti perdido por Villa, que mandou pra fora à direita do gol, para espanto até de torcedores vuvuzelentos; pararam de soprar, estarrecidos com o que viram. A jogada de Navas não merecia esse desfecho (o ponta deu corte seco no zagueiro, que acertou o pé de apoio do espanhol) - nem a superioridade espanhola sobre os hondurenhos.

 

Frase da Copa

Gol de bico vale o mesmo que gol de placa (Caio Ribeiro, comentarista). Mandem urgente por e-meio a mensagem para a concentração espanhola; pensando bem, melhor não.

Meu palpite e, mais que isso, a torcida é que Chile fique em segundo e Espanha ainda consiga ser a primeira; aí Portugal enfrentaria a Espanha, e o Brasil o Chile, mas pode dar tudo diferente disso.

 

Na estrada com Valquíria

Valquíria, de São Paulo (SP), nos envia mais frases alternativas para os ônibus as delegações. Confira as primeiras:

  • África do Sul –Fome a gente passa; da primeira fase, não” (e aí, Parreira, como é que fica?)
  • França –Agradecemos ao juiz pela vaga alcançada” (ça vá bien, mequetrefes!!!)
  • Argentina –Ajoelhem-se, os deuses estão aqui dentro” (modestos, como sempre, esses hermanos)
  • México –Rumo a Acapulco” (ai, caramba, arriba!!!)
  • E tem mais, se a Turquia estivesse na Copa:

Vende-se ônibus Hyundai, 10/11, baixíssima quilometragem” (manda pro Paris-Dacar)

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Por hoje, é isso.
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fotos: agência brasil

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

fotos: afp, reuters

charge; fausto, duke, jbosco

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Sem PC não teria coluna

Conto com a compreensão dos leitores para lhes dizer que se não fosse o Leandro, da Corporation Brasil, esta coluna não teria sido escrita. Talvez alguns de vocês até dessem graças a Deus, não é mesmo? O lema desta empresa é: Vc tem problemas? Nós temos a solução.

Pois não é que deu aquele pau no meu computador? Só pode ter sido vírus marfinense. Pois bem, descobri por indicação de uma pessoa que comercializa água mineral e produtos correlatos que o Leandro atende em domicílio e também empresas com problemas em computador e outras parafernálias eletrônicas.

Não interessa o grau de sofisticação dos equipamentos que o cliente possua, a Corporation Brasil vai até ele com o que tem de melhor. O diferencial deles é o atendimento, e a gama de serviços que presta é abrangente, como se pode ver no www .xcorporation.com.br. Para saber mais, ligue (11) 3435-2295 / (11)8011-8097 e peça para falar com o Leandro. Muito melhor do que o lateral-direito que jogou na seleção brasileira. Este aqui arranca pro ataque, cobra escanteio e vai cabecear pro gol. E atende em todo o Brasil.

A fantástica máquina voadora russa…

Na Ucrânia, Criméia, existe uma espécies diferente de frota aérea. São aeronaves anfíbias BE-12, aviões de carga militar AN-26, de busca e resgate, helicópteros KA-27PS, bem como os anti-submarino KA-27PL. Embora muitos deles tenham mais 40 anos de idade, ainda são usados para realizar qualquer tarefa de combate e resgate no território do Mar Negro e na Criméia.
kacha 10O BE-12, é um avião anfíbio que foi construída em 1971. Destinado inicialmente na detecção de submarinos e executar missões de resgate na água.

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O avião é pilotado por quatro tripulantes: dois pilotos, um navegador e um rádio navegador que se senta na proa.

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Todos os assentos são equipados com pára-quedas e catapultas, A sensação é como  estar dentro de um submarino e não de um avião.

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BE-12 é construído não só para detectar submarinos, e hoje é usado somente para salvar as pessoas. Há um lugar especial para atendimento aos sobreviventes.

via: english russia

21 de junho de 2010

Aproveitando o clima de Copa do Mundo…

Russian Goal Bus Stops 2Embora ela não tenha se classificado (o que foi uma pena), tem aparecido em algumas cidades da Rússia, algumas paradas de ônibus temáticas da Copa do Mundo de 2010.Russian Goal Bus Stops 5
Claro que é uma propaganda da cerveja Carlsberg que estava atrás de uma campanha criativa.
E nem é o pais do futebol.

