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22 de setembro de 2010

Documentário do Lira Paulistana - d'eu sodade!

Documentário resgata o lendário Lira PaulistanaClipboard02

No velho porão do Lira, espaço de vanguarda e efervescência cultural, despontaram grupos como Rumo, Premê, Língua de Trapo e Ultrage a Rigor

Mais de 40 degraus separavam a porta de entrada do palco. Mas quem não se aventurou pela escadaria que levava àquele porão não vivenciou um dos mais estimulantes movimentos culturais experimentados pela cidade de São Paulo no início da década de 1980.

O teatro Lira Paulistana, que funcionou de 1979 a 1986 no bairro de Pinheiros foi, a um só tempo, palco para uma música que as gravadoras não queriam ouvir e microfone para um grito cultural que a ditadura deixara entalado.

“Contar a história do Lira é contar a história de toda uma geração”, resume Riba de Castro, um dos fundadores do espaço de arquitetura intrigante e sons vanguardistas.

Muita gente sabe que aquele palco teve como habitués artistas como Ná Ozzetti, Paçoca, Vânia Bastos, Cida Moreyra, Luiz Tatit, Wandi Doratiotto, Tetê Espindola, Arrigo Barnabé, Laura Finocchiaro, Laerte Sarrumor, Jorge Mautner, Nelso Ayres, Boccato e Lanny Gordan.

“Aquele era o momento em que o País estava mudando. Éramos meio hippies. O sonho não tinha acabado ainda.”

Riba de Castro, um dos sócios do emblemático Teatro Lira Paulistana, atualmente morando em Madrid, em breve fará o caminho de volta a São Paulo para realizar um documentário que resgatará e tornará pública a memória do Lira.
O documentário pretende mostrar não só a indiscutível importância do Lira como palco da música de vanguarda em São Paulo, mas também registrar sua importante atuação em outras áreas como a gravação de discos, o jornalismo cultural, a produção editorial e as artes plásticas.

via: terra

17 de setembro de 2010

Desperte para a vida – Bill pai fala como é criar um filho para o sucesso

 bill“Pai, na próxima vez em que alguém lhe perguntar se você é o verdadeiro Bill Gates, espero que responda ‘Sim’. E que diga a eles que você é todas as coisas que este outro luta para ser”.

Como é que se cria um filho para que ele seja tão bem sucedido e bilionário quanto Bill Gates? Essa é a pergunta que muitos esperam ver respondida ao se deparar com Desperte para a vida (208 páginas/Editora Best-Seller), de Bill Gates Sr, 85 anos, pai do cofundador da Microsoft. Livro no qual ele reúne alguns princípios e insights sobre a sua vida e família. Quem aguarda uma resposta exata a essa pergunta pode se decepcionar um pouco. No livro, o próprio pai de Gates deixa claro que não sabe o que fez imagepara que o seu filho entrasse para a história, não somente da computação pessoal, mas também das maiores fortunas do mundo. Porém, no decorrer do livro, Gates pai revela alguns "segredos" da educação de suas duas filhas, Libby e Kristi, e principalmente de Bill Gates, filho que deu mais fama à família. Na hora do jantar, por exemplo, o pai do fundador da Microsoft sempre contava aos filhos o que fazia, bem como incentivava-os a falar de suas próprias vidas e a fazer perguntas (segundo ele, isso os fez aprenderem a perceber quem são no mundo). A leitura era valorizada, visitas a bibliotecas eram constantes (até hoje Gates filho mantém o costume de ler um livro e ficar ansioso para compartilhar com os outros o que leu e aprendeu). Outro ponto era o contato com pessoas mais velhas e de classes sociais diversas.
image 
Desperte para a vida tem o efeito imediato. Ele desmitifica aquela visão de que, de forma oportunista, Bill Gates se afastou da Microsoft para cuidar de uma organização filantrópica. Na realidade, esse tipo de atitude é comum na família Gates.
Desperte para a vida não é sobre tecnologia. Como livro de prática de negócios ou desenvolvimento pessoal, não é dos melhores. É dividido em capítulos curtos, cada um com ensinamentos ou princípios. Porém, Gates pai repete a mesma ideia diversas vezes. Na realidade, Desperte para a vida era para ter sido apenas um ensaio particular para a família. Depois surgiu a ideia de transformá-lo em livro.

via: tiagodoria

3 de setembro de 2010

Nosso Lar – A vida depois da vida


nosso Baseado na obra de Chico Xavier


Depois de morrer, a alma do médico André Luiz vai parar no Umbral, uma espécie de purgatório. Ele passa por muito sofrimento por lá até ser resgatado e levado para a colônia Nosso Lar. Na cidade espiritual, André aprenderá sobre a vida depois da vida.

