Vídeo motivacional patrocinado pela Hyundai, estrelado por Nicholas James Vujicic, que conta sua receita para a felicidade, como superar as derrotas em nossa vida. |
14 de junho de 2010
Mensagem de Nick Vujicic e seus pensamentos sobre futebol e a Copa do Mundo.
13 de junho de 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A MERECIDO DESCANSO
Nino Prata Ínclitos leitores, "Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Olha o sambão, aqui é o país do futebol" diz a música de Milton Nascimento e Fernando Brant, cantada por ninguém menos que Elis Regina. Hoje resolvo dar um descanso a nossos bravos soldados de Dunga, mas lembro que o general, em represália à repercussão do entrevero entre Daniel Alves e Júlio Baptista, resolveu fechar o treino de sábado aos jornalistas. Se segredo ganhasse jogo, o time da penitenciária - hoje as temos até de segurança máxima (RSRSRS) - ganhava todas as competições. Bem no domingo, 13, a tabela da Copa começa de lascar: Argélia e Eslovênia se enfrentaram, às 8h30 da madrugada daqui, no Peter Mokaba Stadium, em Polokwane. Acho melhor a gente saber um pouco dessas seleções, com base em informações dos Guias Lance e Placar Copa 2010, antes de entrar no confronto propriamente dito. Duas seleções inexperientes A seleção argelina, 31a. no ranking da Fifa, é a mais francesa das africanas na Copa, com a maioria de seus convocados originários da Europa. Nesta de 2010, completa sua terceira participação no torneio (foi 13a. em 1982 e 22a. em 1986). A Argélia já teve seu Zidane, Djamel, que jogou as Copas de 1982 e 1986 com os africanos. Seu filho famoso, Zinedine - o da cabeçada em Materassi, na final da Copa de 2006 -, defendeu com mestria os bleus. Na África do Sul, agora, o astro francês promete torcer para os argelinos - até que fase? Para o especialista Abdelghani Aichuon, de La Tribune, citado no Guia Lance Copa 2010, "ter conquistado o direito de disputar a Copa do Mundo deu ao povo argelino uma alegria da mesma intensidade de quando a equipe venceu a Copa da África. Só que o grupo em que a Argélia foi sorteado conta com fortes adversários: Inglaterra, Estados Unidos e Eslovênia. A dificuldade fará com que os dedicados jogadores se dediquem ainda mais para fazer ainda mais história pela nossa seleção". A Eslovênia, país do leste europeu, sempre teve autonomia no futebol - mesmo com a criação da Iugoslávia, em 1929, reunindo mais 5 repúblicas (Bósnia-Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro e Sérvia). O esporte foi levado até lá por húngaros e austríacos, em 1900. A Federação Eslovena de Futebol é de 1920, ano em que foi disputado o primeiro campeonato nacional. Dissolvido o bloco socialista das 6 repúblicas iugoslavas, na década de 1980, a Eslovênia tornou-se independente em 25 de junho de 1991, mas antes disso sua seleção estreou vencendo a da Croácia por 1 a 0. De lá para cá, o futebol evoluiu no país, conquistando a preferência popular, reforçada em participações na Eurocopa de 2000, Copa do Mundo de 2002 e agora na de 2010. Tem apenas 2 gols na competição, para a qual se classificou na repescagem nas duas edições. Ocupa o 23o. lugar no ranking da Fifa. No estádio Peter Mokaba, em Polokwane, as duas seleções ficaram no 1 a 0, para a Eslovênia, numa partida em que oportunidades de gol foram criadas com parcimônia e quase sempre em cobranças de falta ou escanteio. O jogo, horroroso, ou melhor, a pelada ficou mais feia ainda aos 31 do primeiro tempo, com a agressão de um argelino, em cotovelada desferida no rosto de um esloveno, em lance sem bola na área adversária. E ficou por isso mesmo; quem viu foi só a câmera - e Blatter ainda se recusa a usar recursos eletrônicos em casos extremos. Pouco depois, Radosavljevic tomou uma bolada na cara, em jogada grotesca de um argelino que tentava tomar-lhe a bola, numa forte pernada pelo alto; quase foi a nocaute. Chute a gol, mesmo, só aos 41 num arremate de Birsa, de fora da área, para espetacular