Solidários leitores, apesar de Dunga e seus soldados, a Copa do Mundo Fifa 2010 África do Sul teve final feliz, certamente, para os cofres da vetusta entidade e suas filiadas que estiveram no evento maior do futebol. Não deixa de ser feliz também para quem acompanha e curte futebol, não apenas quando tem Copa do Mundo (nada contra) porque a seleção canarinho não foi alcançada pela azzurra em número de títulos nem viu a germânica morder-lhe os calcanhares com a conquista de mais um caneco. Mesmo porque alemão gosta mesmo é das canecas de chopazzz. Já já a Oktoberfest começa, e tudo acaba bem, tirando uma ou outra ressaca. O nível técnico desta Copa não foi lá essas coisas; a média de gols por jogo, também. A artilharia continua naqueles minguados 5, 6 gols. E as decepções? Ah, sim, essas, do lado de jogadores mais ou menos sarados, mas todos multimilionários, foram sentidas. Messi, Cristiano Runaldo, Rooney, Kaká (a pronúncia sem acento lhe cai melhor ultimamente), inscritos na galeria dos melhores do mundo, tiveram atuação pífia. Poderiam dar-se as mãos (sem pô-las pelos pés) e formar a banda de pífios da África do Sul.
Dizem que a Fúria quer ser mais conhecida por roja, para honrar o vermelho das cores oficiais da seleção espanhola. Pois finalmente a Copa é vermelha: depois de 116 minutos de bola rolando (?!), a Espanha venceu a Holanda por 1 a 0 no segundo tempo da prorrogação e conquistou o seu primeiro Mundial de Futebol. Os holandeses mantiveram a fama de vices, ao ficar em segundo lugar pela terceira vez. Vermelho de vergonha teria de ficar o árbitro inglês, Howard Webb, que errou demais na partida. Cito apenas dois dos lances, a meu ver, cabais. Ao não expulsar De Jong, por acertar as travas da chuteira, com tudo, no peito de Xabi Alonso. Só tomou amarelo. E por não ter expulsado Iniesta, autor do gol do título, quando em lance anterior ao do arremate decisivo, pegou Van Bommel (outro que poderia ter levado cartão vermelho) sem bola, e o 6 espanhol já tinha cartão amarelo. O próprio lance que deu origem ao gol do título começou de uma jogada da área espanhola pro ataque, quando deveria ter sido cobrado escanteio, claro, em falta cobrada por Sneijder com a bola desviando na barreira. Paro por aqui porque, pela campanha em toda a Copa, a Holanda se dera melhor em campo. Pena que no domingo (11) perdeu a cabeça e a categoria de um Robben, que em duas chances, poderia ter decidido a partida a favor dos holandeses. Nas duas vacilou, e Casillas defendeu, bem colocado, uma delas com a pontinha do pé direito. Se eu votasse, acompanharia os que escolheram Forlán como o melhor jogador da Copa, pelo que fez em todas as partidas que jogou e pelo golaço de sábado, na definição do terceiro e quarto lugares. Se a Copa é vermelha, com méritos discutíveis, a laranja amarelou de novo e azedou de vez. Pelo menos até a próxima Copa. A briga de Espanha e Holanda, no domingo (11), se restringiu ao gramado em que as modernas armadas de uma e de outra seleção, sob o comando de Bert Van Marwijk e Vicente Del Bosque, esgrimiram menos técnica e mais tática a caminho do gol. As faltas, algumas delas de extrema violência, mereceriam punição mais rigorosa do árbitro. As duas seleções deveriam ter aprendido a lição, expressa em poema da saudosa Leila Diniz, musicado por Milton Nascimento e Chico Buarque, “O Mar”, que reproduzimos em boa hora: “Brigam Espanha e Holanda/pelos direitos do mar/O mar é das gaivotas/ que nele sabem voar/O mar é das gaivotas/e de quem sabe navegar./Brigam Espanha e Holanda /pelos direitos do mar/Brigam Espanha e Holanda/porque não sabem que o mar/é de quem o sabe amar”.