 

 

       FICHA DO FILME

    • Título original: Nosso Lar
    • Diretor: Wagner de Assis
    • Elenco: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosane Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno
    • Gênero: Drama
    • Duração: 102 mins.
    • Ano: 2010
    • Data da Estreia: 03/09/2010
    • http://www.nossolarofilme.com.br/

31 de agosto de 2010

Temple Grandin – A máquina de abraçar

Filme sobre a vida Temple Grandin, que conseguiu superar as dificuldades impostas pelo seu autismo (como pensar em ´imagens´ e conectá-las) até tornar-se especialista altamente reconhecida no manejo de animais para o abate, além de responsável pelo avanço nos estudos relativos à sua condição. A história acompanha desde o período no qual estava prestes a ir para a universidade (no qual conhece a sua tia Anne e o professor Carlock, duas figuras importantes em sua trajetória) até o reconhecimento nacional de seu trabalho. O roteiro de Christopher Monger e Merritt Johnson (baseado nos livros de Grandin) também chama a atenção ao mostrar a peculiar relação com sua mãe, aqui vivida por Julia Ormond em performance discreta e eficiente.

Veja aqui embaixo um material de divulgação da HBO, que mostra o trabalho de Temple com os animais.


pra baixar: dow filmes

via: lucas

29 de agosto de 2010

Johnny Cash - At Folsom Prison

image Em 13 de janeiro de 1968, na prisão estadual de Folsom, na Califórnia, Johnny Cash gravava um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos. Seu primeiro grande sucesso foi 'Folsom Prison Blues' e não havia lugar mais interessante pra gravar do que naquele prisão. Nesta música acima citada, Cash narra a vida na pele de um prisioneiro que está na Folsom, lembrando das advertências de sua mãe, do motivo de seu encarceramento, e é rica em detalhes, como o trem passando, a ausência do sol, a indignação de viver enjaulado enquanto ricos bebem café e fumam ótimos charutos. Cash se tornou um padroeiro dos presos nos EUA. E foi sob esse título que Cash se aventurou a gravar um disco na prisão. A gravadora Columbia se recusava a fazer o disco. Achavam que a sociedade americana era conservadora demais para aceitar um disco gravado num antro de assassinos, ladrões, estupradores e tudo de ruim que existe. Mas Cash não aceitou a recusa e fez o disco de qualquer forma. A gravadora teve que engolir a determinação do artista e acabou colhendo ótimos frutos.

Cash que já havia sido preso diversas vezes, por porte de drogas principalmente, sabia o que era viver atrás das grades. As letras de sua música muitas vezes falam de homens que "deram uma cheiradinha numa cocaína e assassinaram a mulher" ou " que na segunda-feira eu foi preso" ou ainda "que tem correntes nos pés". Havia uma clara identidade de Cash com a população carcerária.

O disco começa com um sutil "Hello, I'm Johnny Cash", seguido de urros e assovios dos presos. Ali estava o homem de preto, cara a cara com eles, era uma celebração. Nada melhor que começar com o blues da Folsom ou 'Folsom Prison Blues'. Os presos estavam mais em casa do que nunca. Havia uma identificação em casa verso cantado. Ele continua com outro hino de prisão: 'Busted'. E o som continua, acompanhado da banda The Tennessee Three. Cash arrebata aqueles corações rudes com 'I Still Miss Someone', afinal, todos ali sentem falta de uma pessoa, da convivência. Cash sempre esmurrando o coração duro deles. A seqüência vem no compasso do blues acelerado de 'Cocaine Blues'. Essa é a melhor, uma das letras mais fodas de todas:

Early one mornin' while makin' the rounds
I took a shot of cocaine and I shot my woman down

Um monte de assassinos deve ter dito: "caralho, essa é minha história!". A banda arregaça nos arranjos e a voz forte e grossa de Cash transborda em segurança. A gaita come solta em 'Orange Blossom Special', som peculiar do interior dos EUA, trazendo familiaridade ao público que acompanhava a apresentação. O legal desse disco é que não há disfarces, a gravação é crua, com pigarros, tossidas e algumas desafinadas. Sem frescuras. Algumas faixas depois, Cash chama sua companheira em todas as ocasiões, June Carter para entrar em dueto, cantado a bela música 'Jackson'. A voz rasgada dela se complementa perfeitamente com a voz grave de Cash. 'I Got Stripes' talvez seja a música mais calebrada em todo o disco. Quando Cash canta "I got stripes around my shoulders' os presos assoviam, aplaudem, gritam. Aquela é a realidade deles. Um dos maiores cantores do mundo estava ali, dizendo: "eu entendo vocês", "vocês não estão sós". Essa música marca o auge da apresentação.

Esse disco é um marco histórico, não só para a carreira de Cash, mas de toda a música. Ele encarou o desafio, sabia que tinha os presos em suas mãos. Sabia que se tocasse em qualquer outra cadeia, seria bem recebido. Cash quebrava uma barreira, afinal, ele tocava para pessoas livres e também para pessoas presas, afinal, não é porque estamos fora da cadeia que não temos erros, defeitos. Para Cash, não havia distinção entre livre ou preso. Ainda bem.

