6 de julho de 2010

A Alemanha ganha a Copa…será?

A Alemanha será o grande vencedor da Copa do Mundo deste ano. É bem simples, basta acompanhar as curvas para ver que tem certa coerência. Se funciona ou não, só na próxima semana para descobrirmos. O gráfico esta no site alemão Nerdscore

copa-2010

via: buteco da net

AINDA BEM QUE A PRÓXIMA VAI SER AQUI...

AUTO_sinovaldo Nino Prata

Hexanquídeos leitores, me desculpem o palavrão aí, mas nada a ver com equídeos, e sim peixes em que se incluem os tubarões dotados de 6 ou 7 fendas branquiais, uma única nadadeira dorsal e um palato quadrado, articulado com a parte pós-orbital do crânio.

Tudo de que precisamos como símbolo do sucesso da seleção canarinho em 2014. Seis ou sete fendas simbolizam o hexa que está por vir e os 7 jogos para consegui-lo (3 na primeira fase; 1 nas oitavas; 1 nas quartas; 1 na semi; e o derradeiro do grito: hexacampeão!!!).

A única nadadeira desse tubarão faz com que ele dificilmente morra na praia, mesmo porque é bicho que alia sagacidade e força, e seu palato quadrado nos remete a quadrado mágico que, se bem escolhido e preparado, nos trará o hexa!!!

E, por fim, é bom saber que nos hexanquídeos o palato é articulado com a parte pós-orbital do crânio. Tudo quimagee faltou na África do Sul: não havia articulação eficaz do meio pra frente e, muito menos, crânio – cérebro, minha gente – em boa parte  do elenco.

Sábia mesmo é a Meire, “quase filha adotiva” de Zeduardo, de São Paulo (SP), que prestigia a coluna. Fanática, ela disse ao “paizão”, “entre lágrimas e risos”:

“Ainda bem que a próxima Copa vai ser aqui. Assim a seleção não vai ter que voltar para casa!!!”.

Zeduardo é desses brasileiros que têm muito mais o que fazer do que acompanhar a Copa como loucos que nem o colunista, mas avisa: “Tenho visto sim a ótima Copa & Cozinha. Um puta abraço”.

 

Semifinais prometem;

um pouco de lógica sempre tem

edera Jargão dos mais conhecidos do futebol, o de que esse esporte não tem lógica precisa ser apreciado com moderação, a exemplo de certas bebidas.

Pois não é que, na África do Sul, entre os candidatos à artilharia da competição estão Villa, Klose, Müller, Sneijder, Forlán e Suárez? Um espanhol, dois alemães, um holandês e dois uruguaios - jogadores que disputam as semifinais e estarão, em parte, na decisão final.

A campanha de cada uma das respectivas seleções também mostra certa lógica, evidentemente porque, à medida que as equipes avançam, jogam mais vezes e podem somar mais pontos, fazer mais gols.

Vamos conferir, abaixo, cada uma delas e o que o colunista viu nas partidas que as 4 semifinalistas disputaram. Se valessem apenas os pontos corridos, do início da Copa até hoje, a Holanda está nas semifinais com 15; Uruguai chegou a 13 (uma vitória nos pênaltis); Alemanha e Espanha têm 12. Em gols marcados, a Alemanha soma 13; Uruguai conseguiu 7 (mais os 4 na cobrança de pênaltis); a Holanda tem apenas 9; e Espanha soma 6. As 4 seleções estão equilibradas em gols sofridos: 3 da Holanda; 2 para cada uma das outras, à exceção do Uruguai que levou mais 2 em pênaltis pós-prorrogação.

As semifinais, mais do que qualquer outra fase, prometem. Torço para que a Holanda conquiste, afinal, o seu primeiro título em Copas do Mundo, mas a Alemanha anda atropelando quem lhe atravesse o caminho. Pior para o Brasil, que em caso da conquista germânica, terá mais uma seleção no seu calcanhar-de-aquiles e ainda pode ver Klose superar Ronaldo na artilharia da história da competição.

NEDHolanda – única que chega a 100% com seu futebol cerebral e bem jogado. O jogo de estreia contra a Dinamarca foi um show de talentos individuais, porém contidos, no placar de 2 a 0 para a equipe em que se destacaram Van der Vaart e Van Persie. No duelo de Vans e Sens, a laranja deu o primeiro passo para superar, como deseja Bronckhorst, a fama de jogar bem sem ganhar o Mundial.