Terceiro lugar pela quarta vez A Alemanha celebrou a conquista do 3º. lugar na Copa, feito que conseguiu pela quarta vez nas 18 edições da competição. O Uruguai, na África do Sul, alcançou uma colocação, a 4ª., da qual desde 1970 não chegava nem perto. Ambas as seleções estão merecidamente entre as quatro melhores do principal evento mundial do futebol. Deu gosto ver que uruguaios e alemães – estes com uma equipe modificada nos setores-chave – disputaram a partida de sábado (10) como se fosse a final da Copa. O jogo, que teve começo tumultuado por dois cartões amarelos, antes dos 10 primeiros minutos, logo se firmou por jogadas francas, ambas as equipes buscando o gol, como prova o resultado de 3 a 2, favorável aos germânicos. Méritos também para os goleadores Müller e Forlán, que chegaram ao 5º. gol cada, na competição, e se igualaram a Villa e Sneijder na artilharia. O uruguaio, com um golaço de voleio, enganando o goleiro e colocando a jabulani em seu canto esquerdo. O gol do camisa 10 foi o da virada no placar. Os outros gols foram de Cavani (empate de 1 a 1), Jansen (empate de 2 a 2) e Khedira, o gol da (re)virada alemã. Os dois defensores alemães superaram a zaga e o goleiro uruguaios em cabeceios. Muslera não esteve num dia particularmente feliz. No primeiro gol alemão, o de Müller, o goleiro bateu roupa no chute de Schweinsteiger. A Alemanha confirmou que é uma Equipe de Futebol, valorizando o conjunto de seus atletas e comissão técnica, o que se nota em atitudes a exemplo da foto do álbum de figurinhas, em que todos posaram para a foto. Foi a única seleção a ter esse cuidado. E agora a atitude repetiu-se ao receber a medalha de bronze: todos estiveram no campo para as fotos. Espanha, uma ova!
Quanta diferença!
Palavra do Kaiser
Pontapé inicial foi dado
“Non ducor, duco”
Vida de goleiro é moleza...
É isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br fotos: aft, reuters charges: mario alberto, sinfronio |
11 de julho de 2010
FINAL FELIZ, APESAR DE DUNGA!
8 de julho de 2010
Campanha pra salvar o Cine Belas Artes
O público frequentador de cinema de São Paulo, conhece bem as salas do Belas Artes. Quase na esquina da Paulista com a Consolação, as cinco salas são umas das últimas remanescentes das salas de rua, longe dos shoppings e seus mega cinemas. Além disso, as salas do Belas Artes sempre primaram pela alta qualidade de seus filmes e por fugir do lugar comum. Para manter esse charmoso espaço em funcionamento, reunimos blogs e sites de cinema em torno de uma causa: Salvar o Belas Artes. Para isso, após a divulgação desse primeiro conteúdo, iremos apoiar as causas já existentes. A primeira delas, o Patrocine o Cinema Belas Artes, no ar desde maio, e as demais iniciativas que surgirem. Conhece alguma empresa que poderia se interessar em patrocinar? Manda um e-mail pra gente (andre@saladadecinema.com.br) que encaminhamos para o André Sturm, proprietário do cinema. O importante é ajudar. Quem está dentro? |
via: cine pipoca cult
7 de julho de 2010
COPA 2014 AO ALCANCE DE TODOS
Hexactínios leitores, me desculpem a pretensão, mas deixo aqui o convite pra que cada um se desdobre – à maneira dos seres dotados de tentáculos em múltiplos de seis –, na medida do possível, para que a Copa de 2014 se realize de modo a causar inveja a todos os que já tiveram a oportunidade de ser um dia país-sede da competição. Nada que nos faça esquecer das prioridades que realmente interessam. Como bem disse o senador Cristovam Buarque, "Brasil ficou entre 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste. Mas é o 85º em educação e não há tristeza". Esta, pra mim, é A Frase da