1- Folsom Prison Blues
2- Busted
3- Dark as the Dungeon
4- I Still Miss Someone
5- Cocaine Blues
6- 25 Minutes to Go
7- Orange Blossom Special
8- The Long Black Veil
9- Send a Picture of Mother
10- The Wall
11- Dirty Old Egg Sucking Dog
12- Flushed from the Bathroom of Your Heart
13- Joe Bean
14- Jackson
15- Give My Love to Rose
16- I Got Stripes
17- The Legend of John Henry's Hammer
18- Green, Green Grass of Home
19- Greystone Chapel

baixar

o texto veio daqui: rocktowndownloads

10 de agosto de 2010

Censurar humor é palhaçada e inconstitucional

Ao censurar, lei eleitoral agride Carta (Editorial)

É provável que a explicação esteja no longo período do mais recente apagão institucional na história da República brasileira, ocorrido de 1964 a 1985, pouco mais de duas décadas.

Não se sai incólume de tanto tempo de autoritarismo, mal que se entranha em todo o arcabouço jurídico.
Promulgada em 1988 a Constituição da volta à democracia, ainda restaram dispositivos herdados da ditadura militar, o chamado “entulho autoritário”. Talvez o mais daninho tenha sido a Lei de Imprensa, assinada em 1967 por Castello Branco, o primeiro dos presidente militares daquele ciclo, e só extinta no ano passado, por decisão do Supremo Tribunal Federal.

A mais alta Corte do país aceitou o argumento de que o dispositivo constitucional garantidor da liberdade de imprensa e expressão não requer regulamentação. Logo, aquela lei era inconstitucional. Mas há outros absurdos jurídicos em vigor, como a lei eleitoral, de n 9.504. Sequer ela pode ser enquadrada como “entulho autoritário” legítimo, pois é de 1997.

Aprovada quando o país já transitava em pleno estado de direito democrático, esta legislação, no entanto, padece de séria intoxicação de cultura ditatorial. Um dos seus piores efeitos é, na prática, baixar a censura nos programas humorísticos de TV e rádio, além de engessar a cobertura jornalística dos pleitos.

A proibição de “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato ou coligação” serve de base para a Justiça impedir, por exemplo, o “Casseta & Planeta” (TV Globo), “CQC”(Bandeirantes) ou “Pânico na TV” (Rede TV) de usarem as eleições como fonte de inspiração. No arsenal jurídico, há multas pesadas e até o poder de retirar o infrator do ar.

Seria impensável na mais pujante democracia, nos Estados Unidos. Lá não se impede o humorista de explorar as eleições como matéria prima. Vale relembrar o sucesso dos “Saturday Night Live” inspirados em Hillary Clinton e Sarah Palin. A própria Hillary, com grande fairplay, apareceu em um dos programas da NBC.

Há um evidente excesso no Brasil. O professor de Direito Constitucional da UERJ, Gustavo Binenbojm, em entrevista ao GLOBO, disse entender que o objetivo da lei seja garantir a lisura das eleições, ao impedir candidatos de cometerem excessos na propaganda obrigatória.

Como a lei foi redigida e é interpretada, porém, ela amordaçou os programas humorísticos e manifestações artísticas. E assim derrapou para a inconstitucionalidade, pois a liberdade de expressão não pode ser sobrepujada por outro diploma legal.

A legislação incorre no equívoco de discriminar os meios de comunicação, em prejuízo dos eletrônicos, sob o argumento frágil de que estes dependerem de concessão pública para difundir imagens e som. A concessão, no entanto, se deve a um imperativo técnico — impedir a interferência entre as ondas de transmissão —, e não pode servir de pretexto para a censura de qualquer conteúdo de programas de rádio ou TV.

É tão discriminatória a legislação que os sites na internet dos meios eletrônicos sofrem as mesmas restrições, ao contrário das versões digitais dos meios impressos. Binenbojm fez duas propostas: o Congresso editar nova norma, corrigindo a atual, ou o Tribunal Superior Eleitoral baixar outra interpretação das restrições — este o caminho mais rápido.

Nunca é tarde para se cumprir a Constituição, demonstrou o STF ao revogar a Lei de Imprensa.

via: O Globo

 

Mau humor

De acordo com especialista, humor na política deve ser preservado

Entrevista publicada: O Globo em 26/07/2010

Fábio Brisolla

RIO – As restrições impostas aos programas de humor pela lei eleitoral são inconstitucionais. É a opinião de Gustavo Binenbojm, professor de direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que considera essas limitações uma forma de silenciar e censurar humoristas. A lei eleitoral proíbe que programas de rádio e TV “degradem ou ridicularizem” candidatos, provocando mudanças em programas como “Casseta & Planeta”, “CQC” e “Pânico na TV”. Em entrevista ao GLOBO, Binenbojm lamenta que sátiras políticas estejam perdendo espaço por causa da legislação. E considera um equívoco interromper um eficiente canal de comunicação entre políticos e eleitores. “O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto”, frisa. O professor ressalta que o eleitor tem senso crítico suficiente para saber o que é apenas uma piada. “Se não acreditamos que o cidadão tem capacidade de fazer seu próprio julgamento, estamos caminhando para um regime fascista”.