defesa de Chaouchi, espalmando para escanteio. Um dos tantos que resultou em nada. Enquanto tomava um cafezinho caseiro no intervalo, pensava: coitada da jabulani! Nesse confronto de zebras da Copa, só toma coice. Bem que Felipe Melo chegou a comparar a redonda com patricinhas, ou seria mulher de malandro? A síntese do índice de inexperiência dos dois times foi o camisa 9, Ghezzal: entrou no segundo tempo para ajudar a Argélia a mudar a história, vista da tribuna de honra por Zinedine Zidane. Mas, em 4 lances de que participou, recebeu amarelo, no primeiro, por segurar um esloveno pela camisa; não demorou muito, invadiu a área adversária com disposição, subiu alto e a mão dele, mais ainda, ajeitou a bola para a tentativa de arremate. Levou o segundo amarelo e mais o vermelho. Deve ter-se inspirado no uruguaio Lodeiro, que inaugurou a distribuição de cartões vermelhos na competição, em tempo de jogo semelhante. Era o presente que a Eslovênia queria, ao ficar com um jogador a mais. Não demorou, e aos 34, Koren, de fora da área, chutou sem maiores pretensões, a bola indo mansa, e Chaouchi engoliu o segundo frango da Copa. Não tão suculento como o da inauguração da rodada do Grupo C. A Eslovênia agradece a força dos frangueiros de sábado e de domingo, que colocou a sua seleção na liderança. Zebra por zebra, prevaleceu a esverdeada eslovena. Mais duas quase no mesmo nível Eu estava com o pressentimento de que na partida de abertura do Grupo D, logo mais, no Loftus Versfeld Stadium, em Pretória, em outro confronto de europeus do leste e africanos, Sérvia e Gana não acrescentariam muita coisa a favor do futebol e de seus apreciadores. Sérvios e ganeses, 16o. e 32o. no ranking da Fifa, respectivamente, judiaram menos da jabulani. Os africanos, com domínio e toque de bola mais apurados; os europeus do leste privilegiando a força física, sobretudo na marcação. Não que os jogadores de Gana amaciem nas divididas. Aos 18 do primeiro tempo, Zigik recebe cartão amarelo ao parar avanço cadenciado de dois adversários, na esquerda; aos 25, Vorsah também mereceu o dele, ao dar carrinho por trás em atacante sérvio. Na cobrança da falta, os europeus mostraram que também são cerebrais: em jogada bem ensaiada, faltou a técnica para o domínio da bola e o arremate, já na área ganesa. Quatro minutos depois, em cobrança de falta direto pro gol, deram a entender que ainda são versáteis, sobretudo Stankovic e Kolarov, que dividem a responsabilidade por esses arremates. Pantelic, aos 32, avançou bem e conclui mal o chute pela sua esquerda, com a bola indo morrer nas redes, mas pelo lado de fora. A Sérvia variou mais as suas jogadas de ataque, enquanto Gana abusava dos cruzamentos, benfeitos e mal concluídos, quando não rebatidos pela implacável zaga sérvia. Aos 38, Stankovic mandou o chamado míssil e quase complica a vida de Kingson, que defendeu no susto, em dois tempos. No segundo tempo, aos 14, Asamoah devolveu o susto ao time sérvio, quando subiu no 5o. andar em cabeceio que foi triscar na trave, para desespero de Stojkovic. Aí o jogo começou a entrar na fase das substituições, a começar pela Sérvia, mas aos 21 Lukovic pôs vinagre a mais no seu próprio tempero, ao tomar o segundo amarelo e ser expulso. Mesmo assim, foram da Sérvia as três chances de gol, a partir dos 33, em que Kingson salvou a pátria ganesa em duas defesas precisas: a primeira em chute à queima roupa e, na segunda, ao desviar cruzamento da esquerda do ataque sérvio. Aos 36, em mais um arremate, este de fora da área, Kingson desviou de ponta de dedos por cima do travessão. O goleiro ainda iniciava os contra-ataques, rápidos. Não bastasse estar com um jogador a menos, a Sérvia viu Kuzmanovic fazer pênalti, aos 37, ao desviar com a mão cruzamento perigoso, na sua área. Ainda bem que o juiz argentino viu o lance irregular também. Gyan bateu forte, no alto do canto à direita do goleiro, e converteu o primeiro pênalti da Copa em um bom resultado para