Mostrando postagens com marcador 2025. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2025. Mostrar todas as postagens

8 de novembro de 2025

Dom Salvador, Adrian Younge, Ali Shaheed Muhammad – JID024 (2025)

 

1. Os Ancestrais
2. Não Podermos O Amor Parar
3. Debaixo da Ponte
4. As Estações
5. Música Faz Parte de Mim
6. Minha Melanina
7. Eletricidade
8. Safira
.

Dom Salvador e Jazz Is Dead Revivem a Revolução Brasileira
O icônico Dom Salvador, natural de Rio Claro em São Paulo, une forças com Adrian Younge e Ali Shaheed Muhammad no selo Jazz Is Dead, para um tributo eletrizante que funde samba, jazz, funk e soul – ecoando as raízes afro-brasileiras dos anos 70. Salvador, pioneiro do álbum Som, Sangue e Raça (1971) e líder da Abolição, traz sua humildade visionária ao lado dos produtores mestres em analog, criando um diálogo transcontinental entre Black Brazil e Black America.
O estilo pulsa com grooves profundos de samba-funk e composições jazzísticas reflexivas, capturando a consciência negra em produções impecáveis. Faixas que expandem o legado de Salvador, como hinos que misturam ritmos afro-brasileiros com toques pós-direitos civis americanos, cheias de sinergia rítmica e texturas analógicas quentes – um banquete sonoro para fãs de Black Rio e Parliament.
Gravado espontaneamente em estúdio, sem edições ou pré-planejamento, tudo em analógico puro, como Salvador descreve: “uma experiência estimulante, capturando o momento”. O álbum reconecta o pós-civil rights dos EUA com a luta negra brasileira, mostrando como Salvador pavimentou o caminho para essa ponte cultural duradoura.

6 de novembro de 2025

Misty Blues – Other Side of Blue (2025)

 

01 – I’ve Got Vices
02 – Maybe I Could
03 – Trust Ain’t Given
04 – Let Me Tell You ‘Bout It
05 – Easy Peasy
06 – Three Mississippi’s
07 – Yes I Will
08 – You’ll Never Feel My Blues
09 – Carry On This Way
10 – Saving Grace
11 – I Ain’t Buying
.

spotify / via: intmusic

Misty Blues Desperta a Alma do Blues!

Other Side of Blue, o 17º álbum explosivo da Misty Blues, lançado em agosto de 2025. Liderada pela powerhouse vocalista e guitarrista Gina Coleman, a banda de Berkshire County, Massachusetts, mescla blues raiz com pitadas irresistíveis de jazz, funk, soul e gospel de tenda revival, criando um som único que pulsa com autenticidade e energia contagiante.
A faixa de abertura "I’ve Got Vices" explode com riffs afiados e vocais magnéticos de Gina, enquanto "You’ll Never Feel My Blues" surpreende com um groove funky quase disco, revelando um lado mais suave e inovador. "Carry On This Way", o primeiro single, é um hino de resiliência co-escrito pela turma, e "Saving Grace" fecha com graça celestial. A formação estelar inclui Seth Fleischmann na guitarra, Aaron Dean no sax e convidados como Chantell McCullough nos backing vocals e Bob Stannard na harmônica, elevando cada nota.
Gina revela que o processo criativo nasceu de suas lutas pessoais, transformando vulnerabilidades em hinos de teimosia e liberdade – "o blues é minha liberdade", diz ela. Celebrando 25 anos de estrada desde 1999, finalistas do International Blues Challenge em 2019, elas indicaram o disco para Grammy de Álbum de Blues Contemporâneo, provando que o blues evolui sem perder a essência.


5 de novembro de 2025

St. Paul & The Broken Bones – St. Paul & The Broken Bones (2025)

 

2. Fall Moon
3. Ooo-Wee
4. Sitting In The Corner
5. I Think You Should Know
6. Nothing More Lonely
7. Stars Above
8. Seagulls
9. Change a Life
10. Going Back
.

St. Paul & The Broken Bones Voltam às Raízes com Grooves Eternos
Em St. Paul & The Broken Bones (2025), o grupo de Birmingham, AL, lança um homônimo que grita renascimento, como diz o frontman Paul Janeway: “A banda se sente reacendida”. Após experimentações em álbuns como Young Sick Carmella (2018) e Alien Coast (2022), eles mergulham de volta no soul retrô encharcado de metais, liderados por Janeway (voz), Jesse Phillips (baixo), Browan Lollar (guitarra), Kevin Leon (bateria), Al Gamble (teclados), Allen Branstetter (trompete), Amari Ansari (sax) e Chad Fisher (trombone).
Um fusion vibrante de grooves dos anos 70, com baixos siruposos, hits de metais e camadas de cordas, abandonando conceitos para hits diretos. A opener “Sushi and Coca-Cola”, bass-driven com metais inspirados em Shuggie Otis; o funky “I Think You Should Know”; e o emocional “Change a Life”, onde Janeway implora por conexão em um Burger King neon, culminando no épico “Stars Above”, com vocais que tocam o céu.
Gravado nos lendários estúdios FAME de Muscle Shoals com o produtor Eg White, o processo foi uma volta ao lar alabama, capturando a essência crua do soul em estúdio icônico. Muscle Shoals, berço de hits de Aretha Franklin e Percy Sledge nos anos 60, injeta autenticidade sulista, conectando o presente ao legado da Motown rival.

3 de novembro de 2025

Don Was and the Pan-Detroit Ensemble – Groove in the Face of Adversity (2025)

 

1. Midnight Marauders (4:03) – A Tribe Called Quest
2. Nubian Lady (9:19) – Kenny Barron (veículo para Yusef Lateef)
3. I Ain't Got Nothin' But Time (9:50) – Hank Williams
4. This Is My Country (2:59) – Curtis Mayfield
5. You Asked, I Came (8:22) – Don Was
6. Insane (6:15) – Cameo
.

Don Was Libera a Essência Funk de Detroit
Em Groove in the Face of Adversity, o lendário produtor Don Was lança seu primeiro álbum solo, comandando o Pan Detroit Energy Ensemble – um time de elite com Dave McMurray (sax e flauta), Luis Resto (teclados), Vincent Chandler (trombone), Jeff Canaday (bateria), John Douglas (trompete), Wayne Gerard (guitarra), Mahindi Masai (percussão) e a vocalista Steffanie Christi’an, que brilha com sua potência soul.
Misturando jazz-funk groovy, toques de reggae dub, post-bop oriental e P-Funk escorregadio, o disco é uma celebração vibrante da herança de Detroit. A opener "Midnight Marauders", uma releitura steamy de A Tribe Called Quest que explode em jam reggae; a épica "Nubiyan Lady", veículo para Yusef Lateef com flauta bluesy de McMurray; e o fechamento insano com "Insane" de Cameo, um tributo funky a George Clinton. Não perca "This Is My Country" de Curtis Mayfield, onde Christi’an entrega vocais cheios de graça e groove gospel.
Três faixas foram gravadas ao vivo após Was ser convidado pelo diretor Terence Blanchard para um show com a Detroit Symphony – um nascimento orgânico da "missão de propagar a música da nossa cidade". A versão de "I Ain’t Got Nothin’ But Time", de Hank Williams, homenageia os sulistas que migraram para Detroit pós-Segunda Guerra, tecendo country no tecido soul-jazz da metrópole.