Laranjas em campo são sempre garantia de jogo bonito – se não for no gramado, pelo menos na torcida. Em seu segundo, a equipe de Bert van Marwijk confirmou que a fruta estava madura. Von Bommel-De Jong-Van Persie-Kuyt, pela esquerda; Von Bommel-Heitinga-Sneijder, pela direita, em passes precisos e pra frente, superaram a rígida disciplina tática japonesa e venceram por 1 a 0 com gol de Sneijder.

Na terceira partida, Camarões custaram pra ser o prato da vez: camarão na moranga. Van Persie e Huntelaar marcaram nos 2 a 1, que garantiu a seleção com 100% na primeira fase. Eto´o diminuiu em pênalti bem cobrado.

O placar de 2 a 1 para a Holanda sobre a Eslováquia, no jogo das oitavas no Estádio Moses Mabhida, em Durban, não retratou o domínio de bola e a técnica dos laranjas, bem superiores aos dos adversários. Mas teve a ver com o que é capaz de fazer uma seleção bem armada e que procura o ataque até o último segundo. A surpresa da Copa, apontada por analistas, já dissera a que veio ao despachar a tetracampeã e atual detentora do título, a Itália. Robben e Sneijder garantiram o 100% da seleção na Copa, ao marcar para os laranjas,e Vittek cobrou pênalti com categoria para diminuir o placar.

Não dá para discutir números, a menos que sejam manipulados. A Holanda continua 100% na Copa, a cada partida amplia a sua invencibilidade. Jogo bonito, bonito mesmo, não existe mais, pra desespero de quem, a meu exemplo, gosta de futebol jogado com técnica, pra frente. Nas quartas, os laranjas ganharam dos soldados de Dunga, de virada: 2 a 1, gols de Robinho e Sneijder.

GER Alemanha – se não está 100% em pontos corridos, a artilharia é pesada com seus panzers implacáveis. No jogo de estreia, num domingo (13), aplicou a primeira goleada da Copa, ao bater a Austrália por 4 a 0 com Podolski, Klose, Müller e Cacau ditando o ritmo e os gols saindo com naturalidade, nascidos de jogadas rápidas e passes precisos.

Bastou vir a segunda partida, e o susto. Alemanha e Sérvia fizeram o jogo mais dramático da Copa até ali - dramático para os alemães, claro, que perderam por 1 a 0, levaram uma sacola de cartões amarelos na bagagem  e um vermelho para Klose. Se não bastasse, Podolski perdeu pênalti, defendido por Stojkovic. Nem a blitzkrieger foi suficiente para romper a muralha sérvia, que mais se consolidava quando o tempo de jogo ia pros estertores.

Ao fechar a participação no Grupo D, o jovem Özil, fez 1 a 0 aos 14 do segundo tempo, depois de receber passe na medida de Müller (outra revelação germânica), da direita, e acertar o pé, em finalização precisa, à meia altura, no canto direito de Kingson. Com o gol a Alemanha passou a liderar o Grupo.

A Alemanha pegou a Inglaterra nas oitavas e devolveu com juros e correção monetária o título perdido, em gol duvidoso, em 1966. No domingo (27), foi 4 a 1 para a Alemanha, fora o baile. Sim, porque em alguns minutos do segundo tempo, os chucrutes puseram na roda os apreciadores do chá das cinco. Era dia de chope, que aliás deve ter acabado em Bloemfontein porque as duas torcidas são boas de copo; a Alemanha, também de Copa. Klose abriu o placar, seguido de Podolski (1) e Müller (2); Upson diminuiu para os britânicos.

A Alemanha serviu o shokolade al tango, que deve ter descido quente e amargo goela abaixo dos comandados de Dieguito. Nas quartas, foi 4 a 0, fora o baile. Müller, Klose (2) e Friedrich fizeram os gols, em exibição impecável de Schweinsteiger no comando do espetáculo.

