19 de outubro de 2025

Mighty Mo Rodgers & Baba Sissoko - Griot Blues

 

01. Shake 'em Up Charlie (4:09)
02. Mali To Mississippi (3:37)
03. Nalu - Mother (3:24)
04. Donke   Dance (4:53)
05. Demisenu - Children (2:10)
06. The Blues Went To Africa (3:49)
07. Djeli - Griot - Storyteller (3:47)
08. Drunk As A Skunk (3:29)
09. What Is The Color Of Love (3:58)
10. Mo Ba (3:51)
11. Griot Blues (4:38)
12. Kalimba #12 (0:51)
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O Blues Americano com as Raízes Africanas

No álbum Griot Blues (2006), o lendário bluesman americano Mighty Mo Rodgers une forças ao mestre griot maliano Baba Sissoko, criando uma fusão irresistível de blues cru e tradições oeste-africanas. Imagine o lamento elétrico da guitarra de Rodgers entrelaçando-se com os tambores tamani e o ngoni hipnótico de Sissoko – um sopro fresco que respira R&B enérgico, ritmos ancestrais e harmonias globais, perfeito para fãs que devoram crossovers culturais.
"Mali to Mississippi" é um hino de ponte continental, pulsando com grooves infecciosos que evocam rios de alma compartilhada. "Griot Blues" fecha com maestria, narrando histórias griot em tons bluesy profundos, enquanto "Shake 'em Up Charlie" explode em um shuffle dançante. Sem participações extras chamativas, o duo brilha solo, mas o som único – percussão orgânica sobre riffs potentes – é o verdadeiro astro.
Gravado em sessões improvisadas entre Nova Orleans e Bamako, o álbum nasceu de jam sessions noturnas, onde Rodgers aprendeu padrões griot no improviso, misturando fitas analógicas para capturar a essência viva. Historicamente, ecoa a diáspora africana no blues, homenageando griots como guardiões da memória oral desde o século XIII.

David Gilmour Mermaid Theatre London - 2006

 

01. Castellorison
02. On an Island
03.The Blue
04. Take A Breath
05. Smile
06. Shine on You Crazy Diamond
07. band intros/Wearing the Inside Out
08 Comfortably Numb
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David Gilmour Encanta o Mermaid Theatre em 2006

Em 7 de março de 2006, David Gilmour, o coração pulsante do Pink Floyd, transformou o Mermaid Theatre, em Londres, num portal para o cosmos do rock progressivo. Esse show solo, capturado em áudio cru e visceral, é uma joia para fãs: um mosaico de blues cósmico, psicodelia flutuante e baladas introspectivas, com o timbre inconfundível da Stratocaster de Gilmour cortando o ar como um farol na névoa.
"On an Island" abrea noite, enquanto "Take a Breath" homenageia Syd Barrett em riffs que evocam "Astronomy Domine". "Smile", com sua doçura folk, e o épico "Shine On You Crazy Diamond" elevam a alma, culminando no hino "Comfortably Numb", onde Gilmour e Roger Waters (em espírito) se completam. Phil Manzanera, dos Roxy Music, surge como guitarrista de apoio, adicionando camadas quentes e inesperadas.
O processo de mixagem revelou dualidades fascinantes – uma versão "headphones" para imersão pessoal e outra "speakers" para impacto coletivo, priorizando "guts" sonoros sobre polimento. No contexto histórico, esse concerto veio logo após a turnê de reunião do Pink Floyd em 2005, marcando o adeus definitivo de Waters à banda. Com Guy Pratt no baixo e Steve DiStanislao na bateria, é um testamento à eternidade da música: o todo sempre maior que as partes.

18 de outubro de 2025

Ten Years After - Positive Vibrations 1974

 

Lado A
1. Nowhere to Run (4:02)
2. Positive Vibrations (4:20)
3. Stone Me (4:57)
4. Without You (4:00)
5. Going Back to Birmingham (Little Richard) (2:39)

Lado B
1. It's Getting Harder (4:24)
2. You're Driving Me Crazy (2:26)
3. Look into My Life (4:18)
4. Look Me Straight into the Eyes (6:20)
5. I Wanted to Boogie (3:36)

Faixas Bônus Ao Vivo (Edição 2013)
1. Rock & Roll Music to the World (Live in Frankfurt)
2. Once There Was a Time (Live in Frankfurt)
3. Spoonful (Live in Paris)
4. I'm Going Home (Live in Paris)
5. Standing at the Station (Live in Amsterdam)
6. Sweet Little Sixteen (Live in Atlanta)
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O Último Rugido do Ten Years After em 'Positive Vibrations' (1974)

Positive Vibrations, o oitavo e derradeiro álbum de estúdio do Ten Years After, lançado em abril de 1974 pela Chrysalis. Esse disco explode com riffs afiados de Alvin Lee, grooves pesados e teclados hipnóticos, capturando a essência crua da banda que incendiou Woodstock em 1969.
"Positive Vibrations" pulsa com energia contagiante, "Nowhere to Run" detona com solos furiosos, e o cover de "Going Back to Birmingham" (Little Richard) injeta soul explosivo. As seis faixas bônus ao vivo, como "I'm Going Home" em Paris, adicionam fúria de palco inigualável.
Gravado e mixado no Space Studios, estúdio caseiro de Alvin Lee num celeiro do histórico Hookend Manor, o álbum nasceu de sessões íntimas e auto-produzidas. Com a formação clássica – Lee na guitarra e voz, Leo Lyons no baixo, Chick Churchill nos teclados e Ric Lee na bateria –, foi o adeus antes da dissolução, marcando o fim de uma era de ouro no rock dos anos 70.