as pretensões ganesas. Restou aos sérvios irem ao ataque, como desse, e propiciarem mais contra-ataques de Gana. Num deles, a conclusão do ataque africano foi perigosa, com a bola passando rente à trave esquerda de Stojkovic, ainda não refeito do gol que tinha sofrido; no lance o juiz deu amarelo ao jogador de Gana, por entender erradamente que ele havia matado a bola com a mão. Foi mais no grito dos sérvios, que deram uma de bandeirinha. Aos 46, Gyan assustou de novo a zaga sérvia, ao dominar bem a bola e chutar cruzado: caprichosamente a jabulani, cansada de receber críticas injustas, ou ser maltratada em campo, bateu na trave e voltou pro campo de jogo. Não havia mais tempo pra nada, a não ser aguardar a comemoração, como se fosse de título, tanto dos jogadores africanos quanto da colorida e ritmada torcida ganesa. Chucrutes salvam o domingo Jô Soares costuma dizer, e pelo jeito tem comentarista esportivo que concorda com ele, que "os alemães são aquele povo que joga algo parecido com futebol". Se isso for verdade, está errado o futebol, não a Alemanha, que neste domingo (13) aplicou a primeira goleada da Copa, ao bater a Austrália por 4 a 0, em Durban. Finalmente, uma cidade que dá o próprio nome ao estádio. Belíssimas imagens chegam até nós tanto do estádio como da cidade portuária. Pelas praias e até por ser chamada de cidade dos 365 dias de verão, ali os australianos deveriam sentir-se à vontade. Mas quem ditou o ritmo do jogo foram os alemães. Os gols saíram com naturalidade, de Podolski, Klose, Müller e Cacau -, nascidos de jogadas rápidas e passes precisos. Müller, uma das apostas do técnico Joachim Löw, assim como Özil, Martin, Cacau (este brasileiro, nascido em Santo André, no ABC Paulista), entre outras jovens revelações, formam com os experientes Klose, Lahm, Schweinsteiger, Mertesacker (Galvão Bueno chamou o becão de tudo, menos do jeito que tem de ser, com todas as letras no lugar certo) uma seleção que, mais uma vez, pode brigar pelo título. Não é por acaso que a Alemanha, em 17 edições da competição, é tricampeã do mundo, em 7 finais das quais participou, sediou duas Copas, tem o segundo maior artilheiro daa Copas (Gerd Müller) e briga para superar, nesta, a marca de 15 gols de Ronaldo Fenômeno. Façanha para a qual Klose deu o primeiro passo ontem, ao marcar um dos 4 da goleada. Só não gostei do que li, como saído da boca do técnico alemão: "Eu quero que a gente consiga humilhar os adversários. Tenho a consciência tranquila de que fizemos até agora tudo o que deveríamos ter feito". Até agora, mesmo!!! Não há por que humilhar alguém, nhô Quim! Onde iria parar o flairplay? Basta jogar futebol, à maneira tedesca, pelo que vi neste jogo aprimorada a ponto de a Austrália não ameaçar a meta de Neuer, ter Cahill expulso por entrada violenta em Schweinsteiger (o primeiro cartão vermelho desta Copa aplicado, de cara, sem necessidade de advertência com o amarelo), além de ficar com outros quatro jogadores amarelados. Enquanto isso, sua seleção se deu ao luxo de estar no final da partida com 4 atacantes, como se quisesse ampliar o marcador. Pelo cartão de visitas, a estréia alemã no segundo jogo do Grupo D deve ser motivo de análise dos adversários imediatos e dos que podem cruzar o caminho dos selecionados da Bundesliga - todos jogam em times alemães e têm a menor média de idade de todas as 17 seleções da Alemanha que estiveram em Copas. Quando será que teremos, no Brasil, um técnico corajoso ao ponto de formar uma seleção canarinho só de jogadores brasileiros, atuando em equipes daqui? Frases da Copa "A cerimônia de abertura da Copa rolando, e a Globo passando Ana Maria Braga. a vovózela" (Twitter @microcontos-toscos) "Quis prestar uma homenagem aos brasileiros. Tenho certeza de que vocês serão campeões." (Matk Hovy, funcionário público sul-africano que criou a trombozela, combinação de trombone e vuvuzela. Com ela conseguiu arrancar sorrisos de Dunga, acreditem) "A Argentina... sofreu por falta de contundência" (manchete do jornal La Nacion) Na estrada________________________________________________________ As frases que vêm a seguir rolam na internet como alternativas ao que foi escrito nos ônibus oficiais das delegações. Confira algumas:
Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br fotos: ebc |
Muito além das vuvuzelas…
Johnny Clegg é um dos filhos mais célebre da África do Sul. Cantor, compositor, dançarino, antropólogo e ativista musical cuja música contagiante, tem uma vibrante mistura de pop ocidental e ritmos Africano Zulu. Explodiu no cenário internacional e quebrou todas as barreiras em seu próprio país. Na França, onde goza de uma enorme prestigio, ele é carinhosamente chamado Le Blanc Zulu – Zulu Branco. Ao longo de três décadas, Johnny Clegg já vendeu mais de cinco milhões de álbuns. Ele já conquistou o público em seus audaciosos shows, ganhou vários prêmios nacionais e internacionais por suas músicas e por suas opiniões abertas sobre o apartheid, as perspectivas dos trabalhadores migrantes na África do Sul, e a situação geral no mundo de hoje. história Johnny Clegg é tão corajoso, arrojada e colorida como o arco-íris do seu país, que ele chamou de lar para mais de 40 anos. |
12 de junho de 2010
A SELEÇÃO CHEGOU A SE ESTRANHAR
Nino Prata Honrosos leitores, Daniel Alves (1m71, 64 kg) deu entrada mais dura em Júlio Baptista (1m87, 86 kg), que ficou no chão sem gostar nem um pouco do que sentiu. É o que se chama de trombada, duelo de gladiadores ou, até, briga do baixinho Davi contra o gigante Golias. Haja disposição, não: pegar o Julião e, ainda, depois bater boca com ele. Não deve ser por falta de pão porque, aí, ninguém teria razão. A fome de vaga de Daniel Alves fez outra vítima, ao derrubar o meia Elano, que se queixou de dor no tornozelo. Pelo jeito, o lateral não gosta de meias ou quer tirar alguém da posição para aumentar suas chances de ser escalado. Aliás, Julião é meia-atacante (nunca entendi direito o que isso significa). Pra mim, tá mais pra meio atacante... É salutar o empenho dos atletas que se preparam para a competição, mas que o estoque de faltas mais pesadas se esgote antes da estréia do Brasil contra a Coréia do Norte porque os cartões amarelos (e até um vermelho, logo no primeiro dia - e tinha de ser prum uruguaio) estão à solta, por recomendação da Fifa. Ainda bem que acordo cedo. Dizem que, com a idade, a pessoa precisa de menos horas de sono. Comigo é assim, mas estava preocupado com o nosso (con)fuso horário em relação ao relógio da Copa. Ter de assistir Coréia do Norte e Grécia, às 8h30, seria arriscado por ser jogo que poderia dar sono, mas não. E se eu voltasse a dormir e perdesse a chance de secar a Argentina contra a Nigéria, logo mais? Os sul-coreanos lideram o Grupo B, depois de vencer por 2 a 0 os gregos, sem deixar dúvidas de quem foi o melhor time na partida. Nem a minha esperança de gols, o Gekas (lembram-se dele?!), no ataque heleno, se saiu bem. Enquanto os asiáticos tocavam a bola, os gregos se enroscavam nela. Com 10 minutos de jogo, a Coréia do Sul já havia conseguido 3 escanteios e, num deles, aos 6, saiu o gol de Lee Jung-Soo. Aos 14, Chun-Yong aplicou um chapéu na área adversária, foi derrubado por Torosidis, e poderia ter liquidado a fatura logo ali. Mas o pênalti não foi marcado. Disputado no estádio Nelson Mandela Bay, m Porto Elizabeth, o jogo confirmou porque a Grécia até hoje não marcou um golzinho sequer em Copas do Mundo. A seleção grega, em 1994, foi a última colocada da competição. Se não se acertar em campo, corre risco de repetir a proeza. Mesmo com as alterações para o segundo tempo, a partida continuou tão igual que até o segundo gol sul-coreano saiu aos 6 minutos, mesmo tempo de jogo da abertura do placar. Park Ji-Sung, depois de receber mais um dos presentes da defesa adversária (e tem gente que ainda diz que presente de grego é coisa ruim), fez um golaço, invadido a área e tocando, de