Copa, Cozinha, Sala, Banheiro, Varanda, Quarto, Gabinetes refrigerados das autoridades..., do senador Cristovam Buarque, enviada por Renato Bellucci. Mas, dizia, evento da envergadura de uma Copa do Mundo só tivemos em 1950, quando muitos de nós nem éramos nascidos ou ainda éramos muito crianças. Perto de um hexactínio, o polvo Paul (que acerta tão bem palpites dos jogos que envolvem a Alemanha que até cravou na Espanha, nesta quarta) é fichinha. A essa altura ou entrou numa paella ou irá pro Museu do Prado, em Madri. Em 2006 a Alemanha se orgulhou de ter realizado a Copa mais organizada do mundo; ainda não saiu a autoavaliação da África do Sul, mas quem sabe poderia ser a Copa mais alegre, colorida e dançante da história. Por que não fazermos da nossa a mistura de todas essas características levadas ao grau máximo? Podemos botar pra quebrar em criatividade, empenho, hospitalidade, cobrança dos responsáveis mais diretos pela realização do evento. Quem sabe fazer valer o mote “brasileiro profissão esperança”: de dias melhores, dos quais a Copa do Mundo pode significar o início da sua efetivação.
Cultura do futebol é história Nesta coluna já saiu, mais de uma vez, que futebol também é cultura. E a cultura do futebol é história. Que o diga a Alemanha. O jornalista Franklin Foer, citado no Lance por Valdomiro Neto, deixou claro em livro, escrito em 2005, que o futebol “muitas vezes explica o mundo”. Que, por sinal, é quase o título da obra do editor sênior da New Republic: Como o futebol explica o mundo, da Editora Jorge Zahar. A supremacia da raça ariana, apregoada pelos nazistas que invadiram a Polônia dos antepassados de Miroslav Klose, custou a ser superada, mas o foi. Hoje, a Alemanha é “uma negação (do abominável passado) que o atacante muito bem personifica”, escreve Valdomiro. Além de Klose, na seleção de Joachim Löw, há outros dois poloneses, dois descendentes de turcos, três africanos e o brasileiro Cacau. Ou seja, a seleção germânica “bebe da mesma água que o país já bebe... é o futebol que a cada dia nos dá aulas de história”, avalia Valdomiro. Assino embaixo e dou fé!
No campo não é diferente Alemanha e Espanha escreveram no Moses Mabhida, em Durban, mais uma página da história das Copas, nesta quarta (7), confirmando o favoritismo com que as duas seleções chegaram à África do Sul, para ser uma das finalistas. Com a Holanda já classificada, teremos no domingo, pela primeira vez, uma equipe européia campeã do mundo fora de seu próprio continente. Vicente Del Bosque ousou mais que Joachim Löw, ao vir pro jogo com Pedro, 22 anos (revelação que, no Barcelona, barrou ninguém menos do que Henry), no lugar de Torres. Juventude por juventude, porém, os alemães já mostraram do que são capazes até aqui na competição: Özil, 21, e Müller, 20, contribuem para tornar a média de idade da seleção a menor da história da Alemanha em suas 17 participações em Copas. E, mais do que isso, são jogadores que sobressaíram pela técnica e pela objetividade. Pena que Müller, suspenso, não tivesse condições de jogo neste confronto. Nome de goleador ele tem; e futebol para isso também. O primeiro tempo da segunda partida das semifinais foi de equilíbrio matemático, em chances de gol criadas, nenhuma delas, porém, que representasse real perigo para umas das metas. Piqué, Pedro, Capdevilla deram logo o ar de sua arte, com 2 minutos de jogo, mas o cruzamento saiu sem precisão. Villa, perigoso como sempre, recebeu passe açucarado de Pedro, mas Neuer saiu bem no abafa. Aí estávamos nos 6. Aos 9, foi a vez de Schweinsteiger lançar Kolse e, mesmo com a bola muito veloz, o atacante deu trabalho para Piqué, que teve de tocar de lado, meio sem