A SELEÇÃO CHEGOU A SER CAÇADA PELO ELEFANTE

Nino Prata  AUTO_seri

Patrióticos leitores, a seleção do Dunga conseguiu neste domingo (20) um resultado que a deixa com folga na liderança do Grupo G. Venceu a Costa do Marfim por 3 a 1 (dois de Luís Fabiano, o segundo, um golaço; e 1 de Elano). De melhor no jogo, a meu ver, é que o centroavante de Dunga saiu da "lei seca", mais implacável que a dos tempos dos mafiosos nos Estados Unidos, e marcou dois belos gols, depois de seis partidas sem chegar às redes adversárias.

Os jogadores estiveram mais soltos do que contra a Coréia do Norte, mesmo porque a Costa do Marfim também jogava solto, não se fechando em demasia.  O árbitro francês Stephane Lannoy comprometeu a lisura do jogo, ao ser complacente com as entradas de marfinenses nas pernas dos brasileiros, algumas delas merecedoras até de cartão vermelho.

AUTO_bira Kaká, pra mim, ainda está só Ka - falta o Ká entrar em campo também. O pior é que sobrou pra ele o cartão vermelho porque já havia levado o amarelo, por falta, e ao entrar na provocação dos marfinenses, deixou o cotovelo na costela de ___, que exagerou na contusão, como se tivesse sido atingido no rosto.

A baixa de Kaká só não foi pior que a de Elano, que acabara de fazer o terceiro gol brasileiro. Numa dividida de bola, no chão, foi pisado na perna direita por ___. Não havia necessidade de o marfinense deixar a chuteira cravada no brasileiro e, muito menos, de o árbitro ser tão frouxo.

Maicon, no apoio pela direita, é garantia de jogada de perigo, nem tanto quanto Lúcio, que é afoito, mas se perde nas próprias pernas, quando não bate as suas nas dos adversários que vêm na captura do zagueiro-capitão.

 lezio (1) Drogba fez o dele, calmo como um elefante sem fome, ao receber cruzamento livre de marcação. Era só ele e Júlio César, e a bola morreu quietinha no canto esquerdo do brasileiro.

Mesmo descontando o fato de estar contundido, o craque marfinense deixou o B de seu nome brilhar do outro lado; restaram as outras cinco letras, que formam a palavra que bem representa a arbitragem: uma droga!!!

Nada disso poderia ter acontecido, mesmo porque a teia - que ficou parecendo de intrigas - que envolve pessoas de uma e outra equipe é inegável: além de o técnico Eriksson ter treinado Dunga na Fiorentina (e lá se vão 22 anos), Daniel Alves joga no Barcelona com Yaya Toure e já atuou com Zokora, Kone e Romaric no Sevilla; clube em que Luís Fabiano esteve com os mesmos colegas marfinenses. Júlio Baptista, Eboue, Gilberto Silva e Kolo Toure atuaram juntos no Arsenal durante anos. Elano e Keita jogam no Galatasaray e estiveram com Michel Bastos no Lille. Grafite, Romaric e Gervinho jogaram no Le Mans.