Qual é a avaliação do senhor sobre as restrições aos programas humorísticos de TV previstas na lei eleitoral?

GUSTAVO BINENBOJM: Existe uma preocupação da lei brasileira de assegurar a lisura do processo eleitoral. Procura impedir manipulações nos meios de comunicação, como o uso de informações falsas que possam favorecer ou prejudicar determinado candidato. Seria uma regulação até desejável, mas as restrições vão muito além. Visam a garantir uma neutralidade dos veículos de comunicação de massa incompatível com a liberdade de expressão. Tal como foi redigida, a lei eleitoral provoca um efeito silenciador sobre manifestações artísticas como sátiras, charges e programas humorísticos. Impede o público de conhecer fatos através do humor. Antes de ser um direito, informar e criticar livremente é um dever dos veículos de comunicação. E, além disso, todo cidadão tem o direito de acesso à informação.

O que poderia ser feito para reverter as limitações enfrentadas pelos humoristas durante a campanha eleitoral?

BINENBOJM: O Congresso Nacional poderia editar uma nova norma ou corrigir a redação atual para permitir a existência de sátiras sobre candidatos em programas de humor durante as eleições. Num ambiente de liberdade de expressão, isso faz parte do debate público. Muitas vezes, o humor é a forma que melhor desperta a atenção dos cidadãos para assuntos de interesse público. Outro caminho seria recorrer ao TSE para que haja uma segurança jurídica na aplicação dessa norma pelos veículos de comunicação. O entendimento do TSE sobre o que a lei determina poderia garantir a liberdade necessária aos programas de humor.

Os defensores da atual legislação afirmam que as restrições são necessárias para garantir a lisura do processo eleitoral…

BINENBOJM: Ao que parece, o objetivo da lei eleitoral no caso seria impedir que um candidato cometesse excessos na propaganda eleitoral obrigatória usando a TV ou o rádio para difamar um adversário. Mas esse artigo da lei eleitoral acabou atingindo os programas humorísticos em geral. O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto. Uma sátira se utiliza de características da personalidade de um político para despertar o interesse do telespectador.

O senhor discorda do argumento que relaciona a sátira política a uma forma de ofensa ou difamação?

BINENBOJM: Além de informar, os meios de comunicação têm o dever de criticar os fatos. E isso pode ser feito sob a forma de sátira, de charge ou qualquer outro formato de humor. A lei eleitoral brasileira incorre numa inconstitucionalidade, porque a norma atual é incompatível com o regime constitucional que assegura a liberdade de expressão.

Nos Estados Unidos, os políticos são alvos constantes de programas humorísticos, como o “Saturday Night Live”, da Rede NBC, mesmo durante a campanha eleitoral…

BINENBOJM: O modelo da lei eleitoral dos Estados Unidos é o mais liberal do mundo. Confere aos veículos de comunicação total liberdade, inclusive para manifestar apoio a um determinado candidato. Na Europa, existem algumas formas de regulação que procuram resguardar a imagem dos candidatos. Mas a lei brasileira é ainda mais restritiva. Produz um efeito silenciador sobre os veículos de comunicação. Prevalece uma visão preconceituosa: a ideia de que a lei e o Estado devem proteger o cidadão de si próprio. É uma cultura oficialista. Avalia que o Estado tem maior capacidade do que o cidadão para formular juízo crítico sobre fatos de interesse público. Isso é uma forma de censura.

O programa “Casseta & Planeta”, da Rede Globo, eliminou imitações aos presidenciáveis do roteiro durante a campanha. O “CQC”, da Band, amenizou o tom na abordagem aos políticos.O humor está sendo levado muito a sério pela atual legislação?

BINENBOJM: O papel do humor na política é tão importante que deve ser levado a sério e, justamente por isso, preservado de restrições impostas pela lei. O político precisa aprender a usar o humor a seu favor. O deputado que consegue rebater de maneira informada, contundente, a uma pergunta de um repórter do “CQC”, está prestando um serviço à população e também a si próprio. Está usando um veículo de comunicação para sua promoção pessoal. Toda vez que suprimo o direito de manifestação, provoco um efeito colateral que é a propagação da ignorância, do desinteresse. O sujeito tem de ser capaz de fazer do limão uma limonada, de fazer da charge um instrumento de promoção de suas próprias ideias. De compreender que as pessoas têm o direito de discordar, que isso é parte do debate político. A sátira não é uma distorção. É um elemento de vitalidade das democracias maduras.

O eleitor brasileiro está preparado para diferenciar o que é apenas uma piada?

BINENBOJM: Se não acreditamos que o cidadão tem capacidade para fazer seu próprio julgamento, estamos caminhando para um regime fascista. O Estado vai informar o que ele pode saber. A opção no Brasil foi pela democracia. E a democracia comporta riscos e, muitas vezes, escolhas equivocadas… A atual lei eleitoral é própria de sociedades que passaram por períodos de ditadura militar e ainda não atingiram a maturidade da liberdade de expressão. O que é essa maturidade? Defender a liberdade de expressão ainda que, circunstancialmente, ela possa se voltar contra você.