jeito, para Casillas, Na minha contagem visumanual, foram oito lances para cada lado nesse mesmo diapasão. Os espanhóis criavam um pouco mais que os alemães porque têm toque de bola mais refinado, e enervante; já a zaga alemã marcava muito bem, na bola, cercando quem estivesse em condições de concluir a jogada. Depois de 46 minutos de muito empenho técnico-tático, faltava o desempenho que fizesse alguém botar a jabulani pras redes, que é onde ela gosta de dormir tranquila. Coitada! Apanhou muito durante a Copa, não neste jogo. A Espanha voltou para o jogo com muito mais disposição ofensiva, a ponto de botar a seleção alemã na roda em pelo menos 20 minutos corridos, por assim dizer. Özil me pareceu muito apagado ou teria sido muito bem marcado. Para cada 10 lances de ataque espanhol, se teve 1 dos tedescos, foi muito. Pedro joga bem, mas é meio fominha. Para 2014, estará em ponto de bala, certamente. Iniesta e Capdevilla fizeram os diabos pela direita; Xavi e Iniesta não deixaram por menos à esquerda. O bonito da partida foi que tivemos o tal jogo jogado, até que Puyol pescou o lambari numa cobrança de escanteio, da esquerda, antecipando-se e cabeceando a bola no canto esquerdo de Neuer, que ainda tentou segurar o peixe, digo, a jabulani, pelo rabo. Não deu dessa vez. Aos 27, a Espanha fez o gol que a colocaria na final, inédita para ela própria, e inédita também no confronto com a Holanda. Uns 4 minutos antes, para não dizer que nenhuma chance de gol foi criada pela Alemanha, Kroos, que substituíra Trochowski, recebeu de Podolski e chutou, de chapa, obrigando Casillas a espalmar no seu canto esquerdo. Aos 36, porém, a Espanha teve a chance de ampliar para 2 a 0 e liquidar de vez a fatura. Pedro quis ar aquele drible a mais e teve de ficar o resto do tempo se desculpando com Torres, que havia entrado no lugar de Villa exatamente para manter o poder de fogo da Fúria. Teve ainda um lance que representa bem a vontade de ir pro jogo. Aos 47, Puyol, que jogou muito nesta partida, ao recuperar uma bola, na lateral do campo espanhol, em vez de mandar pro “mato”, preferiu chutar pra frente. Será que a Fúria despertou de vez? A resposta está com os laranjas, no domingo. Frases pós-Copa
Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br fotos: aft, reuters charges: frank, juniao |
QUE TAL VALORIZAR OS CLUBES?
Hexatônitos* leitores, sem ufanismo, nacionalismo ou xenofobismo – mesmo porque nem é a hora para isso -, insisto: quando teremos no Brasil um técnico da Seleção de Futebol capaz de convocar jogadores atuantes em equipes no País? Que a legião estrangeira fique integralmente dedicada a seus clubes, espalhados pelo mundo inteiro. A Alemanha, por exemplo, às vésperas de poder chegar a seu 4º. título mundial e, ainda por cima, ficar com o maior goleador de todas as Copas, Klose, é 100% alemã nos 23 jogadores e no técnico Joachim Löw, à frente da seleção desde 2006. O índice de estreantes no elenco também é expressivo, a começar do técnico. O elemento-surpresa fica, por isso, reforçado. Por mais que o futebol seja globalizado, e os times se exponham aos adversários em potencial. A Espanha, que enfrenta a Alemanha no jogo semifinal desta quarta (7), é uma das seleções que mais jogadores tem no elenco atuantes em equipes no seu próprio país. Ou seja, uma das finalistas da Copa será seleção fortemente nacional; não estrangeira. O índice de estreantes na equipe espanhola é menor do que o do time germânico, porém a média de idade de seus jogadores é uma das mais baixas na Copa. A maioria deles nasceu entre a segunda metade dos anos 1980 e o início dos anos 1990. Apenas dois – Puyol e Capdevilla - são de 1978.