URU Uruguai – o que sobrou dos sul-americanos, com méritos na competição, e em boa hora repõe a celeste em lugar do qual nunca deveria ter saído. No confronto dos azuis, na segunda partida da Copa, Forlán e Lugano sobressaíram no time de Óscar Tabárez, mas para quem entrara em campo sabendo que, se houvesse um vencedor, estaria líder do Grupo A, o 0 a 0 deve ter sido frustrante.

No segundo jogo, a celeste não tomou conhecimento dos donos da casa e sapecou 3 a 0 nos bafana bafana de Parreira. Começavam a brilhar o talento e o faro de gol de Forlán. O camisa 10 ficou então na artilharia da Copa com seus dois gols; o terceiro foi de Álvaro Pereira.

A terceira partida do Grupo A colocou a celeste em briga de hermanos com o pessoal do sombrero, para ver qual dessas seleções ficaria em primeiro, para não ter de pegar, ou ser pega, pelos comandados de Maradona nas oitavas. Quem se deu melhor foram os uruguaios, ao vencer o jogo por 1 a 0 com Suárez, que teve o trabalho de apenas escorar, de cabeça, cruzamento preciso de Forlán.

Uruguai e Coreia do Sul jogaram as oitavas com empenho digno de duas equipes dispostas a decidir a partida, sem necessidade de prorrogação. Prevaleceu o melhor futebol de Forlán e Suárez. Este fez 2 a 1 para a celeste; Chung-Yong marcou o dele, em raro cabeceio em que levou a melhor sobre Lugano e Muslera, que também estava no lance.

Em jogo franco e muito disputado, nos seus 120 e poucos minutos, uruguaios e ganenses, com o empate de 1 a 1, chegaram a um final eletrizante das quartas. Gana saiu na frente, com Muntari; o Uruguai empatou com Forlán. Nos pênaltis, foi 4 a 2 para a celeste.

ESP Espanha – belíssimo elenco que ainda deve futebol mais efetivo. Que o diga o jogo de estreia, em que experimentou o amargo sabor do chocolate suíço, ao perder por 1 a 0. Resultado que, se não traduz o que foram as chances de gol criadas, porém comprova que no futebol não basta ter nome; tem de jogar com objetividade.

Na segunda partida, perdeu-se em preciosismos, como já acontecera na rodada inicial, com toques a mais. Fez 2 a 0 em Honduras, com David Villa, aos 17 do primeiro tempo; um golaço em lançamento de Piqué; foi dele também o segundo gol, logo aos 5 da segunda etapa. A goleada que se desenhava não aconteceu, e o camisa 7 ainda perdeu pênalti.

No jogo em que a Espanha venceu o Chile por 2 a 1, a melhor notícia veio para o Brasil. Os espanhois, que a meu ver ainda não mostraram tudo de que são capazes, ao assumir a liderança do Grupo H e enfrentariam Portugal nas oitavas. Com o segundo lugar os chilenos seriam os adversários do Brasil. Villa marcou o terceiro dele, Iniesta fez o segundo, e Millar com a bola desviada em Piqué descontou. O zagueiro espanhol não está com sorte na competição.

A Fúria ainda não me convenceu, ao passar das oitavas por 1 a 0 num joguinho, a meu ver, feio de lascar contra Portugal. Villa, sempre ele, salvou a pátria das touradas.

Nas quartas, o Ellis Park mais parecia uma plaza de toros, com o irritante toque de bola espanhol e a fúria paraguaia na busca de uma vitória. As mexidas do técnico argentino Gerardo Martino na seleção guarani parecem ter surpreendido os toureiros de Vicente Del Bosque. Villa chegou ao quinto gol dele, está na artilharia isolada, mas ô placar magro, sem-vergonha: 1 a 0.