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Lances do Jogo

Primeiro tempo  - Menos de 1 minuto, os marfinenses vão pro ataque, parado com falta por Elano; Robinho tenta o tiro, quando poderia ter lançado quem chegava pela esquerda; 1´, falta em Robinho no meio de campo; 3´, falta para a Costa do Marfim. Os marfinenses não marcam a saída de bola, mas na meia cancha; 5´, Lúcio sai no apoio, toca para Elano, este para Robinho, que não alcança a jabulani; Felipe Melo não quer saber de brincadeira e despacha a redonda pela lateral; 9´, Felipe Melo dá umas derrapadas e demora para se recuperar a ajudar no combate; 11´, Lúcio vai pro apoio; 13´, falta para a Costa do Marfim; Luís Fabiano faz falta para impedir contra-ataque; 14’, Lúcio faz falta no lateral marfinense que subiu no apoio; 15´, Júlio César sai para rebater cruzamento; 16´, Luís Fabiano, aos trancos e barrancos, pelo ar, na disputa de bola, 17´, Maicon sobe e consegue escanteio; Elano cobra, baixo, sai o chute, seguido de rebote em bola que Robinho pega e chuta para fora; 19´, Maicon cruza com perigo, zaga tira; 20´, na cobrança de escanteio, árbitro adverte Juan e seu marcador por agarrão; na cobrança, goleiro segura firme; 22´, Lúcio desarma, na categoria, o atacante e toca pro lado na saída de bola pro ataque; na sequência, Maicon apóia e lança Luís Fabiano, mas a bola se perde; 23´, Drogba, depois de matar a bola, no peito, que foge de seu controle, faz falta para impedir contra-ataque; 24´, Luís Fabiano desencanta, ao receber de Kaká, depois de boa triangulação 04 com Robinho, e enche o pé no alto estufando as redes; 26´, Kaká cai pela esquerda e recebe de Luís Fabiano; 27´, escanteio, cobrado por Elano, é rebatido pela zaga; em lance da esquerda sai cruzamento com a bola cabeceada pra lateral; 28´, Lúcio sai ao ataque e bate com o próprio calcanhar na coxa de Tioté, levando a pior; 30´, Tiene recebe amarelo por chegada em Elano; 32´, Michel Bastos apóia e cruza, mas a zaga tira; Luís Fabiano recebe falta no círculo central; 34´, Lúcio sobe ao ataque, fica Gilberto Silva na cobertura; 35´, Brasil aperta marcação com 3 em cima de Tiene; Felipe Mello cede lateral; 36´, Demel cruza para Júlio César abafar no canto esquerdo; 37´, bola toca no braço de Juan; sai contra-ataque; a Costa do Marfim volta a atacar, e Júlio César sai de novo no abafa; 38´, Lúcio desarma, serve Kaká e recebe de volta, mas perde e faz falta na lateral direita; 39´, dois sobem para cabecear com falta em Eboué; 40´, Eboué chuta, a bola desvia na zaga, e juiz não dá escanteio; 42´, Luís Fabiano faz falta m Tiene; 44´, Lançamento de Felipe Melo para Michel Bastos, que ajeita bonito no peito, cruza da esquerda, para a zaga ajeitar de cabeça para o goleiro; 46´, Costa do Marfim vai ao ataque.