leve, na saída do goleiro. No segundo tempo, para completar a igualdade, teve outro pênalti não marcado a favor da Coréia do Sul. Fonoaudiologia do jogo Para quem necessita fazer exercícios de fonoaudiologia, aconselho repetir em voz alta as escalações de Grécia e Coréia do Sul. Podem gravar e mandar o vídeo para nós reproduzirmos no blog. Será um serviço de alta utilidade pública. Coréia do Sul - Jung Sung-Ryong; Cha Doo-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo, Lee Young-Pyo; Lee Chung-Yong, Ki Sung-Yueng, Kim Jung-Woo, Park Ji-Sung; Park Chu-Young, Yeom Ki-Hun. Grécia - Alexandros Tzorvas; Giorgos Seitaridis, Loukas Vintra, Avraam Papadopoulos, Vassilis Torosidis; Kostas Katsouranis, Alexandros Tziolis, Giorgios Karagounis, Georgios Samaras; Theofanis Gekas, Angelos Charisteas. Para intensificar os exercícios, seguem os nomes dos reservas: Sul-coreanos - Kim Jae-Sung, Lee Seung-Yeoul, Kim Nam-Il, Kang Min-Soo, Kim Young-Kwang, Lee Dong-Gook, Kim Dong-Jin, Ahn Jung-Hwan, Kim Bo-Kyung, Kim Hyung-Il, Oh Beom-Seok. Gregos - Pantelis Kapetanos, Dimitrios Salpigidis, Christos Patsatzoglou, Athanasios Prittas, Stilianos Malezas, Sokratis Papastathopoulos, Sotirios Ninis, Sotiris Kyrgiakos, Michail Sifakis, Nikos Spiropoulos, Kostas Chalkias Presença de grego Um pedacinho da Grécia no Brasil é o que pretende mostrar o livro da jornalista Vassiliki Thomas Constantinidou. Os Guardiões das Lembranças - Memórias e Histórias dos Imigrantes Gregos no Brasil, da Editora Gráfica Vida & Consciência, traz depoimentos e 380 fotos. Estima-se que 40 mil gregos e descendentes até a quarta geração vivam no Brasil. Eu mesmo tive, entre meus padrinhos de casamento, o saudoso Demétrio Papaiordanou.
Cabala Já que futebol não tem lógica mesmo, a Coreia do Sul ganhou a minha simpatia por ser a 47a. no ranking da Fifa. Número que é o do meu ano de nascimento e cuja soma (11) bate com o do mês em que recebi de presente a chegada do meu neto Gabriel, o anjo da boa-nova, patrono da Comunicação. Vá entender esse ranking da Fifa: a Grécia, 12a., participa em 2010 pela segunda vez da competição; a Coreia do Sul está com 7 participações seguidas e até já sediou a Copa de 2002 em parceria com o Japão. Tango morno Os hermanos parece que entraram no Ellis Park, em Joanesburgo, dispostos a golear a Nigéria. O placar de 1 a 0, com o gol feito aos 6 minutos do primeiro tempo, em cabeceio acrobático do camisa 6, Heinze (olha a cabala aí, gente!!!), não confirma a escrita. O gol saiu da cobrança de escanteio. Timaço, a Argentina tem; tocar a bola, a seleção de Maradona sabe; criar jogadas, idem. Mas, ao chutar a gol, esbarrou na barreira chamada Enyeama, numa das jogadas tendo Messi cara a cara para finalizar, aos 36 do segundo tempo, depois de troca de passes com Milito, que substituiu Higuaín. O que vi de positivo nos argentinos, em campo, e os adversários que prestem atenção, é que eles jogam sério: quando a coisa aperta, "pelota al bosque que el juego es de cuepa" (versão do nosso bola pro mato que o jogo é de campeonato); quando um nigeriano estava com a bola no ataque, chegavam juntos, às vezes com mais de um na marcação. Outra aposta dos hermanos são as jogadas ensaiadas. E cobrança de escanteio, por exemplo, Messi cobra pro lado, Mascherano ou Di María ajeitam e cruzam na área ou Messi cobra pra trás, na intermediária, para Verón ou alguém finalizar de primeira. A Nigéria, no segundo tempo, passou a acreditar que poderia tentar pelo menos o gol de empate, em vez de só se defender. Numa das jogadas Romero teve de se virar para rebater o chute forte de Martins; em outra, Kaita viu o goleiro argentino adiantado, tentou marcar por cobertura, mas chutou muito forte, com a bola passando longe do travessão; e Uche, já aos 37, em resposta ao gol perdido por Messi, um minuto antes, quis bater de primeira, dentro da área, na bola à meia altura, e não foi feliz. Os sul-coreanos devem estar de olhos arregalados de