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Abres-se a caixa-preta

elvis Começa a ser aberta a caixa-preta da delegação brasileira que foi à África do Sul tentar o hexa. Peritos anônimos e declarados dizem, por exemplo, que:

. Jorginho teria defendido que a equipe ficasse isolada e sem folgas;

. Dunga e seu fiel escudeiro teriam exigido que parentes de atletas ficassem no Brasil, porém Jorginho levou mulher e filhos para Joanesburgo - (conforme a Folha de S. Paulo)

Julinho Pernambucano chegou a comparar Dunga ao francês Domenech:

. “Infelizmente eles são iguais. Como jogador, Dunga já adorava o conflito. Sua comunicação foi desastrosa, respondendo de forma agressiva. Ele trouxe energia negativa para a Seleção, disparou o ex-meia canarinho a Le Journal Du Dimanche. (nada a ver com desmanche, bem-entendido; apenas domingo)

O médico José Luiz Ronco parece ter acordado do autossono e revelou a jornalistas:

. “Kaká tinha 85% de condições”. A meu ver, um absurdo! Se o doutor Ronco, digo, Runco já sabia da forma física não ideal do camisa 10 para um torneio de tiro curto como a Copa do Mundo, deveria tê-lo vetado. Se sabia e comunicou isso ao técnico, Dunga que assuma a total irresponsabilidade por insistir em escalar um meia-bomba no time.

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Feitos do Brasil

Para não dizer que os soldados de Dunga não chegaram a algum feito inédito na Copa, tenho de registrar que conseguiram tomar o único gol norte-coreano da vida dessa equipe na competição.

E o carateca-de-pau Felipe Melo fez o primeiro gol brasileiro contra em Copas. Abre o olho, gente! A Fifa deu o gol pro Sneijder.

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Pós-Copa brasileira

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A goleada alemã sobre a Argentina evidenciou o erro de Dunga ao menosprezar o talento, ao desprezar a juventude - (Mariucha Moneró, jornalista)

A Alemanha joga à brasileira, a Holanda joga à brasileira, a Espanha joga à brasileira... só o Brasil joga a la Dunga e seus companheiros de viagem (ou melhor, de estocagem) - (Alberto Helena, jornalista)

Futebol é uma caixinha 2 de surpresas - (Ricardo Teixeira, segundo Agamenon Mendes Pedreira)

Ele está fazendo um grande Mundial, mas temos no nosso elenco jogador para substituí-lo - (Joachim Löw, técnico alemão, sobre o segundo cartão amarelo de Müller)

Estarmos entre os quatro é fantástico, importante para todos nós - (Vicente Del Bosque, técnico espanhol)

Esta seleção está resgatando uma história que o Uruguai já tinha... hoje as pessoas estão nas ruas comemorando, como ocorre no Brasil - (Pablo Forlán, pai de Diego, o 10 uruguaio)

Jogamos de forma organizada... deveríamos ter feito quatro ou cinco gols, sobretudo na fase final - (Bert Van Marwijk, técnico holandês)

Por hoje, é isso.
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fotos: agência brasil

Lembro que o texto desta coluna sai também no site www.cliqueabc.com.br

fotos:  aft, reuters

charges: sinovaldo, edera, rico, elvis

4 de julho de 2010

Daqui pra frente vale tudo…

São Carlos a Cidade da Energia

image001Projeto da Cidade Energia: complexo, em São Carlos (SP), pretende centralizar iniciativas e pesquisas de desenvolvimento em energia renovável de todo o Brasil

No interior do estado de São Paulo, a duzentos e quarenta quilômetros da capital, uma  pacata cidade pretende centralizar todas as pesquisas sobre energia renovável em andamento no país. Sonho alto? Não mesmo. No dia  29 junho, o governo federal liberou 19,7 milhões de reais para a construção da primeira etapa do projeto Cidade da Energia, que será instalada no município de São Carlos.

A idéia é construir um pólo para coordenação de pesquisas e informações científicas, tecnológicas e comerciais relacionadas a energias limpas e renováveis. Além disso, o complexo deverá orquestrar parcerias entre o setor privado, universidades e centros de pesquisa globais, para a geração de negócios no segmento de energia renovável.

Elaborado há dois anos pela prefeitura local, em parceria com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos a Cidade da Energia) e o governo federal, o projeto da Cidade Energia deverá receber, até 2011, 87 milhões de reais em investimentos das partes envolvidas.

"A Cidade da Energia é um projeto que não se restringe ao desenvolvimento local na produção de energia renovável. É um projeto de desenvolvimento do país", afirmou o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba, durante a oficialização do investimento, que contou com a presença do ministro do Turismo Luiz Barretto.