Segundo tempo Aos 5 minutos, o gol mais bonito da Copa, até SUDÁFRICA-2010/BRASIL-COSTA DE MARFÍL agora: Luís Fabiano fica com a bola na área, aplica dois chapéus, em Zokora e Tiene, ajeita no peito, domina no chão e bate no canto esquerdo de Barry; 7´, Felipe Melo rifa a bola e tromba com adversário, 8´, Drogba cabeceia com perigo, à esquerda do gol de Júlio César; Gervinho entra no lugar de Dindane; 11´, sequência de passes do meio pra frente, e Elano deixa escapar pra lateral; 12´, Drogba recebe, em impedimento; 13´, Elano atrasa para Lúcio, que rifa a jabulani; Luís Fabiano ainda tenta recuperá-la; 13´, na chegada de Gervinho na área brasileira, dois zagueiros protegem e Júlio César abafa a bola; 14´, em toque de bola pra frente, Elano chuta de longe e erra o alvo; 15´, Juan tenta sair jogando, mas não consegue; 16´, boa tabela Kaká-Robinho-Kaká, que chuta em cima do goleiro; Kaká cai pela esquerda e cruza na medida para Elano só empurrar pras redes; elano2 o meio sai mostrando as caneleiras com nomes de seus filhos – na África do Sul, era Dia dos Pais, e a Costa do Marfim era uma mãe para a seleção de Dunga; 18´, escanteio marfinense, da direita, para a zaga desviar para a lateral oposta; 19´, Elano é atingido na perna direita por Tioté, que deixa a chuteira no brasileiro já caído; as pegadas mais pesadas vão tomar o lugar do que deveria ser fairplay (jogo limpo); 21´, Daniel Alves vem pro jogo, no elano lugar de Elano; 22´, sai Kalou, entra Keita; 23´, Júlio César sai pro abafa nos pés de Eboué; 24´, torcida grita olé, Maicon coloca entre as pernas do marcador e chuta rente à trave esquerda, com a bola ficando na rede do lado de fora; 25´, duelo de Drogba e Lúcio na área acaba em escanteio; 26´, sai Eboué, entra Romaric; Júlio César defende bem chute de longa distância; 27´, Luís Fabiano segura lateral, para não permitir contra-ataque; 28´, Daniel Alves sofre falta de Drogba; Kaká é atingido sem bola, 29´, Keita perde na dividida e deixa a perna em Michel Bastos; 31´, Kaká recebe cartão amarelo por falta em marfinense, que lhe dá o chamado pescoção ao cair com o brasileiro; 32´, troca de passes maravilhosa, a bola vai de pé em pé, com a participação de metade do time brasileiro em toques pra frente; 33´, Gervinho arranca pro ataque, livra-se da marcação, invade a área; cercado por Juan, a bola é recuada, para cruzamento na cabeça de Drogba, livre de marcação, fazer o gol de honra; 35´, Michel Bastos aperta a marcação; 38´, kaka2Drogba segura Lúcio, 39´, Kaká entra na provocação dos marfinenses,  acerta o cotovelo no meio do corpo de um deles, que encena ter sido atingido no rosto; recebe o segundo amarelo e é expulso; 40´, falta em Luís Fabiano, que ao contrário de Kaká, ri da situação e ainda dá um beijinho no agressor; Tioté finalmente recebe cartão amarelo; 45, Robinho acerta Zokora; 46, falta de Drogba em Juan; 47´, sai Robinho, entra Ramires; Zokora acerta Luís Fabiano; o jogo poderia descambar com a falta de pulso do árbitro francês, que resolveu dar apenas 3 minutos de acréscimo. Melhor para todos: atletas, torcedores e para evitar um mal maior.

 

100% Paraguai

image Meu Deus, lá vêm Eslováquia e Paraguai para abrir a segunda rodada do Grupo F. Hoje é domingo, eu poderia acordar um pouco mais tarde e acompanhar a Missa de Aparecida na TV. Minha mãe na certa não aprovaria trocar missa por futebol  - ainda mais que entre os eslovacos deve haver ainda muitos comunistas. Será que serei perdoado? Mas, se Deus é brasileiro, é mais um motivo para a certeza do perdão, né não, Dunga?

Que eslovenos e paraguaios pelo menos jogassem futebol. A chave deles estava embolada com os dois empates na rodada inaugural, pelo mesmo placar, ou seja, todas as 4 seleções absolutamente iguais.

Vladimir Weiss e Gerardo Martino escalaram equipes reforçadas no ataque, o que não deixava de ser promissor. Sestak e Roque Santa Cruz têm poder de finalização apurados, e a pátria de um deles estaria a salvo, com gols, e o futebol também.

 Clipboard02 Aos 3 minutos, Santa Cruz já disse a que veio: recebeu na entrada da área, ajeitou e chutou, mesmo prensado, e a bola assustou o goleiro Mucha; nada a ver com bola (M)urcha!!!

Em todo o primeiro tempo, o Paraguai foi mais time porque não tinha trabalho em sua defesa, armava as jogadas no meio e acionava seus atacantes, conseguindo ao menos faltas que representassem  alguma chance de vencer a muralha eslovaca, pelo alto, mas que romper o ferrolho estava difícil.