Cérebro bate a raça Na primeira semifinal, disputada no Green Point, na Cidade do Cabo, o jogo cerebral dos holandeses foi capaz de conter a decantada raça uruguaia. A lamentar que a arbitragem erre em lances decisivos numa partida como esta. Foi 3 a 1, com gols de Bronckhorst, Forlán, Sneijder e Robben. A Holanda, depois de 32 anos, está na terceira final de Copa do Mundo; nesta quarta-feira fica sabendo se terá pela frente a seleção alemã, como em 1974, ou se haverá uma decisão de Copa inédita entre Holanda e Espanha. O jogo começou muito estudado, o que não seria de estranhar numa partida tão decisiva como a que define quem passa à final da Copa. Item em que os holandeses já saem levando vantagem por saberem, como poucos, tocar a bola e cuidar da marcação em sua defesa, à espera da oportunidade do contra-ataque. Aos 3 minutos, na primeira estocada de Robben pela direita, Muslera rebateu a bola, que sobrou para Kuyt chutar por cima do gol. Aos 9, perigo de gol na área uruguaia em dois cruzamentos seguidos de Kuyt por causa da espirrada de taco de Cáceres. Por aí se via que a ausência de Lugano seria muito sentida na zaga. Aos 16, Van Persie roubou a bola na linha lateral, pela esquerda, entrou na área e Arevalo afastou o perigo. O Uruguai ainda não havia conseguido chegar uma só vez com real chance de gol ao campo holandês. Aos 18, Bronckhorst mandou o canudo, de esquerda, no ângulo esquerdo de Muslera, depois de muita troca de passes e movimentação no ataque holandês, tanto que Robben jogava pela esquerda na hora do gol que abriu o placar: 1 a 0. A Holanda passou a ganhar tempo, sem vergonha de recuar a bola até o seu goleiro, pra novas tentativas de armar jogadas. A bola não chegava a Forlán, que poderia decidir o jogo pros uruguaios. Numa das poucas vezes em que a celeste poderia ter ameaçado a meta de Setekelenburg, Boulahrouz deu o bote e roubou a bola de Forlán, na marca do pênalti, em inusitada cobertura de lateral sobre a zaga. O Uruguai ainda chegou com Cavani, pela direita, que foi bem à linha de fundo, mas demorou para cruzar; quando o fez, mandou na zaga. A Holanda, toda recuada, esperava o momento de ir para o contra-ataque. Aí a bola chegou, finalmente, a Forlán, como o meia uruguaio gosta. Ele recebeu de costas pro gol, aos 37, fez o giro, se livrou de leve da marcação e chutou de esquerda por cima de Stekelenburg, adiantado: 1 a 1. A raça uruguaia reacendeu por alguns minutos: Cavani sofreu falta, que Forlán cobrou no canto esquerdo para defesa tranquila do goleiro holandês. Seria o suficiente para, em outras circunstâncias,incendiar a partida no segundo tempo. Logo aos 5, por pouco Maxi Pereira não marcou o segundo da celeste. Em recuo de bola malfeito, Stekelenburg dividiu errado, e na sobra o lateral uruguaio mandou por cima. A jabulani só não morreu nas redes holandesas porque Bronckhorst tirou-a do caminho do gol, com goleiro e zaga completamente vencidos. Os uruguaios haviam conseguido se impor em campo, com aguçado sentido de marcação, melhor distribuição de seus jogadores nos espaços estratégicos, e os laranjas continuaram no mesmo jogo cerebral que os caracteriza, esperando o momento certo para dar o bote. A sua zaga chegou, porém, a comprometer em mais duas vezes, praticamente seguidas. Forlán e Cavani se movimentavam melhor no ataque e contavam com a chegada mais efetiva de Gargano. Aos 22, Forlán obrigou Stekelenburg a fazer boa defesa, em chute rasteiro de falta cobrada com precisão no canto direito. Até