Para a primeira etapa do Cidade Energia, estão previstas uma série de obras de infraestrutura, que vão desde a duplicação de 7 km da rodovia Guilherme Scatena, acesso ao futuro empreendimento, a investimentos em esgoto e saneamento.

via: exame

3 de julho de 2010

A COPA CONTINUA, JÁ A COZINHA...

AUTO_sinfronio (2)Nino Prata

Hexauridos* leitores, esta é a primeira coluna a série Copa & Cozinha em que não abrimos com o título falando dos soldados de Dunga. Pra quê? Deixemos que eles desmontem os acampamentos, recolham as armas e voltem para seus lares ou para onde acharem melhor.

O colunista acha melhor, depois desta edição no. 29, dar um tempo de folga aos leitores e promete voltar na terça-feira (6).

A Copa continua e, neste sábado (3), tivemos duas atrações.

 

Último tango em Ciudad del Cabo

chrg0704Argentina e Alemanha defenderam, no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo, o direito de uma das seleções passar às semifinais e a dignidade de duas forças que, juntas, representam 5 títulos mundiais conquistados.

A Alemanha, que ganhou as Copas de 1954, 1974 e 1990, está perto de ultrapassar os 200 gols marcados na história da competição, tem dois artilheiros em Mundiais (Gerd Müller em 1970 e Klose em 2006) e foi semifinalista em 4 edições. Além de chegar ao 3º lugar três vezes e obter uma 4ª colocação. Um ranking notável em 16 participações, até 2006. Nesta Copa, apresentou ao mundo da bola gratas revelações, entre elas Müller (nome de peso) e Özil.

AUTO_myrria A Argentina, campeã em 1978 e 1986, duas vezes vice, em 14 participações, vive um momento iluminado pela estrela do polêmico técnico Diego Armando Maradona e por ter no elenco jogadores de boa técnica, cada um na sua, como o detentor do título de melhor do mundo pela Fifa, Messi, secundado por Tevez, Verón, Di Maria, Higuaín, Milito, Mascherano, Burdisso. Se a estrela de Messi ainda não brilhou plenamente na África do Sul, todavia a equipe do meio de campo pra frente é de respeito. Está na hora de alguém riscar um fósforo próximo do camisa 10, pra ver se lhe surge aquela luz. E Maradona não é à toa que tem Armando no nome; sempre arma uma das suas...

Clipboard01 Dessa vez, não deu. O que conseguiu foi levar um shokolade al tango: 4 a 0 pros chucrutes sobre los hermanitos. Logo aos 3 minutos , a Argentina tomou gol em cobrança de falta da esquerda pro meio da área. Podolski colocou a jabulani a meia altura, Müller veio de trás e cabeceou de leve, para Romero engolir o seu frango na Copa. Pros padrões alemães, 1 a 0 é pouco, e foi o time de Joachim Löw que criou condições de amplair o placar a seu favor o tempo todo.

A Argentina precisou de muita ajuda de seus homens de frente para virem ajudar a defesa; Messi, Tevez e Di Maria, além de Maxi Rodriguez, a todo momento vinham de sua defesa tentando organizar as jogadas de ataque. Em vão.

100703_GermanyArgentina5_h_ss_full Di Maria jogou muito, Messi pouco; só entra em campo com o nome; Tevez batalhou bastante também. Nada que impedisse blitzkrieger de funcionar a pleno vapor. Maradona escutava o auxiliar Mancuso, pegava toda hora a bola que saída pela lateral, como se quisesse ele começar as jogadas. Os deutschelandeses foram implacáveis.

A Alemanha é assim: quando pode, goleia, não importa quem esteja pela frente; ainda mais que contam com jogadores habilidosos, e jovens, a exemplo de Müller e Özil. O próprio Schweinsteiger, que sempre achei um volante apenas de contenção e botinudo, aprendeu como se dribla, como se toca uma bola, mesmo sendo a jabulani, e como se serve um 100703_GermanyArgentina7_h_ss_full companheiro em condições de arrematar pro gol.

Para não dizer que Messi não fez nada, aos 27, num raro lampejo de craque, à direita do seu ataque, se livrou de dois, com toquitos de canhota, invadiu a área e errou no cruzamento.