31 de julho de 2010

"O QUE OCORRER COM A TERRA, RECAIRÁ SOBRE OS FILHOS DA TERRA. HÁ UMA LIGAÇÃO EM TUDO"

imageEnterrem meu coração na curva do rio é o eloquente e um meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras contar com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos etc. Enfim, todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los.

Enterrem Meu Coração na Curva do Rio

Quando escreveu esta carta, endereçada ao Presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Pierce, em 1845; o chefe Seatle da tribo dos Duwamish, nunca imaginaria que ela se tornaria atual até os dias de hoje. Um dos mais belos e magníficos discursos em defesa do meio ambiente já escrito, a carta, era uma resposta a oferta feita pelo Presidente Franklin Pierce, para compra das terras dos Duwamish, oferecendo em troca uma nova reserva.

A carta original encontra-se na "University of Washington Special Collection".


"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, com é possível comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra da floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das arvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do potro, e o homem - todos pertencem a mesma família. Portanto quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.

O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Essa terra é sagrada para nós.Essa água brilhante que escorre nos riachos não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se que ela é sagrada e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida de meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos e saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Onde está o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência.

26 de julho de 2010

A história queimada…

image Avenida 2 com a rua 7, Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga, assim aprendi a chama-lo. Prédio imponente, antigo cheirando a história, Essa é a imagem viva da minha memória de menino em Rio Claro. Sempre pensei que um dia levaria minha netinha para conhecer, como fiz com meus filhos. É triste.

Achei este vídeo do grupo Kino –Olho que  faz um importante registro de uma manifestação cultural um frente ao Museu Amador Bueno agora queimado, com a participação dos atores da Cia. Quanta de teatro, Sechi, Leticia Tonon, Diego Mazutti e meu amigo Jaime Leitão. Texto de Lucas Carrasco e poemas de Fernanda Tosini e Sônia Elizabeth Miranda Maria. Realização Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro. Parceria Tv Cidade Livre e Cia. Quanta de teatro.

13 de junho de 2010

Muito além das vuvuzelas…



Refrão:
Asimbonanga (não vimos ele)
Thina Asimbonang 'umandela (não vimos Mandela)

Laph'ekhon (no lugar onde ele está)
Laph'ehleli Khona (no lugar onde ele é mantido)
Oh, o mar é frio eo céu está cinzento

Procure em toda a ilha na baía
Estamos todas as ilhas até que chega o dia
Atravessamos a água ardente
Coro

A asas de gaivota pelo mar
Silêncio quebrado é o que eu sonho

Quem tem as palavras para diminuir a distância

Em segredo
Coro
Steve Biko, mxenge victoria Aggett Neil
Asimbonanga
Thina Asimbonang 'umfowethu (não vimos o nosso irmão)
Laph'ekhona (no lugar onde ele está)
Laph'wafela Khona (no lugar onde ele morreu)
Wena Hey (hey você!)
Hey Enawene wena (hey você, e você também)
Siyofika nini la siyakhona "(quando é que vamos chegar ao nosso destino)


Johnny Clegg é um dos filhos mais célebre da África do Sul. Cantor, compositor, dançarino, antropólogo e ativista musical cuja música contagiante, tem uma vibrante mistura de pop ocidental e ritmos Africano Zulu. Explodiu no cenário internacional e quebrou todas as barreiras em seu próprio país. Na França, onde goza de uma enorme prestigio, ele é carinhosamente chamado Le Blanc Zulu – Zulu Branco.

Ao longo de três décadas, Johnny Clegg já vendeu mais de cinco milhões de álbuns. Ele já conquistou o público em seus audaciosos shows, ganhou vários prêmios nacionais e internacionais por suas músicas e por suas opiniões abertas sobre o apartheid, as perspectivas dos trabalhadores migrantes na África do Sul, e a situação geral no mundo de hoje. história Johnny Clegg é tão corajoso, arrojada e colorida como o arco-íris do seu país, que ele chamou de lar para mais de 40 anos.

11 de junho de 2010

Copa do Mundo de 1930 a 1970

Em 26 de maio de 1928, no Congresso da Fifa em Amsterdã, o presidente da entidade, o francês Jules Rimet, finalmente conseguiu aprovação de um plano antigo: a realização de um torneio mundial de futebol.

O próprio Jules Rimet anunciou: "O CongrFILES-FBL-WORLD CUP-1930-JULES RIMET-TROPHYesso decidiu organizar, em 1930, uma competição aberta aos selecionados de todas as entidades filiadas."


No ano seguinte, no Congresso de Barcelona, a Fifa determinou que o torneio seria realizado no Uruguai, que tinha a seleção bicampeã olímpica e era a grande potência do futebol mundial.


O Uruguai iria assim comemorar o centenário de sua independência como anfitrião da primeira Copa do Mundo de futebol.