Aos 18, Riveros acrescentou a esse arsenal seu chute de longe, para boa defesa de Mucha, no chão. Foi um raro  momento de defesa aberta no miolo da área eslovaca. Aos 28, Vera - o motor do time - completou lançamento curto e chutou, entre dois  marcadores, com categoria, à direita do goleiro: 1 a 0.   

O argentino Martino conversou com Santa Cruz, na lateral do campo. Pelo jeito, queria mais da equipe e sabia ter encontrado o melhor caminho para romper de vez a retranca eslovaca.

Só aos 35, uma raridade: a Eslováquia no ataque conseguiu cobrança de falta a seu favor.  E já aos 38, em troca rápida de passes, Santa Cruz chutou fraco, pressionado por um zagueiro. O Paraguai variava, então, suas jogadas de ataque pela sua direita e poderia ter ido para os vestiários com o placar ampliado.  

Clipboard03 O segundo tempo começou como repeteco da etapa anterior e foi assim até os acréscimos. Passados 10 minutos, a Eslováquia se tocou que time de futebol tem de contar com defesa, meio de campo e... ataque. Ficou na intenção, como ao descer pela direita com Sestak (olha ele aí, gente!), que, ousado, invadiu a área guarani e esbarrou na marcação dupla. Kozäk também se esforçou para ajudar a sua equipe a sair do 0 no placar.

O jogo ganhou em movimentação, não necessariamente emoção. Quando ia pra cima. o Paraguai era mais incisivo por contar com até 4 jogadores em condições de finalizar as jogadas.

Aos 17, em escanteio, a Eslováquia bem que tentou: bola da esquerda foi parar lá do outro lado, rente à lateral, e Weiss se atrapalhou todo para recuperá-la. Por pouco não catou cavaco.

Aos 20, aconteceu lance claro e perigoso para Santa Cruz, quando ia pela direita e foi pego por trás na parte baixa da canela. Baixaria foi o árbitro Eddy Maillet, de Sychelles, não ter dado falta. Dois minutos depois, foi a vez de Valdez infernizar a vida de dois marcadores que, como chacais, iam nas pernas do jogador paraguaio, não na bola.

A tônica da partida não mudava: paraguaios criando situações de gol, eslovacos só se defendendo e, raramente, tentando alguma coisa de positivo na frente. A Eslováquia, neste domingo, esteve ridícula - saudades da Tcheca?!

Já o Paraguai esteve 100% à frente dos adversários e chegou Paraguaios celebram o segundo gol, marcado por Riverosà liderança do Grupo F, que ainda dependia do que iria acontecer, logo mais, entre Nova Zelândia e Itália. Riveros marcou o segundo paraguaio, aos 41, pela esquerda do ataque, ao acertar o chamado foguetaço em meio a 4 eslovacos. Era a conclusão de uma cobrança de fala, da esquerda, com a bola ajeitada de cabeça até chegar aos pés do meia. A jabulani foi pras redes, no alto, à esquerda de Mucha.

Só nos acréscimos, alguém resolveu experimentar Villar, no gol paraguaio. O chute saiu forte e com endereço certo, mas ainda sem ter trabalhado, o goleiro desviou firme para escanteio. Estava liquidada a fatura.

 

Estádio que é o bicho!

Clipboard06 Nova Zelândia e Itália tinham de se virar para alcançar a vitória e, pelo menos, empatar com o Paraguai na liderança do Grupo F. O jogo, no Mbombela Stadium, em Nelspruit, teve a azzurra com a mesma formação da rodada de estréia, apenas com a ausência de Buffon, que não joga mais na Copa, e de Pirlo, em recuperação.

Mas foi a Nova Zelândia que saiu pro ataque, e deu para ver claramente na telinha que as duas linhas de 4 na marcação italiana seriam a constante no jogo. Aos 4 minutos, Zambrotta levou um trompaço no escutador de ópera, mas logo se refez do atentado à música erudita. A Itália tem no lateral direito um dos mais vibrantes (epa!) jogadores: defende, apóia e ataca como poucos.