Taí a diferença. A Argentina bem que tentou, vindo para o segundo tempo pra cima. E o que se viu em alguns minutos foram pegadas fortes, uma pra cada lado: Schweinsteiger em Dia Maria (os alemães sabem quem dá trabalho no jogo); Mascherano dando o troco no volante alemão. Aos 8, Maxi Rodriguez ajeita de peito para Tevez mandar de primeira; a bola explode no rosto de Mertesacker e vai pra escanteio.

Aos 12, Romero evitou o segundo gol alemão, em jogada de Klose. A Alemanha se fechava com oito na defesa, saía rápida pro ataque, quando não Neuer tentava a ligação direta, principalmente em cobranças de tiros de meta.

100703_GermanyArgentina6_h_ss_full Aos 22, em troca de passes pela esquerda, Müller, mesmo caído, faz a bola chegar a Podolski, que vai quase até a linha de fundo e serve Klose, livre, para fazer 2 a 0; o 3º. dele na Copa e o 13º. em Mundiais.

A solução maradônica foi colocar Pastore, para reforçar o ataque; e até que o jogador se saiu bem, ao avançar pela esquerda e cruzar a bola, que passeou pela área tedesca, sem ninguém pra concluir ou rebater.

Não adiantou muito. Aos 28, Schweinsteiger humilhou toda a ala esquerda argentina, passando como quis pela marcação, e mandou a jabulani para trás; o zagueiro Friedrich fez 3 a 0. Fosse certo time ao sul do equador, se acomodaria até antes disso.

Os alemães queriam mais, Klose era um leão, ajudando na defesa, indo pro ataque. Numa de suas descidas pela direita, deu drible desconcertante, ao cortar a bola e fazer o seu marcador passar lotado. Mascherano e Messi apelaram, de leve(?!), o volante ao dar carrinho por trás em Schweinsteiger, sem visar a bola – difícil parar esse panzer; e o meia (no caso, meio-atacante) ao deixar a trava da chuteira na coxa de um alemão.

Os tedescos não entraram em provocação seja de que grau fosse. Aos 43, Klose faz 4 a 0; o 4º. dele na Copa e o 14º. na artilharia de todos os Mundiais. O recorde de Ronaldo está para ser igualado ou, até, batido pelo 11 alemão.

Aos 46, no único minuto de desconto (o juizão teve dó dos hermanitos), Messi teve a última chance de pelo menos fazer um golzinho nesta Copa. Em vão.

A equipe alemã que serviu o shokolade al tango jogou assim:

Manuel Neuer; Philipp Lahm, Per Mertesacker, Arne Friedrich, Jerome Boateng (Marcell Jansen); Thomas Müller (Piotr Trochowski), Sami Khedira (Toni Kroos), Mesut Özil, Bastian Schweinsteiger, Lukas Podolski; Miroslav Klose

Técnico: Joachim Löw

 

Dia de toureiro

ss-100703-wc-17_ss_fullEspanha e Paraguai, no Ellis Park, em Joanesburgo, chegaram às quartas com campanhas parelhas, cada uma alcançando o primeiro lugar no seu Grupo, com pesos e medidas bem diferentes na trajetória em Mundiais.

Primeiro, o que cada uma das seleções obteve na África do Sul: Paraguai, 5 pontos na fase inicial com 2 empates 1 vitória, 3 gols pró, contra (+ 2); Espanha.6 pontos com 2 vitórias, 1 derrota, 4 gols a avor e 2 contra (+2). As duas passaram por adversários de categoria distinta nas oitavas com placar apertado (Espanha 1 a 0 em Portugal; Paraguai, empate sem gol com o Japão e vitória nos pênaltis por 5 a 3).

No confronto matriz e filial, por motivos históricos (invasão espanhola no fim do século 16), é bom saber um pouco do que cada seleção foi capaz de fazer até hoje em Copas. A Espanha chegou à África do Sul, cheia de pose, com elenco fabuloso e multimilionário. Já esteve em 12 Mundiais e o máximo que conseguiu foi o 4º. lugar em 1950. Tinha de ser aqui. Quando sediou a Copa, em 1982, amargou uma 12ª. posição. Desde 1978 não perdeu a vaga em nenhuma das edições da ss-100703-wc-12_ss_full competição. E aterrissou no continente africano como a favorita das favoritas.