onde iria o melhor momento do Uruguai? A resposta veio de Sneijder, que aos 25 bateu cruzado e colocado, a bola ainda desviou de leve na zaga, com Van Persie em impedimento pelo miolo da área uruguaia, e foi morrer no canto esquerdo de Muslera. Com 2 a 1, o jogo ficou mais ao estilo que a Holanda adora. Seus jogadores voltaram com mais insistência aos toques de bola, a movimentação deles era rápida do meio pra frente, e aos 29 Robben fez um belo gol de cabeça, ao apenas escorar, preciso, no canto esquerdo do goleiro uruguaio o cruzamento de Kuyt na medida. Com 3 a 1 a fatura poderia estar liquidada, não fosse o Uruguai o adversário. Loco Abreu entrou no lugar de Alvaro Pereira, numa demonstração clara de Óscar Tabárez que seus comandados não abririam mão do ataque, em que isso implicasse descuidar da retaguarda. Numa das jogadas de ataque da Holanda, Godin, Victorino e Muslera trombaram para impedir que boa jogada de Robben resultasse no quarto gol. Pouco depois, o 11 holandês recebeu presente da zaga, entrou com a bola dominada e talvez por falta de perna ou por preciosismo, mandou a bola nas mãos do goleiro, ao tentar um toque de leve na redonda. Jogo ganho, a Holanda poderia comemorar, certo? Errado! Ainda mais que Forlán, a esperança de gols havia deixado o campo para a entrada de Fernández. Pois foi ele quem sofreu falta de Van Bommel. Na cobrança, em passe curto para Maxi Pereira, o lateral avançou e mandou, preciso, de curva, entre a zaga e o canto direito de Stekelenburg: 3 a 2. Final dramático, digno de um jogo decisivo como este. O árbitro deu 3 minutos de acréscimo, que se prolongaram em quase 5, e aí foi pura pressão da raça celeste sobre os cerebrais laranjas. Estes se defendiam de todas as maneiras, tentavam as ligações diretas pro ataque, onde nem sempre aparecia alguém para concluir. O que fica para a história das Copas é que a Holanda está em mais uma final, com méritos. Se fosse o Uruguai que tivesse conquistado a vaga, também estaria em boas mãos, pés e cabeça. Eu disse cabeça? Mas aí brilhou a de Robben e companhia. Eles sempre voltam
O foca e o que pega pesado
“Em evidência no mundo”
Mais da caixa-preta
Nem no apito
Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br fotos: aft, reuters charges: tacho, dálcio, frank |
No ano 3.000 vai ser assim…
No ano 3000, o barbear sem cremes e spumas | Você comprara roupas automáticas, que se alternam de acordo com as tendências da moda. |
No ano 3000, vc poderá se bronzear em segundos | Sua mochila virá com pernas que serão ativadas assim que colocadas as costas |
No ano 3000, quando você estiver com gripe,vai precisar ficar limpando seu nariz | No ano 3000 será muito mais prático se embelezar. |
No ano 3000, está máquina vai te ajudar a exercitar quando estiver dormindo, | No ano 3000, este boné helicóptero, será mais rápido e prático chegar na escola, e sem correr o risco com a sua bike. |
No ano 3000 você será castigado por cada erro cometido no teclado. | Os atletas do ano 3000 terão tanta grana, que quem vai jogar para eles são seus treinadores. |
No ano 3000 a calça jeans que virá com este sistema de pernas, quando você cansar você pode se sentar em qualquer lugar. | No ano 3000 será possível andar debaixo da água com seu veículo. |
No ano 3000 para economizar gasolina, as escolas irão contratar malabaristas para conduzir os alunos até a escolas, tornando desnecessário o transporte . | No ano 3000, de fato, respeitar a sinalização de trânsito será obrigatório.. |