1930 – Na imagem o francês Jules Rimet (E), presidente e fundador da Federação Internacional de Futebol Association (FIFA), entrega o troféu da Copa do Mundo para o presidente da Associação de Futebol do Uruguai, país anfitrião do primeiro Mundial: Uruguai campeão.

mundial de 34
1934 (Itália) – O jogador italiano Vittorio Pozzo é erguido pelos companheiros: Itália campeã.

Mundial de 38
1938 (França)
- A seleção italiana, pouco depois de receber a taça Jules Rimet: Itália bicampeã.

mundial de 50
1950 (Brasil)
– Gol de Alfredo Ghiggia, atacante que marcou o gol do título uruguaio contra o Brasil em 1950. O Maracanã ficou totalmente mudo e pasmado: Uruguai bicampeão.

mundial de 54
1954 (Suíça) - O alemão Max Morlock marca o primeiro gol de seu time na final contra a Hungria, a melhor equipe da época. A primeira grande zebra dos Mundiais : Alemanha campeã.

mundial de 58
1958 (Suécia)
- O goleiro sueco Kalle Svensson e Pelé em sua primeira final de Copa do Mundo. O Brasil conquistaria o seu primeiro título ao vencer os anfitriões por 5 a 2. Brasil campeão.

mundial de 62
1962 (Chile)
- Vavá dá um salto depois de marcar o seu gol sobre a Tchecoslováquia na final: Brasil bicampeão.

[mundial de 66[7].jpg]1966 (Inglaterra) - O inglês Bobby Moore recebe a taça Jules Rimet das mãos da Rainha Elizabeth II. A Inglaterra venceu a Alemanha por 4 a 2, com três gols de Geoff Hurst: Inglaterra campeã..

mundial de 70 1
1970 (México)
– Pelé comemora o tricampeonato brasileiro no México. Vence a Itália por 4 a 1. Este seria o último Mundial do Rei do Futebol. Brasil campeão

via: guia das copas

16 de fevereiro de 2010

Escutadores

Máquinas para Aumentar as Orelhas 

Localizadores de som, que foram utilizados durante a Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial para detectar a entrada de aviões inimigos em seus territórios, algumas datam de 1911, e as fotos foram tiradas da revista Popular Mechanics e Science News de 1939.

Maquinas incríveis e engraçadas, conjuntos triplo ou quádruplo de chifres, parecendo versões gigantescas de orelhas ou antiquados trompetes. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos cegos, com os ouvidos treinados para acuidade especial de compensação para a perda da visão, ofereceram-se para este serviço na Grã-Bretanha.


Poetic material para o "Military Science" coluna de uma revista de ciência

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3 de junho de 2009

Adeus, General Motors…




Por Colaborador Nerd
Por Michael Moore

Tradução Apocalipse Motorizado


Escrevo na manhã que marca o fim da toda-poderosa General Motors. Quando chegar a noite, o Presidente dos Estados Unidos terá oficializado o ato: a General Motors, como conhecemos, terá chegado ao fim.

Estou sentado aqui na cidade natal da GM, em Flint, Michigan, rodeado por amigos e familiares cheios de ansiedade a respeito do futuro da GM e da cidade. 40% das casas e estabelecimentos comerciais estão abandonados por aqui. Imagine o que seria se você vivesse em uma cidade onde uma a cada duas casas estão vazias. Como você se sentiria?

É com triste ironia que a empresa que inventou a “obsolescência programada” – a decisão de construir carros que se destroem em poucos anos, assim o consumidor tem que comprar outro – tenha se tornado ela mesma obsoleta. Ela se recusou a construir os carros que o público queria, com baixo consumo de combustível, confortáveis e seguros. Ah, e que não caíssem aos pedaços depois de dois anos. A GM lutou aguerridamente contra todas as formas de regulação ambiental e de segurança. Seus executivos arrogantemente ignoraram os “inferiores” carros japoneses e alemães, carros que poderiam se tornar um padrão para os compradores de automóveis. A GM ainda lutou contra o trabalho sindicalizado, demitindo milhares de empregados apenas para “melhorar” sua produtividade a curto prazo.

No começo da década de 80, quando a GM estava obtendo lucros recordes, milhares de postos de trabalho foram movidos para o México e outros países, destruindo as vidas de dezenas de milhares de trabalhadores americanos. A estupidez dessa política foi que, ao eliminar a renda de tantas famílias americanas, eles eliminaram também uma parte dos compradores de carros. A História irá registrar esse momento da mesma maneira que registrou a Linha Maginot francesa, ou o envenenamento do sistema de abastecimento de água dos antigos romanos, que colocaram chumbo em seus aquedutos.

Pois estamos aqui no leito de morte da General Motors. O corpo ainda não está frio e eu (ouso dizer) estou adorando. Não se trata do prazer da vingança contra uma corporação que destruiu a minha cidade natal, trazendo miséria, desestruturação familiar, debilitação física e mental, alcoolismo e dependência por drogas para as pessoas que cresceram junto comigo. Também não sinto prazer sabendo que mais de 21 mil trabalhadores da GM serão informados que eles também perderam o emprego.