O Paraguai, mais modesto, participou de 7 Copas, fora esta. Tirando a 8ª. posição em 1930, nas outras vezes oscilou entre o 11º. E o 18º. lugar. Nesta Copa estava, portanto, até este sábado, o maior dos lucros.

O Ellis Park mais parecia uma plaza de toros, com o irritante toque de bola espanhol e a fúria paraguaia na busca de uma vitória. As mexidas do técnico argentino Gerardo Martino na seleção guarani parecem ter surpreendido os toureiros de Vicente Del Bosque.

Foram pelo menos 15 minutos iniciais de jogo equilibrado, sem perigo de gol. Villa, el matador, por exemplo, só apareceu aos 26, em boa jogada pela esquerda; 1 minuto depois foi a vez de Torres fazer igual pela direita. Aos 28, Xavi recebeu na intermediária, de costas pro gol, girou e mandou a jabulani bem próxima do travessão paraguaio.

ss-100703-wc-16_ss_full O primeiro tempo burocrático, por parte dos espanhois, me deixa a impressão de que eles acham que podem decidir a partida, no caso, a tourada, no minuto em que acharem conveniente. Seus picadores, se não espetam lanças no pescoço do oponente, procuram – ao abusar do toque de bola em todas as direções – cansar os paraguaios.

Nossos vizinhos do Mercosul impuseram forte resistência, à maneira dos guaranis quando da colonização espanhola. Val dez e Cardozo, quais meras feridos, iam do ataque à sua própria defesa com o mesmo ímpeto. Num dos ataques, os dois estavam juntos, quando a bola sobrou para Cardozo ajeitar a jabulani e mandá-la pras redes de Casillas. O juizão anulou erradamente o gol, aceitando sinalização de impedimento feita pelo bandeirinha.

Mais fácil torcer pro toureiro, ora! Da paliçada espanhola Del Bosque instruía sua equipe, quem sabe preocupado em se poupar para eventual prorrogação ou, até, cobrança de pênaltis.

Nos 45 minutos finais da porfia, logo aos 11, Piqué comprovou que não anda bem na competição; quase arrancou o braço de Cardozo, de tanto puxá-lo. Pênalti, que o próprio 11 paraguaio bateu, para Casillas defender à sua esquerda. Uma cobrança meia-boca. O touro estava debilitado, e os bandarilheiros preparavam o animal pra matança.

A equipe guarani continuou aplicadíssima, solidária, sobretudo na marcação. A Espanha seguia, tecnicamente irritante. Num acesso de velocidade, chega na área paraguaia, Alcaraz derruba Villa, em carga sobre o 7 espanhol. Xabi Alonso ajeita a jabulani, mira o gol como o toureiro o miúra à sua frente, pronto pra a estocada fatal. A bola entra no canto direito, mas o guatemalteco Carlos Batres viu invasão de área e mandou voltar a cobrança. Alonso mudou o canto, e Villar voou certo, pra defender.

Nem os espanhóis agüentavam mais passinho pra cá, passinho pra lá. Começaram a insistir nos cruzamentos de um lado para o outro do ataque, até que aos 37, saiu o gol salvador: Iniesta avançou pela direita, serviu Pedro (entrara cerca de 10 minutos antes), que chutou a bola na trave; no rebote, Villa mandou, colocado, no canto esquerdo, a jabulani que ainda tocou no lado interno da trave antes de morrer nas redes guaranis.

Foi o 5º. gol do meia na competição, que tem novo artilheiro, isolado. O Paraguai, abatido, mas não morto, foi pro tudo ou nada. Já havia entrado Santa Cruz no time; aí veio Barrios pro ataque. Aos 43, Casillas salvou por duas vezes seguidas a Espanha de tomar o gol de empate, em chutes de Barrios e Santa Cruz, que pegou o rebote.

Os 3 minutos de acréscimo serviram para prolongar a agonia do miúra paraguaio, que não se sabe como resistiu à estocada final e conseguiu, em lance de Santana, ao tentar a puxeta, acertar o rosto de Sergio Ramos. Foi dia de toureiro. A Espanha tem de melhorar porque o touro alemão é bem mais agressivo.