Mas foi pelo seu lado que veio a surpresa neozelandesa: bola alçada na área, Cannavarro errou feio na cobertura e deixou Smelts livre para vencer Marchetti. Essa jabulani nem Buffon segurava.

Abusada, a Nova Zelândia começou a tocar a bola, na sua defesa, - a Itália que viesse tomá-la. Senza perdere la pazienza, os azzurri trabalhavam a redonda com calma, estudando a melhor maneira de organizar-se para atacar.

Zambrotta recebeu cartão amarelo  por reclamação. Teria o tapão na orelha afetado os neurônios do lateral? Quem aplicava as duas linhas de 4 na marcação perto da área, agora, eram os neozelandeses. O italianos experimentavam de seu próprio veneno.

Clipboard10

Aos 19, Killen deixou o cotovelo na dita boca-de-estômago de Cannavarro, em disputa de bola no alto. O capitão da azzurra, no chão, custou a puxar o ar, na boa.

Aos 21, Zambrotta, agora refeito dos xiliques, avançou e chutou a jabulani, com gosto, que passou perto do gol defendido por Paston.

Aos 22, Chiellini experimentou também a força do braço do serial Killen, que já tinha levado amarelo. Os italianos queriam que fosse dado o segundo, mais o vermelho, para quem sabe com um jogador a mais poderem dar o troco, na bola, e empatar a peleja.

A sequência de ataques italianos foi algo dramático, com Montolino, De Rossi, Iaquinta, até De Rossi sofrer pênalti de Smith, que recebeu o amarelo. Iaquinta bateu com precisão no canto esquerdo à meia altura, e o goleiro pulou pro lado   direito.              

A insistência italiana em jogadas de ataque resultava em escanteios sucessivos, que chegariam a 13 até o final da partida. O gol de Iaquinta fez a Itália distribuir melhor as suas jogadas, ora pela esquerda ora pela direita do seu ataque, mas a insistência no jogo aéreo prevalecia sobre qualquer tentativa de um lance individual.

Zambrotta continuava incansável e até chapéu deu num marcador, antes de conclui a gol, enquanto De Rossi se desculpava por tentar chutar de longe.

Aí veio o sClipboard07egundo tempo, e o tudo ou nada seria o que cada equipe poderia fazer, para se safar de empate que não interessava a nenhuma delas. A Itália fez o possível e o impossível para ganhar o jogo e, assim, pelo menos empatar na classificação do grupo com o Paraguai. Se pudesse golear, então, melhor porque o saldo de gols, nessa altura, é fundamental.

Lippi fez as suas três alterações, em clara opção pelo ataque com todas as forças disponíveis da defesa aos homens de frente, passando pelos meias. Camoranesi se destacou pelas tentativas, ao lado de De Rossi. Mas, do lado neozelandês, o que se vu também foi inconformismo com o resultado.

Nada muito alentador, porém, como na subida de Bertos, pela direita, que até meia-lua aplicou em seu marcador, mas o máximo que conseguiu foi a cobrança de lateral. Ricky Herbert só fez as suas mudanças depois de Lippi ter completado as suas. Clipboard09

Aos 17, a zaga italiana deu um presente a Zabavnik em rebote malfeito. O chute saiu à esquerda de Marchetti e, por pouco, a Itália não foi surpreendida de novo.

Os neozelandeses souberam segurar o ímpeto da atual campeã do mundo, sabendo até mesmo dosar as mudanças, para colocar jogadores descansados à medida que o desgaste dos italianos aumentava.

Um dos últimos lances de perigo foi de Camoranesi, que chutou de longe, obrigando Paston a espalmar com estilo. Mesmo nos acréscimos a Nova Zelândia ainda tinha uma substituição a fazer. Entrou Barron, pra barrar de vez as pretensões italianas de vitória na parida. Na rodada final, o drama continua para os azzurri, mais do que para os neozelandeses.

O estádio zebrado, pelo visto, assustou os italianos diante de um time que traz no uniforme as cores da zebra, ainda mais com um raminho no escudo - só pode ser de esperança. Lippi e seus comandados insistiram em jogar nas alturas, quem sabe inspirados pelas girafas estilizadas que formam as colunas de sustentação do Mbombela.