Mas você, eu e o resto dos EUA somos donos de uma montadora de carros! Eu sei, eu sei – quem no planeta Terra quer ser dono de uma empresa de carros? Quem entre nós quer ver 50 bilhões de dólares de impostos jogados no ralo para tentar salvar a GM? Vamos ser claros a respeito disso: a única forma de salvar a GM é matar a GM. Salvar a preciosa infra-estrutura industrial, no entanto, é outra conversa e deve ser prioridade máxima.

Se permitirmos o fechamento das fábricas, perceberemos que elas poderiam ter sido responsáveis pela construção dos sistemas de energia alternativos que hoje tanto precisamos. E quando nos dermos conta que a melhor forma de nos transportarmos é sobre bondes, trens-bala e ônibus limpos, como faremos para reconstruir essa infra-estrutura se deixamos morrer toda a nossa capacidade industrial e a mão-de-obra especializada?


Já que a GM será “reorganizada” pelo governo federal e pela corte de falências, aqui vai uma sugestão ao Presidente Obama, para o bem dos trabalhadores, da GM, das comunidades e da nação. 20 anos atrás eu fiz o filme “Roger & Eu”, onde tentava alertar as pessoas sobre o futuro da GM. Se as estruturas de poder e os comentaristas políticos tivessem ouvido, talvez boa parte do que está acontecendo agora pudesse ter sido evitada. Baseado nesse histórico, solicito que a seguinte ideia seja considerada:

1. Assim como o Presidente Roosevelt fez depois do ataque a Pearl Harbor, o Presidente (Obama) deve dizer à nação que estamos em guerra e que devemos imediatamente converter nossas fábricas de carros em indústrias de transporte coletivo e veículos que usem energia alternativa. Em 1942, depois de alguns meses, a GM interrompeu sua produção de automóveis e adaptou suas linhas de montagem para construir aviões, tanques e metralhadoras. Esta conversão não levou muito tempo. Todos apoiaram. E os nazistas foram derrotados.

Estamos agora em um tipo diferente de guerra – uma guerra que nós travamos contra o ecossistema, conduzida pelos nossos líderes corporativos. Essa guerra tem duas frentes. Uma está em Detroit. Os produtos das fábricas da GM, Ford e Chrysler constituem hoje verdadeiras armas de destruição em massa, responsáveis pelas mudanças climáticas e pelo derretimento da calota polar.

As coisas que chamamos de “carros” podem ser divertidas de dirigir, mas se assemelham a adagas espetadas no coração da Mãe Natureza. Continuar a construir essas “coisas” irá levar à ruína a nossa espécie e boa parte do planeta.

A outra frente desta guerra está sendo bancada pela indústria do petróleo contra você e eu. Eles estão comprometidos a extrair todo o petróleo localizado debaixo da terra. Eles sabem que estão “chupando até o caroço”. E como os madeireiros que ficaram milionários no começo do século 20, eles não estão nem aí para as futuras gerações.

Os barões do petróleo não estão contando ao público o que sabem ser verdade: que temos apenas mais algumas décadas de petróleo no planeta. À medida que esse dia se aproxima, é bom estar preparado para o surgimento de pessoas dispostas a matar e serem mortas por um litro de gasolina.

Agora que o Presidente Obama tem o controle da GM, deve imediatamente converter suas fábricas para novos e necessários usos.

2. Não coloque mais US$30 bilhões nos cofres da GM para que ela continue a fabricar carros. Em vez disso, use este dinheiro para manter a força de trabalho empregada, assim eles poderão começar a construir os meios de transporte do século XXI.

3. Anuncie que teremos trens-bala cruzando o país em cinco anos. O Japão está celebrando o 45o aniversário do seu primeiro trem bala este ano. Agora eles já têm dezenas. A velocidade média: 265km/h. Média de atrasos nos trens: 30 segundos. Eles já têm esses trens há quase 5 décadas e nós não temos sequer um! O fato de já existir tecnologia capaz de nos transportar de Nova Iorque até Los Angeles em 17 horas de trem e que esta tecnologia não tenha sido usada é algo criminoso. Vamos contratar os desempregados para construir linhas de trem por todo o país. De Chicago até Detroit em menos de 2 horas. De Miami a Washington em menos de 7 horas. Denver a Dallas em 5h30. Isso pode ser feito agora.

4. Comece um programa para instalar linhas de bondes (veículos leves sobre trilhos) em todas as nossas cidades de tamanho médio. Construa esses trens nas fábricas da GM. E contrate mão-de-obra local para instalar e manter esse sistema funcionando.

5. Para as pessoas nas áreas rurais não servidas pelas linhas de bonde, faça com que as fábricas da GM construam ônibus energeticamente eficientes e limpos.