A Espanha chegou à semifinal europeia com este time:

Iker Casillas; Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol (Carlos Marchena), Joan Capdevila; Andrés Iniesta, Sergio Busquets, Xavi, Xabi Alonso (Pedro), David Villa; Fernando Torres (Cesc Fábregas)

Técnico: Vicente Del Bosque

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Proposta ousada

Li ou ouvi num dos tantos noticiários esportivos que a Fifa pretende realizar a Copa do Mundo, depois de 2014, apenas em países da Europa ou da América do Norte (entenda-se Estados Unidos) pelas implicações que a competição tem em economias mais frágeis.

Então, tá! Proponho que se crie, rápido, a Fofa – Federação dos Otários Fútbol Asociación porque sul-americanos revelam e exportam jogadores como ninguém. Quero ver é fazer Copas sem times.

A empreitada não é nada fácil, mas tem muito europeu que considera a Eurocopa, a Champion´s League, e sei mais o que, mais importante que o torneio da Fifa. E algum jogador de futebol, pra consegui ser eleito o melhor do mundo, se não estiver num clube europeu, pode desistir por mais genial que seja.

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Desclassificados da Copa

A capa do Diário de S. Paulo trouxe a manchete PROCURA-SE TÉCNICO, no sábado (3), sob o título acima. A arte lembra as seções de classificados de jornais, e o texto detalha o que se espera dos pretendentes:

O cargo não exige diploma, mas requer experiência comprovada em empregos anteriores. Damos preferência aos candidatos que tenham liderança positiva, foco em resultados e que não falem palavrões no serviço. Exige-se capacidade para suportar pressões e administrar crises de relacionamento com o público e a imprensa. Disponibilidade pra trabalhar aos fins de semana. Não é necessário ter boa aparência, mas é recomendável que evite roupas escandalosas e fora de moda. Fundamental que saiba a diferença entre cabeça de bagre e ganso”.

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Frases da Copa

O Brasil teve a cara de Dunga: mal-humorado, prepotente e guerreiro - (Casagrande, em sua coluna no Diário SP)

Eu me sinto orgulhoso por ter estado à frente desse grupo de tanta dignidade - (Dunga)

O castigo veio a cavalo. Queridinho do Dunga, Felipe Melo foi o responsável direto pelos gols e pela derrota  - (Nelson Ayres, jornalista)

Tivemos bons resultados, e o principal foi resgatar a Seleção Brasileira - (Dunga, citado no Lance)

“... o Brasil não resistiu ao primeiro adversário sério nesta Copa - (Álvaro de Oliveira, jornalista)

Jogamos melhor no primeiro tempo, mas não mantivemos a forma de atacar” - (Dunga)

Música mais tocada na volta da delegação: ‘ Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou...’” - (Gutemberg de Caminha, enviado especial, no vôo Joanesburgo-Rio da seleção)

Ah, não! é a mãe!!!” - (Dunga pra Gutemberg)

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*Licença jornalística

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Por hoje, é isso.
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charges: sinfrônio, mirrya

O bicho tá pegando…tem que ser criativo.

"Família sequestrada por ninjas. Preciso de dinheiro para lições de Karatê" "Não aceito mais cheques das seguintes pessoas…"
"Feia demais para se prostituir e burra demais para roubar"
"Bill sem casa precisa de mulher rica"

"Programarei HTML por comida"

"Preciso de dinheiro para cerveja, maconha e putas.
(Ei, pelo menos eu não estou enganando você)"

"Invisível e sem casa! Eu sou Frank Jenkinson. Eu sou pobre, sem casa e tenho a maldição da invisibilidade. Por favor faça uma doação para que eu possa ser curado! Deus abençoe!

Preciso de dinheiro para ficar bêbado, assim as
mulheres podem me levar para casa e abusar de mim"

"Aposto que você não me acerta com uma moeda"

“A irmã da Britney vai ter um bebê, preciso de dinheiro para comprar uma lembrança legal”

“Porque mentir? Preciso de uma cerveja gelada”

“Minha esposa foi raptada, só faltam 0,98 centavos para o resgate!”

“Preciso de dinheiro para pesquisas com álcool”

“Me dê algum dinheiro senão eu te CHUTO no rosto”

“Fodo a sua sogra por 1 dólar”

“Aposto 1 dólar que você lê essa mensagem”