 Tiagote

Definitivamente, esse estádio é o bicho!   

 

image

Primeiro, o que é seleção

Ao questionar, no sábado (19), se no Brasil o nível de conhecimento sobre futebol acompanha a evolução do esporte no mundo, Dunga falou, entre outros aspectos, que tática é uma coisa e sistema é outra coisa. E eu que não sabia e não sei distinguir bem um conceito do outro.

Mas o conceito que deve vir antes de todos, convenhamos, é o de seleção, que significa escolher os melhores. Já pensou a gente ir ao sacolão, à feira, ao super ou minimercado, gastar um tempão para escolher, sei lá, laranjas, e ainda levar pra casa umas perebentas? Ninguém merece!  

"Técnico-editor"

Assino embaixo: "Você, Dunga, é quem deve pedir desculpas" é o título da camilo nota do editor-executivo de Lance, cuja íntegra é a seguinte: "Era só o que faltava. Dunga fecha os treinos e ainda se irrita com os jornalistas que procuram fazer o seu dever: o de informar. E se irrita ainda mais com a divulgação da mudança do time, constatada no treino por fotos publicadas ontem (19) pela LANCE!, que mostram Josué no time titular. E se não bastasse, ainda pede para a imprensa se desculpar. Desculpas por que, ô cara pálida? Por fazer o nosso trabalho? Quem deve pedir desculpas é você, Dunga, pelo péssimo futebol apresentado na estréia. E vamos deixar uma coisa bem clara: sua função é treinar a Seleção. E nossa função é informar e analisar com isenção e independência".

Murro nas lamentações

Antes as lamentações pela perda de Buffon e Pirlo, o técnico Marcello Lippi foi incisivo: "A pior coisa que o time pode fazer é chorar por suas ausências. Temos de acreditar, e essa confiança vai transformar-se em gols". Isso, antes da partida com a Nova Zelândia. Vai saber o que pensa agora.

Descobertos, afinal

O confronto Itália X Nova Zelândia, pelo menos, serviu para que eu tirasse uma dúvida de infância (não sei como não me traumatizou): Dois Bertos, irmão caçula de Hum Berto, mora na Nova Zelândia. Só pode ser o número 11 deles. E, nas horas vagas, deve criar diabos-da-tazmânia. Tá na cara!

Costa larga

"Deus é o único que manda nesse momento e ele não quis." Assim Eto´o procurou justificar a eliminação de Camarões da Copa. O craque camaronense, ao se dizer na maior desilusão de sua carreira, avaliou: "A aventura acaba em cinco dias com muitas lamentações, mas dei tudo o que podia das minhas pernas e do meu coração". E adiantou: "Temos que terminar de maneira digna, principalmente, para o povo camaronês, mesmo sendo difícil", referindo-se ao último compromisso da sua equipe em gramado sul-africano diante da já classificada Holanda, no dia 24.

Vergonha na cara

"O vestiário estava tão silencioso que seria possível ouvir um alfinete caindo no chão. Os jogadores estavampires de cabeça baixa. Pareciam bastante envergonhados" (depois do empate com a Argélia). Segundo o Sunday Mirror, jornal inglês, este era o clima pós-jogo entre Rooney & Cia, visto por Pavlos Joseph,  torcedor. Como Pavlos foi parar lá me intriga porque ele estaria apenas procurando um banheiro e teria sido mal orientado por um segurança, de acordo com sua entrevista ao jornal.

Diante de um surpreso Beckham, Pavlos teria afirmado, "olhando nos olhos" do jogador que acompanha a delegação: "David, gastamos muito dinheiro para vir até aqui. Isto é uma vergonha. O que vocês vão fazer a respeito?".

Um alerta para o Brasil, que organiza a Copa de 2014, quanto a segurança. E outro para os soldados de Dunga, sobre atitude diante de um mau resultado.

 

Por hoje, é isso.
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Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

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