6. Por enquanto, algumas destas fábricas podem produzir carros híbridos ou elétricos (e suas baterias). Levará algum tempo para que as pessoas se acostumem às novas formas de se transportar, então se ainda teremos automóveis, que eles sejam melhores do que os atuais. Podemos começar a construir tudo isso nos próximos meses (não acredite em quem lhe disser que a adaptação das fábricas levará alguns anos – isso não é verdade)

7. Transforme algumas das fábricas abandonadas da GM em espaços para moinhos de vento, painéis solares e outras formas de energia alternativa. Precisamos de milhares de painéis solares imediatamente. E temos mão-de-obra capacitada a construí-los.

8. Dê incentivos fiscais àqueles que usem carros híbridos, ônibus ou trens. Também incentive os que convertem suas casas para usar energia alternativa.

9. Para ajudar a financiar este projeto, coloque US$ 2,00 de imposto em cada galão de gasolina. Isso irá fazer com que mais e mais pessoas convertam seus carros para modelos mais econômicos ou passem a usar as novas linhas de bondes que os antigos fabricantes de automóveis irão construir.

Bom, esse é um começo. Mas por favor, não salve a General Motors, já que uma versão reduzida da companhia não fará nada a não ser construir mais Chevys ou Cadillacs. Isso não é uma solução de longo prazo.

Cem anos atrás, os fundadores da General Motors convenceram o mundo a desistir dos cavalos e carroças por uma nova forma de locomoção. Agora é hora de dizermos adeus ao motor a combustão. Parece que ele nos serviu bem durante algum tempo. Nós aproveitamos restaurantes drive-thru. Nós fizemos sexo no banco da frente – e no de trás também. Nós assistimos filmes em cinemas drive-in, fomos à corridas de Nascar ao redor do país e vimos o Oceano Pacífico pela primeira vez através da janela de um carro na Highway 1. E agora isso chegou ao fim. É um novo dia e um novo século. O Presidente – e os sindicatos dos trabalhadores da indústria automobilística – devem aproveitar esse momento para fazer uma bela limonada com este limão amargo e triste.

Ontem, a último sobrevivente do Titanic morreu. Ela escapou da morte certa naquela noite e viveu por mais 97 anos.
Nós podemos sobreviver ao nosso Titanic em todas as “Flint – Michigans” deste país. 60% da General Motors é nossa. E eu acho que nós podemos fazer um trabalho melhor.

27 de maio de 2009

A Rosa Branca de Stalingrado


Lily Litvak, apesar de não ter o marketing histórico da Amélia Earhart, é considerada o mais famoso piloto feminino de todos os tempos. Ela pilotou com destreza durante a II Guerra Mundial e abateu doze aviões alemães em batalhas aéreas com apenas 22 anos. Lily ficou conhecida como a “Rosa Branca de Stalingrado” e foi condecorada pela coragem que ela demonstrou defendendo seu país.

Lidya Vladimirovna litvak nasceu em Moscou, Rússia, em 18 de agosto de 1921. Aos quinze anos fez seu primeiro vôo solo. Quando começou a Segunda Guerra Mundial, decidiu entrar na batalha. Com rosas brancas pintadas nas laterais de seu avião de combate Yak-1, foi o pesadelo dos pilotos alemães. Lily foi, literalmente, caçada nos céus pelos nazistas que estavam decididos a ter sua vingança sobre esta mulher judia russa que havia derrotado os seus camaradas tantas vezes antes.

Yak-1 de Lilya Litvyak, 296º IAP. Stalingrado, primavera de 1943.

Na verdade Lily litvak representou uma geração de mulheres destemidas. Como ela, muitas outras mulheres foram integradas com os homens em unidades da aviação. Por exemplo, em 1944, milhares de meninas entraram na guerra como pilotos.

Contrariaram as suspeitas e piadas masculinas com coragem e habilidade e obtiveram uma média inigualável.

Ganharam ordens e medalhas e detiveram 29 títulos de Heroinas da União Soviética.

No fim, numa das mais insanas batalhas, a loirinha de tenra idade foi vista entre oito aeronaves alemãs, perseguindo e sendo perseguida. Após derrubar alguns caças inimigos, foi abatida. A Rússia chorou sua morte.


Apesar de buscas intensas o corpo dela foi perdido por várias décadas. Finalmente, em 1979, ela foi encontrada, enterrada abaixo da asa de sua aeronave.


Durante o seu funeral oficial de Estado em maio de 1990, o Presidente Mikhail Gorbachev condecorou-a com a honraria Heroina da União Soviética e o Gold Star.

Embora tenha lutado e morrido sozinha, a saga de Lilya Litvak é a mais linda história da aviação mundial.






via: Imagens e Letras

29 de abril de 2009

A cidade surpreende...

A Gráfica Fidalga localizada em São Paulo, na Vila Madalena, confecciona cartazes numa impressora alemã de 1929 usando tipografias feitas em eucatex. Trabalho totalmente manual.
A Cool Hunting, que contratou a gráfica e acompanhou o trio da Fidalga enquanto confeccionavam os cartazes para a 99% Conference.
Excelente documentário.