tanto rir. Frases da Copa O amor é lindo e nem custa muito a quem pode. Confiram o que jogadores brasileiros mandaram, de Joanesburgo, como mensagem a suas amadas, no Dia dos Namorados: ________________________________________________________________________ "Te amo. Estou com saudade." (De Robinho para Viviane, que está em Paris) "Estou morrendo de saudade. Te amo!" (De Kaká para Caroline, em Milão) "Te amo demais. Queria estar ao seu lado." (De Daniel Alves para Dinorah) "Te quero para sempre!" (De Julio Baptista para Silvia, na Espanha) "Saudade. Te amo, minha loira!" (De Felipe Melo para Roberta, em Porto Alegre) "Te amo!" (De Elano para Alexandra) "Eu te amo!" (De Lúcio para Dione) "Feliz Dia dos Namorados. Te amo!" (De Julio Cesar para Susana) "Feliz Dia dos Namorados! Te amo. Apesar de estar longe, meu coração está com você." (De Gomes para Flavia, em Londres) "Te amo. Estou com saudade. Falo isso para você toda hora!" (De Ramires para Islana, em Joinville) "Estou com saudade. Te amo." (De Luisão para Brenda, Passos, MG) "Um beijão! Te amo muito. Este é o segundo Dia dos Namorados longe. Quando eu chegar, vamos comemorar." (De Michel Bastos para: Letícia, em Curitiba) "Te amo muito e estarei para sempre junto de você." (De Maicon para Simone, em Milão) "Te amo sempre. Obrigado por tudo!" (De Thiago Silva para Isabele, Rio de Janeiro) "Te amo para sempre!" (De Grafite para: Kelly, Recife) "Estou com saudade!" (De Juan para Monick, Rio de Janeiro) "'Te amo. Estou com muita saudade!" (De Doni para Camila, Ribeirão Preto, SP) _______________________________________________________________________ Que eles não se percam pela criatividade quando estiverem em campo... Matriz e filial No jogo de abertura do Grupo C, Inglaterra e Estados Unidos foram a campo no Royal Bafokeng Stadium, em Rustemburgo, com o respeito que matriz e filial devem ter, nem tanto pelo que cada uma das seleções representa no futebol, mas por laços históricos. A elegância britânica nos uniformes impecáveis – dá para sair às ruas com aquelas camisas polo, sem passar aperto - ofuscou um pouco o gosto duvidoso das usadas pelos jogadores dos Estados Unidos. A preocupação com segurança desse país é tanta que a Nike resolveu – ou será que eles pediram – colocar uma faixa atravessada de alto abaixo na camisa, que mais parece cinto de segurança. No jogo, o capitão inglês Gerrard, que joga na defesa, organiza o meio, cobra escanteio, marca e ataca com a mesma disposição, foi premiado com o gol logo aos 3 minutos (se não me falha a memória, o mais rápido da Copa até agora), numa troca precisa de passes que se seguiu a cobrança de lateral. Tocou com categoria no canto esquerdo de Howard. Prenunciava-se a goleada (será que, afinal, ela viria a acontecer?), mas a partida foi em parte o que se viu entre argentinos e nigerianos, guardadas as proporções. O English Team tem muito mais futebol que o do tio Sam, mas os súditos da rainha não souberam fazer prevalecer o domínio da bola, a criação de jogadas. Mesmo assim poderia ao menos ter saído com uma vitória, não fosse o frangaço (este, sim, o primeiro da Copa, difícil de ser superado) de Green, que deve estar com as penas galináceas ainda grudadas nas luvas molhadas. Dempsey girou pra esquerda, voltou pra direita, enganou seu marcador e chutou fraco, para enganar também o goleiro britânico. A diferença do jogo está nos donos das camisas 1 (na teoria, porque a de Green é a 12): enquanto Howard segurou tudo o que pode, na meta estado-unidense, o britânico deixou passar o que não podia. A blitz britância, nos 10 minutos finais da partida, teve o reforço do grandalhão Crouch, que foi insuficiente. No mais, os dois times foram iguais até nos cartões amarelos, bem aplicados pelo brasileiro Simon, que a meu ver lá na Copa não decepcionou. Por hoje, é isso. Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br fotos: ebc |
Exposição com quadros de Pelé é aberta em Johanesburgo
via: BBC Brasil